segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

NOVIDADES DA SEMED (SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO!!!)




PROJETO: I CANTATA DE NATAL DA SEMED

APRESENTAÇÃO:



Levando em consideração a comemoração do nascimento de Jesus Cristo, a Secretaria Municipal de Educação – SEMED, com o apoio da Prefeitura Municipal de Capitão Poço, apresenta o projeto Cantata de Natal. Na oportunidade, será oferecido a sociedade pocense uma chance diferenciada, de comemorar o período natalino, fazendo menção a religiosidade e entretenimento.

O tema traz consigo o encanto e a magia do natal, e incentiva uma reflexão, independentemente de religião, acerca de alguns sentimentos como paz, amor, solidariedade, entre outros que diferenciam este dia especial.



Acreditar e viver o verdadeiro sentido do Natal são atitudes ausentes na vida de muitos cristãos e pagãos da sociedade moderna, urge assim a necessidade de transmitir as futuras gerações que o Natal não é somente época de ganhar presentes e montar árvores e enfeites, para que se celebre essa data, é necessário assimilar o motivo dessa festa na qual permeia a supremacia do nascimento de Jesus. Assim, o período natalino é época em que devemos fortificar nossa fé e admirar a força de Jesus, a coragem de Maria, a lealdade de José e o milagre de Deus. 




Busca-se desta forma, incentivar o desejo de conhecer um pouco mais a história e os verdadeiros valores fraternos, que precisam esta presentes em nossos corações, uma vez que o avanço tecnológico vem dissolvendo a convivência fraternal e o contato humano tão comum nas gerações passadas. Essa também, é uma oportunidade de resgatar os valores familiares com a partilha e experiências, as rodas de conversas, as brincadeiras comuns da época de nossos avós.




Nesse sentido, a Secretaria Municipal de Educação apresenta a cantata de natal abrangendo dessa forma a sociedade como um todo, com inspirações e atrações para uma festa que promete fazer o diferencial na história deste município. Tem – se a pretensão de fazer desse momento uma oportunidade de reviver o verdadeiro sentido do Natal, não somente no que diz respeito a encenações ou na apreciação de canções desse período, mas no sentido de ver no próximo a imagem de Jesus e fazer por ele aquilo que faríamos para nosso próprio nosso bem.




Temos como objetivo apresentar a importância do nascimento de Jesus Cristo para a comunidade pocense, despertando momentos de reflexão, que envolvam afetividade, fraternidade, companheirismo, amor, respeito ao próximo, solidariedade, entre outros.



O evento acontecerá no dia 23 de dezembro de 2015 a partir das 19h00 na praça da Alvorada, com apresentações natalinas realizadas pelos alunos e professores das escolas municipais, apresentação do coral composto pela secretária de educação, diretora de ensino, diretores, coordenadores, professores e alunos das escolas. E para finalizarmos teremos a Cantata de Natal, a qual dará grande ênfase na noite.


MATÉRIA E TEXTO:
PROFESSORA BIÉ!!!

PREFEITA DIANA E DEPUTADO BELO APOIAM ESPORTES NA REGIÃO!!!



TORNEIO DA COMUNIDADE DO BARRO VERMELHO

NO SÁBADO DIA 05 DE DEZEMBRO A COMUNIDADE DO BARRO VERMELHO ORGANIZOU EM ANEXO A SUA TRADICIONAL FESTIVIDADE UM TORNEIO DE FUTEBOL NO CAMPO DA ASSOCIAÇÃO LOCAL. ESTA COMPETIÇÃO CONTOU COM A PARTICIPAÇÃO DE 08 (OITO) EQUIPES; CONTANDO COM EQUIPES LOCAIS; DE COMUNIDADES VIZINHAS E DA SEDE DO MUNICÍPIO.
O CAMPEÃO DESTA COMPETIÇÃO FOI A EQUIPE DO ZENIT QUE FOI AGRACIADO COM UMA PREMIAÇÃO DE R$250,00, E O VICE FOI A EQUIPE DO ÁGUIA QUE RECEBEU A IMPORTÂNCIA DE R$100,00.
O TORNEIO CONTOU COM O APOIO TOTAL DA PREFEITURA MUNICIPAL DE CAPITÃO POÇO, DO DEP. ESTADUAL RAIMUNDO BELO E DA SECRETARIA DE CULTURA E DESPORTO DE NOSSO MUNICÍPIO, SEC: JARDENILSON MOTA.

