sábado, 3 de fevereiro de 2018

ASSUNÇÃO DE CASTRO!!!

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NOSTALGIA E SAUDADE.

Por que eu preciso morar em grandes cidades, viver desesperado dentro de um carro para lá e para cá, restringir imensamente o meu tempo de convivência com as pessoas de quem eu gosto, reduzir o meu ócio criativo para ficar num lugar aonde vão me oferecer apenas e tão-somente dinheiro? Mario Sergio Cortella.
Depois de muito refletir sobre o questionamento que me fez um amigo, quando em julho de 2011 comuniquei que deixaria a Radio Terra, onde produzia e apresentava os programas Terra Classe A, diário; Almoço em Família aos domingos e Artistas da Terra aos sábados, encontrei esta joia do professor, escritor e filosofo paranaense de Londrina, Mario Sergio Cortella.
Quando fui questionado disse que os amigos de Capitão Poço continuariam meus amigos onde estavam, enquanto eu continuaria seu amigo onde iria morar, sendo que lá (aqui), além dos amigos que tinha e faria, teria os parentes, próximos e distantes, visto não ter irmãos consanguíneos, mas sim primos, muitos primos.
Não precisei de seis anos para consolidar o que disse então, mas cada dia me convenço de haver feito a escolha certa, na hora certa, no lugar mais que certo. É que aqui no meu torrão natal não precisei reduzir meu ócio criativo, não perdi nenhum dos amigos e pessoas de quem gosto, muito pelo contrario, aumentou meu tesouro do bem querer, pois aos muito queridos que já estavam em minha seleta relação acrescentei outros da mesma estirpe e ainda por cima, a decisão de mudar de cidade me possibilitou vivenciar momentos muito especiais como os encontros com meus meninos e meninas do Mojucap-Limão Bravo de Capitão Poço, abraçar e ser abraço por amigos que pouco encontro, mas quando nos encontramos, vivencio uma canção da Igreja: “sinto a vida renascer, quando estou com meus amigos e vontade de cantar com alegria” e reforço a convicção expressa em um pensamento do mesmo Cortella: Raízes não são âncoras. Na vida, nós devemos ter raízes, e não âncoras. Raiz alimenta, âncora imobiliza. Quem tem âncoras vive apenas a nostalgia  não a saudade. Nostalgia é uma lembrança que dói, saudade é uma lembrança que alegra".
Não tenho ancoras, raízes as tenho e profundas. Não vivo nostalgias, vivencio saudades, que quando aperta dou um pulinho na Cap City, ponho os papos em dia com os muito queridos e retorno pro “aconchego”, onde recomeço meu dia a dia sem pressa, sem açúcar, mas “com afeto e meu doce predileto” (com adoçante).

Por Assunção de Castro!!!