sábado, 22 de fevereiro de 2025

Instituto Estadual Carlos Gomes completa 130 anos de ensino musical !!!

 O estabelecimento de ensino musical formou diversos músicos, que se tornaram professores, músicos, cantores e regentes.

Por Mayave Ribeiro (FCG)
22/02/2025 08h54



Com uma tradição centenária no ensino da música e conhecida como uma das instituições mais respeitadas do Estado e no Brasil na área em que atua, o Instituto Estadual Carlos Gomes (IECG) completa 130 anos como referência na formação de músicos. Iniciando as atividades em 1895 como conservatório de música, a instituição teve como gestor o compositor, músico e maestro Carlos Gomes, que deu o nome ao então conservatório.

O maestro titular da Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz, Miguel Campos Neto, de 45 anos, e um dos mais conhecidos egressos do IECG, conta que iniciou seus estudos de música ainda criança na instituição. “Ingressei, no então Conservatório Carlos Gomes, em 1988, estava passando de ônibus em frente com minha mãe e quis saber mais sobre o que se fazia naquele prédio tão bonito e que me chamou tanta atenção”, relembra o maestro

“Comecei na musicalização e segui no curso de piano e, aos 12 anos de idade, comecei no violino. Fiz todo o curso básico e, posteriormente, ganhei uma bolsa para estudar regência nos Estados Unidos. Sou muito grato aos professores que tive aqui, pois foi devido à excelência técnica que aprendi com eles, que consegui ter uma base sólida para concorrer a uma bolsa fora do país”, pontua Campos Neto.


“A importância do Instituto Estadual Carlos Gomes para a minha carreira na música é muito grande. Tive uma formação musical sólida e, todos os aspectos contam antes de você se tornar um maestro. Aqui, os ensinamentos sobre história da música, teoria, contraponto, harmonia são muito avançados. A instituição sempre priorizou o alto nível artístico por ter um aspecto conservatorial”, explica. “Lembro que eu e minha turma sentíamos muito orgulho por estudarmos em uma instituição em que teve uma história entrelaçada ao próprio maestro Carlos Gomes. Isso também é uma característica muito marcante, pois nos coloca em uma posição relevante no Brasil todo”, completa Miguel Campos Neto.

Assim como o maestro Miguel Campos Neto, o professor de musicalização e percussão William Tanoeiro, 32 anos, também galgou sua trajetória profissional na música através dos cursos do IECG e, hoje, faz parte do quadro docente do Projeto de Extensão Música e Cidadania, que oferece aulas gratuitas para crianças e adolescentes de comunidades periféricas de Belém. “Eu comecei aos 16 anos de idade no IECG, depois que fiz o curso básico de percussão me formei como técnico em música e depois fiz o vestibular para o bacharelado, graduando-me também nesse curso aqui. O que mais gosto de ter estudado aqui é que tive oportunidade de conhecer diferentes estilos musicais, não só o clássico, mas vários outros gêneros musicais e períodos históricos através da música, aprendi muito e isso me ajuda na parte da docência”, comenta William.

“Hoje, sou professor no Projeto Música e Cidadania, e isso me fez ter mais sensibilidade com os alunos de realidades diferentes, que nesse caso, são alunos da periferia. Aprendi novas metodologias, que me auxiliam a ensinar esses alunos da melhor forma possível. Nós podemos, através desse projeto, descentralizar o ensino que acontece dentro do prédio do Instituto”, explica William. “Nosso trabalho é dar a oportunidade aos alunos da comunidade externa de vivenciarem a música como agente de transformação social”, completa o músico, que trabalha polo do projeto no bairro do Castanheira.

O Projeto Música e Cidadania (PMC) foi criado em 1999 e é uma atividade de extensão da Fundação Carlos Gomes (FCG), realizada em parceria com escolas públicas, associações comunitárias e ONG’s, que oferece ensino de música gratuitamente para crianças, jovens e adultos dos polos Jardim das Oliveiras (Castanheira), Sociedade Beneficente Cristo Redentor (Coqueiro), Associação Filantrópica Icuí Solidário (Icuí), Lar de Maria (São Brás) e Movimento de Emaús - Projeto Cidade de Emaús (Benguí).

Além do Projeto Música e Cidadania, o projeto de Interiorização da Fundação Carlos Gomes também capacita jovens, adultos e crianças, professores e mestres de bandas dos municípios dos interiores do Estado, levando o conhecimento do Instituto para comunidades externas. Esse ano, a Fundação e o Instituto expandirão as oficinas de musicalização para as Usinas da Paz de Belém e Região Metropolitana, como já acontece nos polos das Usipaz de Castanhal e Marabá.

Novas gerações

O Instituto Estadual Carlos Gomes oferece cursos que aabrangm várias categorias como: iniciação musical e musicalização, preparatório, técnico e bacharelado. A oferta dos cursos em vários níveis de idade garante que os alunos possam começar os estudos na música ainda na infância, e concluírem o ensino superior na própria instituição, revelando inúmeros talentos.

Um dos destaques mais recentes do IECG é a musicista Ingridy Silva (25), que se formou bacharel em violoncelo na última turma do curso, no ano passado. Ela conta sobre a importância da escolha do IECG para cursar o ensino superior em música. “Eu escolhi o IECG por ser a instituição onde eu poderia cursar o que eu queria desde que aprendi a tocar, que é o bacharelado. Como é uma instituição centenária, é o único lugar com ensino de nível de “conservatório”, ou seja, que prima por um nível super alto de qualidade. Esse lugar é de extrema importância para nossa cidade e para o nosso estado”, pontua Ingridy.

O superintendente da Fundação Carlos Gomes, Gabriel Titan, ressalta a importância do Instituto Estadual Carlos Gomes na tradição de formar novos músicos no Estado. “Celebrar os 130 anos de atividades da instituição representa um grande marco para nós e para o público em geral, pois formamos durantes todos esses anos excelentes profissionais da música, que seguem as suas carreiras no Brasil e no mundo”, avalia Titan.


“Com o incentivo das atividades de ensino, pesquisa e extensão, o instituto se consolidou como referência na educação e, além do investimento nos cursos de musicalização, iniciação musical, preparatório e bacharelado, também desenvolvemos o projeto Música e Cidadania, que garante qualificação musical para jovens, crianças e adultos, que vivem em áreas de situação de vulnerabilidade social na Região Metropolitana de Belém” ressalta o gestor.

Com mais investimentos, por meio da Seaster, governo realiza programação de Carnaval em abrigos de idosos !!!

 


O governo do Pará garante e reforça o seu compromisso para com a segurança e bem-estar dos idosos acolhidos, viabilizando sempre ações efetivas, que possibilitem dignidade e inclusão.

Por Luana Taveira (SEASTER)
22/02/2025 11h51

Com muita animação, adereços carnavalescos e samba nos pés, os idosos acolhidos nos abrigos “Lar da Providência” e “Nosso Lar Socorro Gabriel”, em Belém, aproveitaram os tradicionais bailes de Carnaval, promovidos pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster). 

Os eventos aconteceram nos dias 19 e 20 de fevereiro, respectivamente, iniciando o calendário de comemorações alusivas ao Carnaval.

No Lar da Providência, o baile contou com a presença da banda do Corpo de Bombeiros Militar, que embalou os idosos com marchinhas e clássicos do Carnaval. Já no “Nosso Lar Socorro Gabriel”, o ritmo ficou por conta da escola de samba Acadêmicos da Pedreira.


A terapeuta ocupacional que atua no Lar da Providência, Juciane Melo, destacou a importância das atividades festivas para os idosos. 

Foto: Divulgação

“Esses momentos trazem benefícios imensos para a saúde mental e emocional dos nossos acolhidos. As festas não só resgatam lembranças afetivas, mas também promovem o convívio social e melhoram a qualidade de vida”, disse a terapeuta ocupacional.

O governo do Pará garante e reforça o seu compromisso para com a segurança e bem-estar dos idosos acolhidos, viabilizando sempre ações efetivas, que possibilitem dignidade e inclusão. 

Aline Cordeiro, gerente do “Nosso Lar Socorro Gabriel”, reforça que o baile e outros eventos são fundamentais no processo de acolhimento e socialização.

Foto: Divulgação

“Essas ações permitem que os idosos vivenciem experiências prazerosas e se sintam mais integrados à comunidade. A alegria compartilhada nesses momentos faz toda a diferença no dia a dia deles”, ressaltou a gerente.

Abrigos

O governo do Pará, por meio da Seaster gerencia os dois abrigos para idosos, localizados em Belém, oferecendo acolhimento e cuidados especializados com uma equipe multiprofissional. Além das festividades, os idosos participam de diversas atividades que incluem passeios, aulas de dança, sessões de cinema e visitas a locais de lazer, como cinema e museu.

Investimentos 

Em janeiro de 2025, o investimento no valor de R$ 8,4 milhões, oriundos da soma de esforços no âmbito federal e estadual, por meio da destinação de uma emenda parlamentar do senador Beto Faro, possibilitou aos abrigos receberem cerca de 1.300 itens, entre televisores, aparelhos de ar-condicionado, micro-ondas, espremedor de frutas, além de notebooks e câmeras de vigilância.

“Trabalhamos sempre em prol de mais melhorias, sem medir esforços, para que os nossos idosos recebam todo o suporte necessário, com cuidados adequados, equipamentos e momentos de lazer, que os beneficiem diretamente para uma vida digna e tranquila”, enfatizou o titular da pasta, Inocencio Gasparim.

Além dos dois locais beneficiados que atendem idosos, outros quatro, que acolhem mulheres em situação de vulnerabilidade social em Belém e no interior do Estado, também receberam material, incluindo veículos.

Com a colaboração de Yuri Granha



Ideflor-Bio reforça compromisso com a conservação no III Workshop Nacional de Mosaicos de Áreas Protegidas, em Brasília !!!

 


O evento reuniu especialistas, gestores ambientais e representantes governamentais para debater estratégias de conservação e proteção dos recursos naturais em diferentes biomas do país

Por Vinícius Leal (IDEFLOR-BIO)

Nesta semana, de 17 a 20 de fevereiro, o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Pará (Ideflor-Bio) teve uma importante participação no III Workshop Nacional de Mosaicos de Áreas Protegidas, realizado em Brasília (DF). O evento reuniu especialistas, gestores ambientais e representantes governamentais para debater estratégias de conservação e proteção dos recursos naturais em diferentes biomas do país.

Representando o Ideflor-Bio, a Gerência Regional Calha Norte (GRCN) III levou ao evento a experiência do Pará na gestão de Unidades de Conservação (UCs) e a proposta de reconhecimento oficial de um importante mosaico de áreas protegidas na região norte do estado. Esse bloco territorial abrange UCs de Proteção Integral, terras indígenas e territórios quilombolas, formando um corredor ecológico de mais de 22 milhões de hectares de florestas protegidas. A formalização desse mosaico pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudanças do Clima representaria um avanço crucial para a gestão sustentável dessas áreas.

Os mosaicos de áreas protegidas são instrumentos estratégicos para a conservação da sociobiodiversidade. Eles permitem a integração de diferentes formas de uso do solo, garantindo a conectividade entre os ecossistemas e fortalecendo o papel das comunidades tradicionais na preservação ambiental. Além de favorecer a proteção da fauna e da flora, esses territórios reconhecidos promovem o respeito aos modos de vida e conhecimentos das populações que habitam a região.

Importância - O titular da GRCNIII, Neto Vasconcelos, ressaltou a relevância do workshop e da formalização dos mosaicos. “A consolidação dos mosaicos é essencial para a conservação da biodiversidade da Amazônia, pois fortalece a gestão integrada das áreas protegidas e assegura a continuidade dos serviços ecossistêmicos que sustentam a vida em nosso bioma”, afirmou.

O evento contou com a presença de representantes de mosaicos de diferentes biomas brasileiros, além das ministras do Meio Ambiente, Marina Silva, e dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara. Ambas destacaram a importância de políticas públicas voltadas à conservação e ao protagonismo das comunidades locais na gestão dos recursos naturais.

Compromisso - A participação do Ideflor-Bio no workshop reforça seu compromisso com a conservação da biodiversidade e o desenvolvimento sustentável no Pará. A troca de experiências com outros estados e organizações fortalece o papel do Instituto na construção de estratégias inovadoras para a gestão ambiental e a valorização das áreas protegidas.


Com esse engajamento, o Instituto segue atuando de forma ativa na agenda nacional de conservação, contribuindo para a implementação de políticas públicas que garantam a proteção dos recursos naturais e o equilíbrio ecológico da Amazônia.

Para o diretor de Gestão e Monitoramento de Unidades de Conservação do Ideflor-Bio, Ellivelton Carvalho, também destacou a relevância do evento. “O reconhecimento dos mosaicos é um passo fundamental para consolidarmos uma abordagem integrada de gestão territorial. Precisamos fortalecer a governança ambiental, garantindo que as UCs estejam conectadas e que a proteção da biodiversidade caminhe com respeito às comunidades tradicionais e seus territórios”, enfatizou.