MATÉRIA: DIEGO SOBREIRA!!!


































ADORNO ESPECIAL NA PRAÇA DA ALVORADA!!!

 A PRAÇA DA ALVORA RECEBEU UM ADORNO ESPECIAL E CONDIZENTE COM A ÉPOCA QUE ESTAMOS VIVENDO. TODA A HUMANIDADE VIVE O PERÍDIO DO ADVENTO E NO MUNDO INTEIRO OS ADORNOS NATALINOS PODEM SER VISTO E ADMIRADOS. EM NOSSO MUNICÍPIO NÃO PODERIA SER DIFERENTE O PRINCIPAL POINT DA CIDADE ESTÁ TODO ADORNADO DE NATAL O QUE CHAMA A TENÇÃO DE TODOS AQUELES QUE VISITAM O LOCAL. UM EXCELENTE TRABALHO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE CAPITÃO POÇO, ATRAVÉS DA SECRETARIA DE CULTURA. BELÍSSIMO TRABALHO.








































sábado, 5 de dezembro de 2015

PARABÉNS MACEIÓ!!!

De cidade provinciana a destino turístico, Maceió completa 200 anos

Com um milhão de habitantes, capital concentra 1/3 da população de AL.
Apesar de desigualdade, cidade possui os melhores resultados no PIB.

Carolina Sanches e Michelle FariasDo G1 AL
Maceió vista do alto (Foto: Jonathan Lins/G1)Maceió viu as pequenas casas da orla serem substituídas por prédios altos (Foto: Jonathan Lins/G1)
O surgimento da cidade de Maceió foi a modo do Brasil Colônia: em função das atividades extrativistas, onde existia o comércio do pau-brasil e a escravidão. No começo, as atividades se concentravam no bairro de Jaraguá, por causa do porto, e no Centro, cortado pelo antigo Riacho Salgadinho, que fornecia água e peixes para movimentar o comércio e alimentar os escravos.

Neste sábado (5), a capital alagoana completa 200 anos, e o G1 entrevistou historiadores, economistas e com quem viveu na época em que estourou o desenvolvimento da cidade para contar um pouco dessa história.

Os índios que primeiro habitaram a cidade deram ao pequeno, mas robusto, riacho que banhava o sítio maceioense, o nome de Massayó ou Massai-ó-k, que significa “o que tapa o alagadiço”. Mais tarde, esse nome foi dado ao engenho construído em frente, onde hoje é a Catedral Metropolitana, e depois foi o nome escolhido para batizar a cidade.
Historiador Douglas Apratto diz que problemas antigos acompanham o crescimento de Maceió (Foto: Arquivo/Maceió Antiga)Historiador Douglas Apratto diz que problemas
antigos acompanham o crescimento de Maceió
(Foto: Michelle Farias/G1)
Segundo o historiador Douglas Apratto, Maceió “brigou” com mais oito vilas para esse título. E foi justamente por causa do Porto, que conquistou a sua autonomia.
De acordo com o historia­dor, em 5 de dezembro de 1815, houve o alvará régio de Dom João VI, determinando que a Vila de Maceió fosse desmem­brada da Vila de Santa Maria Madalena da Lagoa do Sul, que atualmente é o município de Marechal Deodoro.
Mas há um certa confusão sobre a data do aniversário da cidade, já que muita gente considera a data de 9 de dezembro, data em que Maceió passou a ser a capital da província de Ala­goas. “No dia 9 de dezembro de 1839, o então governador Agostinho da Silva foi libertado e venceu a facção que apoiava a transferência da capital da Província de Alagoas”, afirma Apratto.
Aos poucos, Maceió começou a crescer e se desenvolver. Foram surgindo os bairros da parte baixa, Trapiche, Vergel, Bebedouro. Em 1940, a parte alta começou a crescer, o bairro do Farol foi o primeiro a surgir, e aos poucos, o restante.
E só depois dos anos 1960 que o litoral começou a ser habitado. Antes disso, a região da Praia da Avenida já havia sido povoada e se tornou o ponto de encontro de amigos e família. De acordo com o Douglas Apratto, os bairros Pajuçara, Ponta Verde, Jatiúca, Guxuma, Jacarecica e Ipioca, que compõem a orla da capital, são nomes herdados dos indígenas.
Região conhecida como Boca de Maceió, no Centro da capital (Foto: Arquivo/Maceió Antiga)Região conhecida como Boca de Maceió, no Centro da capital (Foto: Arquivo/Maceió Antiga)
“É tão forte a presença indígena na toponímia (estudo dos nomes próprios de lugares) e na etimologia (estudo da origem das palavras) maceioense e, no entanto, nós nem associamos esses nomes às nossas raízes indígenas nem à herança que nossos ancestrais deixaram em vários campos de atividade”, reforça o historiador.
“Alagoas sempre foi muito rural, com fazendas e com a presença do poder político e econômico. Mas houve uma crise no setor da cana-de-açúcar, os trabalhadores perderam suas casas e vieram tentar a sorte na capital", conta Apratto.No início do desenvolvimento, toda a maior parte das atividades se concentravam no interior do estado. A maior parte da população morava na zona rural. Mas em 1950, ocorreu um fato histórico: a população da zona rural se equiparou à da zona urbana.
De acordo com o historiador, naquela época a estiagem já influenciava na geografia local. "A seca também foi um dos fatores que contribuíram com a migração dessa população. Ao chegar aqui, a maioria não conseguiu arrumar emprego e foi viver de bicos, morar nas ruas e assim foram surgindo as favelas”, afirma.

