Drogas acabam com os dentes
Substâncias químicas presentes nos entorpecentes e no cigarro, além de detonar a dentição afeta a língua e a gengiva
Antes
de acender um cigarro ou fazer uso de entorpecentes fique sabendo que o
consumo das substâncias químicas presentes nessas drogas estraga os
dentes. O vício também amplia as chances de surgirem manchas na língua e
doenças da gengiva, além de reduzir a sensibilidade ao paladar. E, tem
mais: a combinação entre cigarro e álcool, aumenta em 30 vezes o risco
de desenvolver câncer de boca.
"O consumo de drogas ilícitas
costuma reduzir a produção de saliva, gerando uma condição designada
como 'boca seca'. Como uma das funções da saliva é controlar a população
de bactérias na boca, isso é muito prejudicial aos dentes. Sem essa
proteção, aumentam as chances de a pessoa desenvolver mais cáries,
inflamações e infecções na gengiva, sem mencionar o impacto negativo no
estado geral de saúde do paciente", citou o médico Wagner Seroli,
estomatologista da APCD (Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas).
Valerie Everett / Creative Commons
COCAÍNA
Quando
os usuários esfregam cocaína nos dentes e na gengiva, ela resulta numa
solução ácida, provocando a erosão do esmalte dental, que é a perda de
tecido duro da superfície dos dentes. Essa perda é muito agressiva e
pode desencadear dor, sensibilidade exagerada e comprometer a aparência
do paciente.
CRACK
Fumado em "cachimbo", o crack é muito
agressivo à saúde oral. Ao entrar em contato direto com a boca, a fumaça
danifica o esmalte, a gengiva e os nervos.
ECSTASY
A droga do
"amor" deveria ser conhecida como a droga da dor, já que predispõe o
usuário a sofrer de boca seca e bruxismo, que é o ranger involuntário
dos dentes durante o sono. Toda estrutura da arcada dental pode ser
prejudicada se não tratada adequadamente.
METANFETAMINA
Essa
droga estimulante do sistema nervoso central, muito potente e altamente
viciante, é muito ácida e uma das mais agressivas para os dentes
(provoca cáries em curto espaço de tempo). Outros efeitos incluem boca
seca, bruxismo e problemas mandibulares.
Fonte: Wagner Seroli, estomatologista e membro do Conselho Científico da Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas