segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Imagens mostram destruição de hospital atingido por ataque na Síria!!!

08/08/2016 17h40 - Atualizado em 08/08/2016 17h49

Imagens mostram destruição de hospital atingido por ataque na Síria

13 pessoas morreram, de acordo com o Médico Sem Fronteiras.
Bombardeio foi lançado pela força aérea da Síria ou da Rússia, diz grupo.

Do G1, em São Paulo
Imagem mostra interior do hospital atingido por bombardeio que atingiu a cidade de Millis, na Síria, no último sábado (Foto: Divulgação/ Médico sem Fronteiras)Imagem mostra interior do hospital atingido por bombardeio que atingiu a cidade de Millis, na Síria, no último sábado (Foto: Divulgação/ Médico sem Fronteiras)
A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) divulgou nesta segunda-feira (8) fotos do hospital que foi destruído no último sábado por um bombardeio na cidade de Millis, na província síria de Idlib.

Segundo o MSF, 13 pessoas morreram no ataque -- quatro profissionais do hospital e outras nove pessoas, incluindo cinco crianças e duas mulheres. Outros seis profissionais do hospital ficaram feridos.

A Força Aérea síria (ou a de seu aliado, a Rússia) foi responsável por esses bombardeios, disse no sábado o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

De acordo com o MSF, o bombardeio destruiu a maior parte do hospital, incluindo o centro cirurgico e as unidades de terapia intensiva e de pediatria, e 80% dos equipamentos médicos, das ambulâncias e do gerador. O centro médico era conhecido como referência em pediatria.
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Imagem mostra destruição de hospital apoiado pelo Médico sem Fronteiras na cidade de Millis, na Síria (Foto: Divulgação/ Médico sem Fronteiras)Imagem mostra destruição de hospital apoiado pelo Médico sem Fronteiras na cidade de Millis, na Síria (Foto: Divulgação/ Médico sem Fronteiras)
O centro hospitalar bombardeado oferecia assistência médica de emergência e consultas a aproximadamente 250 pacientes por dia, muitos deles mulheres e crianças, e desde 2014 contava com o apoio técnico e financeiro da organização.
Na semana passada, a ONU denunciou que só no mês de julho foram atacados 44 hospitais, clínicas e outras instalações médicas na Síria, em meio ao agravamento do conflito e da situação humanitária no país.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a Síria é o país mais perigoso para os profissionais da Saúde, com 135 ataques contra instalações médicas em 2015.

Boxeador preso por suspeita de estupro é transferido para Bangu!!!

Boxeador preso por suspeita de estupro é transferido para Bangu

Jonas Junias Jonas, de 22 anos, tentou beijar camareira, informa polícia.
Treinador, que não teve o nome divulgado, estava no quarto, diz delegada.

