segunda-feira, 3 de novembro de 2014
Aumento no valor das multas divide motoristas
Segunda-Feira, 03/11/2014, 03:14:08 - Atualizado em 03/11/2014, 03:16:47
Para tentar reduzir número de
mortes no trânsito, governo federal reajustou valores de infrações
gravíssimas (Foto: Bruno Carachesti)
Depois
de um dia desgastante no trabalho ou nos estudos, em que as pessoas
querem retornar o quanto antes para a casa, há motoristas que arriscam
fugir do engarrafamento pelo acostamento. Quem for flagrado nessa
ação terá que desembolsar, em vez de R$ 127, 69, uma multa de quase
oito vezes mais, no valor de R$ 957.70. A medida é uma forma de tentar
reduzir o número de mortes no trânsito.
No sábado, 1° de novembro, entrou em vigor a
lei federal n° 12.921, do Código de Trânsito Brasileiro, que elevou
os valores das faltas relacionadas a ultrapassagens inapropriadas e
rachas. Além dos reajustes, as infrações são consideradas gravíssimas e
o condutor pode ficar um ano sem dirigir. No período de 12 meses, se
reincidir na falta, a multa terá o valor dobrado. O motorista também
sofrerá medidas administrativas como a perda de sete pontos na
Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
Quem dirige sabe o quanto pesa no bolso
levar uma multa. Ainda mais quando se lida diariamente com o tráfego
intenso de Belém, nos horários de pico. O representante comercial Alax
Jhosefer Gomes Barbosa, 25 anos, foi multado três vezes por dirigir
no acostamento. “A última foi na BR. Estava num engarrafamento
infernal e precisava chegar a um cliente com urgência’’,conta.
Para ele, o valor cobrado deve vir
acompanhado de conscientização no trânsito. “Tem que aumentar, sim, os
valores, mas não vai resolver muita coisa. Tem que aumentar a
fiscalização, a sinalização das vias e as campanhas de educação no
trânsito, nas escolas e nos sinas”.
O analista financeiro Erick Ericksson, 22
anos, não crê que a medida irá modificar o trânsito. A atenção e o
cuidado do motorista sempre foram redobrados. Agora, mais ainda. “A
questão do aumento é compreensível, mas não creio que irá reduzir tão
significativamente os acidentes. O que vai acontecer é o aumento na
arrecadação do governo. Para mim, não vai mudar nada. Não quero pagar
R$ 127 nem R$ 957’’, diz.
Segundo o engenheiro de Transporte da
Universidade Federal do Pará (UFPA), Roberto Pacha, o aumento não irá
frear os apressados no trânsito. A melhor forma de evitar acidentes se
resume em uma única palavra: educação. “A princípio vai ter um
efeito. No primeiro ano, segundo ano, porque o valor das multas são
bem mais altas e os infratores vão ter mais cuidado. Vai causar algum
benefício para o trânsito, mas a curto e médio prazo. Depois todo
mundo já esqueceu isso aí. É uma meta política equivocada, porque não é
punindo que se educa’’, enfatiza.
Para o professor, a solução é seguir o
exemplo de países como Japão, China, Inglaterra, Estados Unidos,
Argentina e Uruguai, que tinham problemas com o trânsito. Hoje são
exemplos a ser seguidos. “Eles fizeram durante 30 anos um programa de
politica pública que a gente chama de tripé. Educação de trânsito,
engenharia de tráfego, e fiscalização educativa. Eles não aumentaram
as multas, mantiveram e fizeram um programa de educação massivo’’.
Roberto acredita que, ao aumentar as
multas, os condutores e os agentes de trânsito ficarão mais vulneráveis
à corrupção. “Isso vai ser uma forma de melhorar a arrecadação do
governo e melhorar o salário de alguns agentes do trânsito que são
desonestos. Alguns, afinal a gente não pode generalizar. Você aumenta a
multa e paga mal para a pessoa que aplica a multa. Não tem como.
Muitos vão preferir negociar com o agente. É preciso melhorar a
infraestrutura do trânsito, orientação, fiscais e o treinamento
deles’’.
NOVOS VALORES
INFRAÇÃO ANTIGO VALOR - NOVO VALOR
Forçar ultrapassagem R$ 191,54 - R$ 1.915,40
Ultrapassar pelo acostamento R$ 127, 69 - R$ 957,70
Ultrapassagem proibida R$ 191,54 - R$ 957,70
Disputar corrida R$ 191,54 - R$ 1.915,40
Eventos de competição na via R$ 191,54 - R$ 1.915,40
Manobras perigosas R$ 191,54 - R$ 1.915,40
Fonte: DENATRAN
Forçar ultrapassagem R$ 191,54 - R$ 1.915,40
Ultrapassar pelo acostamento R$ 127, 69 - R$ 957,70
Ultrapassagem proibida R$ 191,54 - R$ 957,70
Disputar corrida R$ 191,54 - R$ 1.915,40
Eventos de competição na via R$ 191,54 - R$ 1.915,40
Manobras perigosas R$ 191,54 - R$ 1.915,40
Fonte: DENATRAN
(Diário do Pará)
MUITA VIOLÊNCIA NO ESTADO DO PARÁ!!!