O historiador diz ainda que isso foi um fator fundamental para as diferenças sociais na cidade. “Foi criada uma cortina de exclusão e que se arrastou por longos anos. Hoje, Maceió tem mais de 1 milhão de habitantes e prefeitura e governo do estado não conseguem absorver a demanda da capital. Até hoje, não temos um sistema de esgoto eficiente. É preciso que se invista em educação, para que a população mais carente tenha condições de mudar de vida”, afirma.

Maceió_JH (Foto: jornal hoje)Maceió teve muitas obras e mudou paisagem ao longo dos anos (Foto: Reprodução/Jornal Hoje)
Crescimento econômico e populacional acelerado
Apesar da grande diferença entre ricos e pobres, a renda de Maceió continua sendo a maior parte de riqueza gerada em Alagoas, segundo o último levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referente ao ano de 2012. A cidade possui os melhores resultados em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), ocupando a 41ª colocação no país.

Atualmente, com um milhão de habitantes, concentra um terço da população do estado, três milhões de habitantes. Para o economista Cícero Péricles, o acelerado crescimento populacional chama a atenção.
“Na década de 70, eram cerca de 170 mil habitantes [em Maceió] e em 2014 já estava em um milhão. Isso reflete um crescimento de diversos setores da cidade, o que acabou atraindo migrantes do interior para morar na capital. E também metade da riqueza alagoana está concentrada em Maceió”, observou.
Professor Cícero Péricles diz municípios não geram tributos e prefeituras não conseguem investir em educação e saúde. (Foto: Jonathan Lins/G1)Economista Cícero Péricles diz que cidade tem
expectativa de crescimento
(Foto: Jonathan Lins/G1)
Com uma população tão grande, o mercado consumidor também se tornou expressivo.
“Maceió é o 25º mercado consumidor do país. A cidade tem uma economia baseada na rede de serviços e comércio, tanto no setor formal, como de trabalhadores sem carteira assinada”, explica Péricles.

E esse crescimento veio com obras de infraestrutura e com novos bairros surgindo.

“Maceió era um vilarejo inexpressivo. Hoje tem muitos bairros. Cresceu muito na área da parte alta e do Litoral Norte. Além das moradias, vieram as empresas e os comércios como os três shoppings que existem hoje”, falou.
“A cidade teve uma evolução nos serviços de saúde, com exames e serviços de média e alta complexidade. Na educação, tem universidades, faculdades e cursos profissionalizantes e de pós-graduação. Existe um número grande de alunos na rede pública de ensino”, destacou.
Turismo
Maceió tem uma posição geográfica privilegiada, que a transformou num destino turístico nacional. “Temos uma rede hoteleira muito competitiva no âmbito nacional. O aeroporto internacional ajudou muito ao turismo. A rede hoteleira e gastronômica é muito desenvolvida”, avalia Péricles.