Gabriel BarreiraDo G1 do Rio
A delegada Carolina Salomão, da 42º DP (Recreio), afirmou nesta segunda-feira (8) que o treinador do pugilista da Namíbia Jonas Junias Jonas, preso suspeito de estupro, estava no quarto e não tentou impedir o crime. Segundo a delegada, o pugilista já foi levado para um presídio em Bangu, na Zona Oeste.
"A vítima alega que o treinador dele estava no quarto, viu a abordagem e não chamou a atenção dele. Nem fez nada para coibir. O treinador teria visto [o crime], mas não deve responder como coautor. Mas o mínimo que ele deveria ter feito é ter reprimido", afirmou Carolina Salomão.
"É um desrespeito às leis e às mulheres brasileiras", declarou a delegada. O atleta de 22 anos foi preso no domingo (7) por volta de 17h. 
O boxeador Jonas Junius entra como porta-bandeira da Namíbia na cerimônia de abertura da Olimpíada do Rio, na sexta-feira (5) (Foto: Pedro Ugarte/AFP)Jonas Junias foi o porta-bandeira da Namíbia na abertura da Olimpíada, na sexta (5) (Foto: Pedro Ugarte/AFP)
O treinador, cujo nome não foi divulgado, ainda será ouvido pela polícia. Junias foi reconhecido por foto e depois pessoalmente pela camareira.
"Ela limpava outro cômodo, ele a agarrou por trás e deu um beijo no pescoço", disse a delegada. Segundo Carolina Salomão, a camareira contou que, depois de se soltar do suspeito, o atleta ainda fez gestos de atos sexuais e ofereceu dinheiro para a vítima.
A embaixada da Namíbia afirmou que, por enquanto, não vai se pronunciar sobre o assunto. O Comitê do Rio 2016 afirmou se tratar de uma investigação policial e disse que vai acompanhar o caso.
O caso envolvendo o boxeador, que foi porta-bandeira da Namíbia na cerimônia de abertura da Olimpíada, ocorreu menos de uma semana após outro boxeador, do Marrocos, ter sido preso também suspeito de estupro na Vila Olímpica.
De acordo com o Código Penal brasileiro, o crime de estupro se configura se o autor forçar a vítima a ter conjunção carnal, praticar ato libidinoso (qualquer um que vise prazer sexual) ou obrigar a vítima a permitir que se pratique ato libidinoso com ela. Portanto, qualquer ato com sentido sexual praticado sem consentimento é considerado estupro. Entenda o que diz a legislação brasileira sobre o crime.
Marroquino preso
Na última sexta-feira (5), o pugilista marroquinho Hassan Sada foi preso suspeito de estuprar duas camareiras na Vila dos Atletas. O atleta negou ter cometido o crime.
A polícia informou que Sada chamou as duas camareiras como se quisesse pedir uma informação. Quando elas entraram no quarto para ver o que ele queria, o boxeador as atacou.
Após a prisão, a delegada Carolina Salmomão, da 42ª DP, afirmou: "A gente espera que sirva de exemplo. Para nós, mulheres, é um desrespeito muito grande. Independente da cultura, a lei é o que vale. Pode andar com mais roupa, menos roupa. Há alguns boatos de que houve outros casos na Vila Olímpica".

Meninas se vingam, goleiam Romênia, e torcida faz a festa por Rafaela Silva!!!

Meninas se vingam, goleiam Romênia, e torcida faz a festa por Rafaela Silva

Com grande atuação coletiva, Brasil derruba algoz do Mundial por 26 a 13, vence 
a segunda na Olimpíada e fica mais perto de uma vaga nas quartas dentro de casa

Por Rio de Janeiro

Estava engasgado. Estava no choro copioso de Ana Paula, amparada pelo técnico Morten Soubak. Foram oito meses remoendo, voltando naquele 13 de dezembro de 2015. Tentando entender o que aconteceu. Favorita, a seleção feminina de handebol teve pela frente a Romênia nas oitavas de final do Mundial da Dinamarca e acabou eliminada, dando adeus ao sonho do bicampeonato. Em casa, com a Arena do Futuro lotada, a chance da revanche chegou. E com estilo. Dominando as romenas, que foram bronze à época, as meninas deram um banho e venceram a segunda na Olimpíada do Rio de Janeiro com goleada: 26 a 13, com direito a olé, muita festa e até gritos para Rafaela Silva, primeiro ouro do Brasil, no judô, no ginásio ao lado.
- (Esse início do Brasil) Mostra que a gente veio brigar de igual para igual. Ninguém vai jogar aqui dentro da nossa casa com o passado. Assim como a Romênia eliminou a gente no último Mundial, assim como a Noruega já foi campeã olímpica e a gente também já foi campeã do mundo. Vamos jogar com o presente, com o aqui, com o agora. E temos de mostrar nossa força porque aqui é a nossa casa. Para ganharem da gente vão ter de jogar muita bola - disse a capitã Dara.
Brasil x Romênia Handebol (Foto: REUTERS/Marko Djurica)Brasileiras não tomaram conhecimento da Romênia e venceram bem (Foto: REUTERS/Marko Djurica)