Fim de semana sangrento com 23 homicídios
Segunda-Feira, 03/11/2014, 02:44:09 - Atualizado em 03/11/2014, 07:26:29
José Adriel foi morto com facada no pescoço e a tiros, no Icuí-Guajará (Foto: JR Avelar)
Sai mês e
entra mês e a situação da violência no Pará, que já ultrapassou
fronteiras, não para de crescer, deixando a população de luto
permanente ante a inércia do poder público para combater o mínimo
necessário, de forma a diminuir a “matança” no Estado.
Nossas equipes, apenas neste sábado,
contando de meia-noite até as 21h deste domingo, registraram 23 mortes
violentas em todo o Pará, com um destaque negativo para as 24 horas do
sábado (1), que registrou 17 homicídios.
Nas primeiras horas da madruga de sábado,
no bairro do Outeiro, na rua das Begônias, Gabriel Christian Rabelo
Ramos, usuário de drogas, foi encontrado morto com vários tiros.
Uma hora depois, na rua 21 de Abril, no
bairro do Icuí-Guajará, a polícia recebia um chamado dando conta que
José Adriel Malaquias Silva tinha sido executado com um facada no
pescoço por dois elementos que estavam em uma motocicleta.
Em
seguida, na passagem Mirandinha, no Telégrafo, Lucas da Silva Leal, de
19 anos, foi executado com três tiros na cabeça e nas costas por dois
homens vestindo preto e que fugiram em seguida, tendo a vítima sido
transportada até o HPSM da 14 de Março, onde morreu.
Na Cidade Nova II, na SN-03, quem perdeu a
vida foi o adolescente Lucas de Leão Reginaldo de 17 anos. Laerte
Kevison Borges foi matar um desafeto e acabou acertando o menor. O
acusado acabou preso e apresentado na Ceflag/Cidade Nova.
No município de Eldorado dos Carajás, Welton Conceição de Sousa estava em uma festa na “Toca do Bode” quando um desconhecido o chamou para uma conversa, o matou a tiros e fugiu.
No município de Eldorado dos Carajás, Welton Conceição de Sousa estava em uma festa na “Toca do Bode” quando um desconhecido o chamou para uma conversa, o matou a tiros e fugiu.
No município de Jacundá, o corpo de Raimundo Francisco Sousa Sandres foi encontrado com várias perfurações de facão.
Em Icoaraci, Gerson de Sousa Rocha foi morto pelo enteado Leandro Guilherme (leia matéria na página 5) .
Em Icoaraci, Gerson de Sousa Rocha foi morto pelo enteado Leandro Guilherme (leia matéria na página 5) .
Em Igarapé-Miri, Tiago de Castro trocou
tiros com a Polícia Militar e morreu quando estava sendo socorrido para
o Hospital Metropolitano, em Ananindeua.
Em Ipixuna do Pará, na comunidade da
Matinha, próximo ao Canaã, Marcos Vinicius dos Santos foi encontrado
morto com vários tiros.
No bairro do Telégrafo, em Belém, Anderson
Barros de Sousa, de 33 anos, estava na passagem Santa Cruz quando foi
cercado por dois homens, que o agrediram violentamente e ainda deram
três tiros. Ele era ex-presidiário e respondia por assaltos.
Em São Miguel do Guamá, às margens da Belém/Brasília, Washington do Nascimento, de 20 anos, estava indo para casa quando foi baleado por dois “motoqueiros fantasmas”. A vítima ainda foi socorrida, mas morreu na UPA de Castanhal.
Em São Miguel do Guamá, às margens da Belém/Brasília, Washington do Nascimento, de 20 anos, estava indo para casa quando foi baleado por dois “motoqueiros fantasmas”. A vítima ainda foi socorrida, mas morreu na UPA de Castanhal.
No município de Redenção, Wanderley dos
Santos Oliveira, de 28 anos, foi morto com uma facada no coração ao
brigar com o tio Edilson dos Santos, que foi preso.
Em Xinguara, na região sul do Pará, Renato
Lopes da Silva foi morto por três adolescentes e um adulto quando
caminhava pelo centro do município.
Em Santarém, a Polícia Civil registrou a
morte de Matheus Prata Cardoso, conhecido como “Tchoflay”, fato
ocorrido no bairro do Livramento, tendo como autor um elemento
conhecido como “Toia”, cujo nome de batismo é Vanderson Ramos.