Mas não só o turismo se destaca na capital alagoana. “Nos últimos anos, Maceió passou a atrair grandes investimentos. A cada ano, novos compradores e investidores de outros estados são atraídos para cá”, destaca o economista.
Apesar de se destacar entre as cidades que mais crescem, Maceió enfrenta um problema de má distribuição de renda que pode ser comprovado pelo baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Segundo o último levantamento, com base nos dados de 2010, o baixo IDH deixou a cidade na posição 1266º dos municípios do país, sendo a primeira das capitais.
“Uma cidade que tem uma parte da população muito pobre e a prefeitura não tem condições de suprir todas as necessidades. Outra característica é que a cidade é muito polarizada. Alguns bairros têm um grande índice de desenvolvimento, como o Adelbaram. Ao mesmo tempo, lugares como o Vale do Reginaldo têm o indicador muito baixo. E o acesso aos bens públicos também encontra problemas”, expõe Péricles.
Apesar dos índices negativos, o economista diz que a perspectiva é positiva e de crescimento. “Como a cidade tem uma infraestrutura instalada, atrai mais empresas que buscam isso. Então, Maceió tende a trazer novos investimentos. Isso sem falar do potencial turístico que é gigantesco. Desde que resolva problemas como o de saneamento e outros”, completou.
Área portuária de Maceió (Foto: Jonathan Lins/G1)Área portuária de Maceió (Foto: Jonathan Lins/G1)

IMPORTANTE! MUITO IMPORTANTE!!!

05/12/2015 05h00 - Atualizado em 05/12/2015 05h00

Zika vírus: entenda a transmissão, os sintomas e a relação com microcefalia

Vírus foi identificado pela primeira vez no Brasil em abril de 2015.
Além de microcefalia, governo estuda possível relação com Guillain-Barré.

Mariana LenharoDo G1, em São Paulo
Aedes aegypti, que transmite dengue e chikungunya, também pode transmitir o zika vírus (Foto: CDC-GATHANY/PHANIE/AFP)Aedes aegypti, que transmite dengue e chikungunya, também transmite o zika vírus (Foto: CDC-GATHANY/PHANIE/AFP)
Identificado pela primeira vez no país em abril, o zika vírus tem provocado intensa mobilização das autoridades de saúde no país. Enquanto a doença costuma evoluir de forma benigna – com sintomas como febre, coceira e dores musculares – o que mais preocupa é a associação do vírus com outras doenças. O Ministério da Saúde já confirmou a relação do zika com a microcefalia e investiga uma possível relação com a síndrome de Guillain-Barré. Veja o que já se sabe sobre o vírus:
Como ocorre a transmissão?
Assim como os vírus da dengue e do chikungunya, o zika também é transmitido pelo mosquitoAedes aegypti.

Quais são os sintomas?
Os principais sintomas da doença provocada pelo zika vírus são febre intermitente, erupções na pele, coceira e dor muscular. A evolução da doença costuma ser benigna e os sintomas geralmente desaparecem espontaneamente em um período de 3 até 7 dias. O quadro de zika é muito menos agressivo que o da dengue, por exemplo.

Como é o tratamento?
Não há vacina nem tratamento específico para a doença. Segundo informações do Ministério da Saúde, os casos devem ser tratados com o uso de paracetamol ou dipirona para controle da febre e da dor. Assim como na dengue, o uso de ácido acetilsalicílico (aspirina) deve ser evitado por causa do risco aumentado de hemorragias.

Qual é a relação entre o zika e a microcefalia?
A relação entre zika e microcefalia foi confirmada pela primeira vez no mundo no fim de novembro pelo Ministério da Saúde brasileiro. A investigação ocorreu depois da constatação de um número muito elevado de casos em regiões que também tinham sido acometidas por casos de zika.

A evidência crucial para determinar essa ligação foi um teste feito no Instituto Evandro Chagas, órgão vinculado ao Ministério da Saúde no Pará, que detectou a presença do vírus zika em amostras de sangue coletadas de um bebê que nasceu com microcefalia no Ceará e acabou morrendo.
Como a situação é muito recente, ainda não se sabe como o vírus atua no organismo humano, quais mecanismos levam à microcefalia e qual o período de maior vulnerabilidade para a gestante. Segundo o Ministério da Saúde, as investigações sobre o tema devem continuar para esclarecer essas questões.
Quais são as recomendações para mulheres grávidas?
O Ministério da Saúde orienta algumas medidas para mulheres grávidas ou com possibilidade de engravidar tendo em vista a ocorrência de casos de microcefalia relacionados ao zika vírus.