Mais uma vez Ana Paula foi um dos destaques. Se em dezembro passado chorou, agora a central sorriu. Comemorou, mas manteve o foco e pés no chão. Mesmo depois de outra atuação de gala - o time já havia batido a Noruega na estreia - as jogadoras seguem com o discurso de que o importante é se classificar para o mata-mata e que não adianta vencer agora na primeira fase e não seguir assim quando a partida valer uma medalha ou a eliminação precoce.
A goleira Babi, um dos destaques, não conseguiu perceber durante o jogo a festa para a judoca Rafaela Silva, mas depois comemorou também.
- Nem ouvi na verdade, fiquei sabendo que ela ganhou medalha de ouro. Muito feliz, mulheres vieram marcar presença nessa Olimpíada e trazer essa mensagem para o Brasil.
Na próxima rodada, já para garantir um lugar nas quartas de final, mesmo que seja com o quarto lugar do grupo, o Brasil enfrenta a Espanha. O jogo será na quarta-feira, às 9h30, na Arena do Futuro. Depois, o país ainda pega Angola, na sexta-feira, e Montenegro, no domingo, fechando a primeira fase. A derrota da Romênia foi a segunda. Na primeira partida a equipe já havia sido derrotada por Angola. Assim, complicou-se na competição olímpica.
brasil x romênia arena do futuro olimpíada handebol (Foto: Edgard Maciel de Sá)Arena do Futuro, mais uma vez tomada, se transformou em caldeirão para o Brasil (Foto: Edgard Maciel de Sá)

COMEÇO AVASSALADOR
No detalhe: Ana Paula comemora mais um gol para o Brasil contra a Romênia (Foto:  REUTERS/Marko Djurica)Ana Paula foi novamente um dos destaques do Brasil no jogo (Foto: REUTERS/Marko Djurica)
Ligado no jogo, o Brasil começou muito bem. Com cinco minutos, vencia por 4 a 1, com gols de Dara, Ana Paula (2x) e Alê. Na defesa, a equipe conseguia parar a melhor do mundo Cristina Neagu, que inclusive levou suspensão após falta. Lá atrás, a goleira Babi tinha excelente aproveitamento, parando o ataque rival. Com o primeiro período chegando na sua metade, o Brasil voltou a comandar as ações e Duda e Ana Paula, com quatro gols a essa altura, colocaram 9 a 4. Aos poucos, a Romênia equilibrou, com gols da própria Neagu e Manea, e o placar tinha 7 a 4 com 12 minutos.
Aos 17, a seleção levou um susto. A arbitragem viu uma cotovelada de Duda em jogadora romena, e a armadora foi expulsa do jogo. Mesmo com uma jogadora a menos, o Brasil conseguiu manter a frente. Três minutos depois, foi a vez de Dani Piedade levar suspensão de dois minutos. Enquanto a seleção encaminhava o triunfo diante da Romênia, a arquibancada vibrava com o ouro de Rafaela Silva no judô e gritava: "É Rafaela, é Rafaela".  Em quadra, o Brasil vencia por 13 a 8. Além de jogar bem, as meninas davam show. Ana Paula, em passe lindo por debaixo das próprias pernas, achou Fernanda, que perdeu o gol.
GOL ATÉ DE GOLEIRA
A segunda etapa começou no ritmo que a primeira terminou. Dono do jogo, o Brasil manteve sua postura ofensiva e com sete minutos colocou 17 a 10, uma goleada. Com 13 minutos, a seleção domava as europeias como se treinasse e no contra-ataque, até a goleira Babi marcou o seu gol, do outro lado da quadra, arremessando sem ninguém para defender a meta romena. Com dificuldade para atacar, Cristina Neagu, melhor jogadora do mundo em 2015, tinha cinco gols, mas não dava a vazão que a Romênia acostumou-se a ter em outros jogos. 
Entregues, as romenas não conseguiam equilibrar a partida. Faltando menos de dez minutos para o fim, a torcida gritava olé a cada passe e Samira, com bola de rosca, fez impiedosos 25 a 13. E o dia não era brasileiro só no ataque. Na defesa, Mayssa entrou no lugar de Babi e pegou sete metros de Buceschi, faltando cinco minutos para o fim. Na jogada seguinte, Mayara levou choque, caiu e sentiu uma lesão. Ela voltava para a seleção depois de duas cirurgias no joelho, e não voltou mais para a partida. No fim, com os gritos de "O campeão voltou", o Brasil confirmou a vitória por 26 a 13.

Somos todos Silva: Rafaela conquista 1º ouro do Brasil na Olimpíada do Rio!!!

