Jatene diz que respeita Dilma e espera 'reciprocidade'
Governador foi eleito com 51,94% dos votos no Pará.
Simão Jatene diz que espera relação franca com bancada do Legislativo.
Simão Jatene em entrevista à imprensa
(Foto: Thais Rezende/G1)
(Foto: Thais Rezende/G1)
O governador do Pará, Simão Jatene (PSDB), reeleito na votação deste domingo (26) disse, em entrevista coletiva, que espera poder articular iniciativas com o governo federal apesar de a presidente reeleita Dilma Rousseff (PT) ter apoiado seu adversário político no Pará. "A ideia é unificar o Brasil para contribuir com as bases. Não vejo problemas com a Dilma, eu respeito e espero reciprocidade", disse, enquanto elogiou o desempenho do candidato tucano nas urnas. "O Aécio é um vitorioso."
No segundo turno, Jatene teve 1.858.869 de votos no estado, ou 51,94% dos votos válidos. Seu adversário, Helder Barbalho (PMDB), que liderou no primeiro turno, recebeu 1.721.479 votos no segundo, que representam 48,08% dos válidos. Veja apuração completa.
O governador voltou a falar sobre o pacto federativo que, por meio da desoneração de exportações, gera saldo na balança comercial sem garantir riqueza para a população do estado. "O Pará tem contribuído para o desenvolvimento do Brasil, mas não tem tido reconhecimento. O Pará não pode ser o segundo maior saldo da economia e ter indicadores precários."
Jatene também informou que fez um balanço da sua atuação política, e acredita que será mais fácil fazer obras no segundo mandato. "Tenho o princípio de que a todo tempo é preciso avaliar os acertos e os erros, e rediscutir a estrutura organizacional do estado. Tivemos dificuldade para equilibrar as contas, mas agora está mais fácil."
Durante a coletiva, Jatene foi cumprimentado pelo atual presidente da Assembléia Legislativa do Pará, deputado Márcio Miranda (DEM). O governador disse que espera articular com os deputados eleitos, a maioria do PMDB, alianças para cumprir as metas do Pará. "Eu acho que vai continuar sendo uma relação franca, fraterna, em torno das grandes causas do estado."
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Helder agradece votos e diz que prioridade é melhorar serviços
Derrotado no 2º turno, candidato disse que lutará pela melhoria do Pará.
Peemedebista teve 48,08% dos votos válidos. Simão Jatene teve 51,92%.
Helder Barbalho votou acompanhado da família
(Foto: Alexandre Yuri / G1)
(Foto: Alexandre Yuri / G1)
O candidato derrotado nas urnas, Helder Barbalho (PMDB), agradeceu o
apoio da população durante o primeiro e segundo turnos. "Agradeço ao
povo do Pará, aqueles que acreditaram no projeto. Lamento que não
tivemos êxito e sucesso, mas temos a convicção que cumprimos um belo
papel", disse o candidato, que agradeceu o apoio de políticos da base
aliada, da presidente reeleita Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva.
Helder teve 48,08% dos votos válidos, contra 51,92% do governador reeleito, Simão Jatene (PSDB).
Na votação deste domingo (26), o candidato do PMDB obteve 1.721.479
votos, cerca de 74 mil votos a menos do que no primeiro turno, quando
foi o candidato mais votado. Veja apuração completa.
Segundo Helder, a mensagem das urnas é que grande parte da população
deseja mudanças no estado.
"Tenho absoluta compreensão dos recados que
as urnas nos apresentam. Um recado muito claro em que a população
paraense, praticamente na sua metade, fez opção por aquilo que nós
apresentamos, a mensagem da mudança", ponderou. "Nós estaremos a
prosseguir nesta caminhada e nesta luta."
Ele também disse que irá liderar a oposição ao atual governo. "O
importante, no meu entendimento, é que a sociedade paraense fez a sua
opção, e esta opção deve ser respeitada. E a mim cabe a responsabilidade
de exercer a posição política, efetivamente continuar na militância
política, na atividade política, cumprindo a minha responsabilidade."
De acordo com o candidato, ainda é cedo para afirmar se ele irá
disputar as eleições de 2016. "Continuo lutando para que o governo
cheque em todo o estado. Esta é uma missão que continuarei fazendo",
afirmou. "Eu, como alguém com responsabilidade de representar a mudança,
estarei ativo a defender que as coisas melhorem. Tenho clareza de minha
missão e não vou arredar o pé."
Fiéis vão à Basílica para ver queima de fogos do Círio de Nazaré
Cerimônia foi realizada na noite do último domingo, na Praça Santuário.
Foram 12 minutos de queima de fogos.
Centenas de fiéis lotaram a Basílica, em Belém, na noite do último
domingo (26) para assistir a missa que antecede a tradicional queima de
fogos, realizada na Praça Santuário. A cerimônia é um dos momentos mais
esperados da festividade, em que o devoto de Nossa Senhora fica bem
pertinho da imagem original da santa.
Na Praça do Can, uma multidão acompanhava a última atração do Círio
Musical. Após o término da missa, iniciou-se a queima de fogos, que
ganharam formas e cores no céu da capital paraense. Foram
aproximadamente 12 minutos de muito colorido para homenagear a padroeira
dos paraenses.
Segundo a Diretoria da Festa, responsável por toda a programação do
Círio de Nazaré, foram cumpridas todas as condicionantes estabelecidas
pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), dentre elas o tempo
determinado e a localização da queima de fogos, na 28ª Circunscrição de
Serviço Militar (28ª CSM), na travessa 14 de março.
Além dessas condicionantes, a organização teve que utilizar fogos com
bitola (diâmetro) abaixo de dois milímetros, com menor estampido, e com
no máximo de seis gramas de pólvora. Fogos de baixa potência luminosa
também deveriam ser queimados primeiro, seguidos pelos de maior
luminosidade. O objetivo é diminuir o impacto sonoro e luminoso causado
pela queima de fogos.
Cerca de 50 mil pessoas participaram da programação de encerramento deste ano.
Proibição
Em agosto de 2014 o Ibama proibiu a queima de fogos na área da Praça
Santuário com base em relatório da Secretaria Municipal de Meio Ambiente
e do CPC Renato Chaves, que constatou emissão de ruídos acima dos
níveis permitidos, variando entre 69,75 e 94,24 decibéis, quando o
estipulado pela Lei Municipal nº 7.990/2000 é de, no máximo, 70, em
horário diurno, e 60, em horário noturno. Os maiores valores foram
registrados durante a queima dos fogos.
De acordo com o laudo do Renato Chaves, os periquitos que habitam as
samaumeiras da Praça Santuário morreram devido aos efeitos causados
pelas ondas de choque, geralmente verificadas após explosões, e o
estresse das aves, observado no momento da deflagração dos fogos, foi
decorrente de ruídos, luzes e fumaça produzidos pelo show pirotécnico.
Ainda segundo o laudo, os efeitos das explosões podem afetar também a
saúde de outros animais, domésticos ou não, além de crianças e idosos
que viv