No bairro das Águas Lindas, em Ananindeua, Bruno Freitas Correa foi morto a tiros (leia matéria nas páginas 6 e 7).
Em Itaituba, o “terror” do município identificado como Cícero Fernando Ferreira da Silva, conhecido como “Cafuné”, foi executado com vários tiros de pistola 380 (leia matéria na página 4).
Em Itaituba, o “terror” do município identificado como Cícero Fernando Ferreira da Silva, conhecido como “Cafuné”, foi executado com vários tiros de pistola 380 (leia matéria na página 4).
Em Altamira, na região sudoeste do Pará,
Raimundo Nonato Moraes, de 49 anos, foi morto com um tiro na cabeça na
rua Joaquim Acácio, no bairro da Brasília, por um rapaz que pedalava
uma bicicleta. Uma desavença pode ter sido a causa do homicídio.
No bairro do Guamá, em Belém, a seccional
do bairro registrou a morte de Anderley Garcia da Silva, da 24 anos,
que foi baleado na rua da Olaria, invasão Riacho Doce, por dois jovens
que pedalavam uma “bike”. A vítima ainda foi levada ao PSM do Guamá,
mas já deu entrada sem vida.
No município de Novo Progresso, no sul do
Pará, Marcos Damasceno dos Santos foi encontrado morto com uma facada
no tórax, na área do Peixotinho III, bairro Santa Luzia.
No bairro da Cabanagem, Hitalo Reis, de 18 anos, foi assassinado a tiros por dois homens (leia matéria na página 3).
Em Bujaru, a vítima foi Ezequiel Nunes da Silva. Ele foi encontrado
morto com vários tiros na cabeça e tórax. A polícia não tem pistas dos
criminosos.
Em Oriximiná, na região oeste do Estado,
Altino dos Anjos Espírito Santo foi morto com duas punhaladas no peito
durante um desentendimento com o primo, na comunidade Santa Luzia, na
área do Salgado III.
No Distrito Industrial, em Ananindeua, na
rua Oscar de Sousa, foi encontrado o corpo de José Reginaldo Costa
Barros, que foi visto com desconhecidos na última sexta-feira, no local
onde morava. A família suspeita de homicídio, uma vez que dinheiro e
cartão do benefício sumiram da casa.
E finalmente quando encerrávamos este
balanço, no município de Marabá, chegou a informação da morte de André
Silva de Sousa, de 28 anos. Ele estava na vila Brejo do Meio bebendo
com dois elementos identificados como Francisco e Zé Magrinho quando se
desentenderam e Francisco segurou a vítima por trás, enquanto Zé
Magrinho enfiou uma faca no coração da vítima.
(Diário do Pará)
domingo, 2 de novembro de 2014
sábado, 1 de novembro de 2014
DE CAPA (BELO DEPUTADO DE NOVO)
Candidato eleito perde a vaga na AL
Sábado, 01/11/2014, 06:54:32 - Atualizado em 01/11/2014, 06:55:28
(Foto: Diário do Pará/Arquivo)
Antes
mesmo do novo mandato se iniciar, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE),
na última terça-feira, 28, acabou por determinar a primeira dança das
cadeiras na Assembleia Legislativa para 2015.
Ao acatar o parecer do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) sobre o pedido de recurso impetrado pelo candidato José
Raimundo de Oliveira, o “Belo”, do Pros, que teve sua candidatura
indeferida pelo próprio TRE-PA antes do pleito, o colegiado acabou por
lhe manter - ele já exerce mandato legislativo desde 2010 - por mais
quatro anos na AL, em desfavor do último dos quatro eleitos da coligação
PR / PHS / Pros, Ruy Begot (PR).
Ele foi considerado oficialmente eleito
no dia 5 de outubro com cerca de 25 mil votos, enquanto “Belo” recebeu
mais de 34 mil. O novo resultado com Belo oficialmente eleito e Begot de
fora deverá ser divulgado na próxima quarta-feira, pelo TRE.
DOCUMENTOS
De acordo com o advogado de “Belo”,
Agenor Dinelly, o indeferimento da candidatura do parlamentar à
reeleição se deu por conta de ausência de documentos exigidos ao
registro.
“Ficou faltando uma certidão e o TRE,
mesmo com os dois embargos que colocamos, não quis rever a questão e nos
fez buscar o entendimento do TSE onde, obviamente, o ministro Gilmar
Mendes deu parecer favorável ao recurso”, detalha.
Ele diz ainda que Begot teria recorrido
da situação, mas afirma que a situação é praticamente irreversível. “É
letra morta, um obteve quase dez mil votos a mais que o outro que ficou
em último lugar dentro da mesma coligação, não há outro entendimento”,
justifica.
(Diário do Pará)
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