Somos todos Silva: Rafaela conquista 1º ouro do Brasil na Olimpíada do Rio

Com foco impressionante, carioca nascida na favela Cidade de Deus enfileira rivais e leva público brasileiro ao delírio com conquista sensacional para o esporte do país

Por Rio de Janeiro



É Silva, é da favela, é uma das milhões de brasileiras que tiveram uma infância pobre. A diferença é que o esporte transformou a vida de Rafaela, e cerca de quinze anos depois de ser colocada pelo seu pai em um projeto social que ensinava judô para evitar que o crime organizado a seduzisse, a menina carioca de 24 anos é a mais nova campeã olímpica do esporte mundial. Nascida e criada na famosa favela Cidade de Deus, Rafa enfileirou cinco adversárias e levantou uma contagiante torcida nesta segunda-feira, na Arena Carioca 2, no Parque Olímpico da Barra, para realizar o maior sonho de qualquer atleta no planeta, não importa de onde ele veio. Na final do peso-leve (até 57kg), a atleta de 1,69m se agigantou e venceu por wazari a judoca da Mongólia Sumiya Dorjsuren, líder do ranking mundial. É o primeiro ouro do Time Brasil na Olimpíada do Rio, a segunda medalha do país, após a prata no tiro esportivo de Felipe Wu, na pistola de 10m. A láurea de Rafa é a 20ª do judô nacional em Jogos Olímpicos, aumentando a vantagem da arte marcial de origem japonesa na disputa com a vela (17).
- Acho que eu só tenho agradecer todo mundo que me deu forças. Treinei bastante para representar todo esse ginásio. Se eu pudesse servir de exemplo para crianças da comunidade, é o que eu tenho para passar para o judô. Treinei tudo que podia nesse ciclo, saía treinando, chorando, queria a medalha. Trabalhei o suficiente para conquistar. Para uma criança que cresceu numa comunidade, que não tem muito objetivo na vida, como eu, que sou da Cidade de Deus, e começou a fazer judô por brincadeira, agora sou campeã mundial e olímpica - vibrou Rafaela logo depois de sair do tatame.
Rafaela Silva ouro no judô (Foto: REUTERS/Kai Pfaffenbach)Enrolada na bandeira, Rafaela Silva comemora ouro chorando no meio da torcida (Foto: REUTERS/Kai Pfaffenbach)
Desde que entrou pela primeira vez no tatame nesta segunda, Rafaela decidiu que ela ia muito longe na Olimpíada do Rio. Dona de um enorme talento para o judô, mas nada fã dos exaustivos treinos, ela foi campeã mundial em 2013, porém passou os três últimos anos sem grandes resultados e passou a ralar muito mais nos treinamentos. Estava tudo guardado para a competição na casa dela. Com muita raça, sangue nos olhos e uma técnica apurada, ela contou com o apoio de uma ensandecida torcida que vibrou sem parar, pressionando as gringas. A Silva mais famosa do momento derrotou, pela manhã, em sequência, a alemã Myriam Roper (primeira fase), a sul-coreana Jandi Kim (oitavas) e húngara Hedvig Karakas. A vaga na decisão veio com uma emocionante vitória no golden score, a prorrogação do judô, sobre a forte romena Corina Caprioriu, prata em Londres 2012 e vice no Mundial de 2015. 
Depois da derrota em Londres 2012, a atleta sofreu com a reação negativa do público. Quando chegou ao hotel após a eliminação nas oitavas de final, centenas de notificações em suas redes sociais chamaram atenção. Rafaela abriu o Twitter e se revoltou. Pela internet, havia recebido todo tipo de crítica e insultos racistas, e não se segurou. Rebateu os internautas, reconheceu que errou e se afirmou com capacidade para os Jogos do Rio. Na época, um representante do Ministério do Esporte em Londres chegou a sugerir que os responsáveis fossem processados, mas nenhuma ação foi adiante. Após vencer a final do judô até 57 quilos e conquistar seu primeiro título olímpico, Rafaela Silva chorou muito e desabafou:
- O macaco que tinha que estar na jaula em Londres hoje é campeão olímpico aqui em casa - disse ao deixar o pódio.