Menina argentina que caiu em vão do aeroporto do Galeão deixa CTI no Rio
Camila Palácios, de 3 anos, caiu de altura de 7 metros em vão no 2º andar.
Pais da garota voltaram a depor à polícia nesta quinta-feira (9).
A menina argentina Camila Palacios, de 3 anos, que caiu de um vão no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), na Ilha do Governador, no sábado (4), deixou o Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea, Zona Sul do Rio, na quarta-feira (8). Ela foi levada para uma unidade intermediária, e seu estado de saúde tem melhorado, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, mas não há previsão de alta.
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Na segunda-feira (6), o Procon autuou a Infraero durante uma operação realizada no aeroporto. A ação fiscalizou a prestação de serviços aos usuários e as condições de segurança no local. Os agentes encontraram outros vãos perigosos ao lado da maioria das escadas rolantes. Alguns deles tinham espaço superior a 19 centímetros, o que poderia ser ultrapassado até por um adulto.
Pais voltam a depor
Os pais de Camila voltaram a depor na Delegacia do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro (Dairj), assim como todas as testemunhas do acidente. O motivo da nova convocação não foi divulgada pela Polícia Civil.
Acidente
O acidente ocorreu por volta das 17h de sábado, no momento em que a menina brincava com dois irmãos em uma área próxima da escada rolante no segundo andar do Terminal 2. A largura do vão entre o final do guarda-corpo e a lateral da escada rolante está fora dos padrões estipulados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, de acordo com a Sociedade de Engenharia de Segurança (Sobes) do Estado do Rio de Janeiro.
Pais voltam a depor
Os pais de Camila voltaram a depor na Delegacia do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro (Dairj), assim como todas as testemunhas do acidente. O motivo da nova convocação não foi divulgada pela Polícia Civil.
Acidente
O acidente ocorreu por volta das 17h de sábado, no momento em que a menina brincava com dois irmãos em uma área próxima da escada rolante no segundo andar do Terminal 2. A largura do vão entre o final do guarda-corpo e a lateral da escada rolante está fora dos padrões estipulados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, de acordo com a Sociedade de Engenharia de Segurança (Sobes) do Estado do Rio de Janeiro.
Pai diz que guarda-corpo do aeroporto do Galeão
estava sem vidro (Foto: Paulo Araújo/Agência
O Dia/Estadão Conteúdo)
estava sem vidro (Foto: Paulo Araújo/Agência
O Dia/Estadão Conteúdo)
Após medição, engenheiro constata que vão está
fora dos padrões (Foto: Guilherme Brito/G1)
fora dos padrões (Foto: Guilherme Brito/G1)
Na segunda-feira, o presidente da Sobes do Rio, Robson Santos Barradas, esteve no Galeão, a convite do G1, e afirmou que a largura máxima permitida para o vão é de 12 cm, mas no local, onde houve a queda da garota argentina, o espaço tem 18,5 cm de largura – 6,5 cm a mais que o indicado.
"Seis centímetros e meio é muita coisa, fácil de passar uma criança de até 6 anos", disse o engenheiro, que mediu alguns vãos do terminal.
Procurada pelo G1, a Infraero, no entanto, garantiu que todos os seus aeroportos seguem as regras da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e afirmou que o vão de onde a menina caiu não apresentava nenhuma irregularidade.
De acordo com Fábio Domingos, diretor do Procon-RJ, mesmo tendo se pronunciado, a Infraero será autuada por falta de oferecimento de segurança. A multa pode variar entre R$ 480 e R$ 7 milhões.
Outras irregularidades
Além dos vãos perigosos, a Infraero foi autuada, ainda, por outras irregularidades no Aeroporto Internacional Tom Jobim. Os fiscais do Procon-RJ encontraram quatro elevadores e três bebedouros sem funcionamento e um banheiro para deficientes trancado. O ar-condicionado também não estava funcionando em dois setores da área de embarque do Terminal 1. Além disso, em uma esteira rolante, os agentes encontraram uma caneleta de alumínio quebrada, o que poderia causar sérios ferimentos aos usuários.
Além dos vãos perigosos, a Infraero foi autuada, ainda, por outras irregularidades no Aeroporto Internacional Tom Jobim. Os fiscais do Procon-RJ encontraram quatro elevadores e três bebedouros sem funcionamento e um banheiro para deficientes trancado. O ar-condicionado também não estava funcionando em dois setores da área de embarque do Terminal 1. Além disso, em uma esteira rolante, os agentes encontraram uma caneleta de alumínio quebrada, o que poderia causar sérios ferimentos aos usuários.
A assessoria de imprensa da Infraero no Rio informou que aguarda a notificação do Procon para avaliar o conteúdo da vistoria e, oportunamente, tomar as providências necessárias.
Investigação
O delegado Luciano Coelho, responsável pela investigação referente à queda da menina argentina no Galeão, disse que trabalha com três hipósteses para tentar esclarecer o caso, como mostrou o Bom Dia Rio de segunda-feira.
O delegado Luciano Coelho, responsável pela investigação referente à queda da menina argentina no Galeão, disse que trabalha com três hipósteses para tentar esclarecer o caso, como mostrou o Bom Dia Rio de segunda-feira.
O delegado solicitou também à Infraero as imagens das câmeras de segurança do aeroporto, mas a empresa informou que não é possível ver o momento da queda de Camila, apenas o do socorro.
Segundo o superintendente da Infraero, Wilson Brandt Filho., o aeroporto atende a todas as normas de segurança exigidas. "Vamos fazer uma avaliação e, em seguida, tomar todas as atitudes necessárias caso seja observada alguma necessidade", disse.
De acordo com a Polícia Civil, uma perícia foi realizada no local. Após acompanhar a menina ao hospital, o médico da Infraero foi ouvido pela polícia. Os pais da criança contaram que o filho mais velho gritou por socorro quando a irmã já havia caído.