Uma delas é a proteção contra picadas de insetos: evitar horários e lugares com presença de mosquitos, usar roupas que protejam a maior parte do corpo, usar repelentes e permanecer em locais com barreiras para entrada de insetos como telas de proteção ou mosquiteiros.
É importante informar o médico sobre qualquer alteração em seu estado de saúde, principalmente no período até o quarto mês de gestação. Um bom acompanhamento pré-natal é essencial e também pode ajudar a diminuir o risco de microcefalia.
Há risco de microcefalia se a mulher engravidar depois de se curar do zika?
Segundo o médico Érico Arruda, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, o que se conhece sobre a relação entre o zika e a microcefalia é insuficiente para determinar se há risco de engravidar logo depois de se curar de uma infecção pelo zika vírus.

“O que se pode dizer, baseado em contextos gerais, é que parece que a viremia do zika é curta, ou seja, a pessoa infectada fica pouco tempo com o vírus circulando na corrente sanguínea.” Caso isso seja confirmado, é possível que não haja risco de gravidez logo após o fim da infecção, porém ainda é cedo para ter certeza.
Cláudio Maierovitch e Antônio Nardi, Ministério da Saúde (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)Cláudio Maierovitch (dir.) e Antônio Nardi (esq.), do Ministério da Saúde, anunciam novos casos de microcefalia relacionados ao zika vírus em coletiva esta semana (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Qual é a relação entre o zika e a síndrome de Guillain-Barré?
Alguns estados do Nordeste que tiveram a ocorrência do vírus zika têm observado um aumento incomum dos casos da síndrome de Guillain-Barré, como Pernambuco, Bahia, Piauí, Sergipe,Rio Grande do Norte e Maranhão.

Trata-se de uma doença rara que afeta o sistema nervoso e que pode provocar fraqueza muscular e paralisia de braços, pernas, face e musculatura respiratória. Em 85% dos casos, há recuperação total da força muscular e sensibilidade. Ela pode afetar pessoas de qualquer idade, mas é mais comum entre adultos mais velhos.
O Ministério da Saúde está investigando esses casos, mas até o momento não confirma a correlação. A pasta deve divulgar as conclusões desse estudo nas próximas semanas.
Especialistas afirmam que é muito provável que exista uma conexão. “Neste momento, temos que encarar que existe um indício forte de relação entre o zika e a síndrome de Guillain-Barré, mas para ter certeza absoluta precisamos de mais elementos e avaliar com mais profundidade os pacientes que desenvolveram a síndrome”, diz o médico Marcondes Cavalcante França Junior, coordenador do Departamento Científico de Neurogenética da Academia Brasileira de Neurologia.
Zika vírus (Foto: Reprodução / TV Globo)Infecção por zika vírus tem como sintoma erupções na pele e coceiras (Foto: Reprodução / TV Globo)
Há suspeita de associação do zika com outras doenças?
Até o momento, não há evidências de que o zika possa estar relacionado a outras doenças além da microcefalia e da possibilidade de conexão com a síndrome de Guillain-Barré.

O zika já provocou mortes no Brasil?
Até o momento, o Ministério da Saúde confirma três mortes relacionadas ao vírus zika. Um dos casos é o do bebê do Ceará que nasceu com microcefalia, cujas amostras de sangue serviram como evidência da relação entre o zika e a microcefalia. Outro caso é de um homem do Maranhão que também tinha lúpus. Houve ainda o caso de uma menina de 16 anos no Pará.

Como é feito o diagnóstico de zika?
Ainda não há um teste padrão para diagnosticar a doença. “Como o zika é novo, não temos uma padronização nos testes. Para se ter certeza do diagnóstico, é preciso usar a técnica de PCR, que é complexa e não está disponível no mercado”, diz Rodrigo Stabeli, vice-presidente de Pesquisa e Laboratórios de Referência da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

No Brasil, somente três unidades da Fiocruz, além do Instituto Evandro Chagas, órgão vinculado ao Ministério da Saúde, têm a capacidade de fazer esse exame. “Esses laboratórios têm a missão de desenvolver um método melhor de diagnóstico para suprir esse problema epidemiológico”, diz Stabeli.
Enquanto não existe um teste padrão, o diagnóstico nas regiões em que já se constatou a presença do vírus vem sendo feito por critérios clínicos.
Quais são as medidas de prevenção conhecidas?
Como o zika é transmitido pelo Aedes aegypti, mesmo mosquito que transmite a dengue e o chikungunya, a prevenção segue as mesmas regras aplicadas a essas doenças. Evitar a água parada, que os mosquitos usam para se reproduzir, é a principal medida.

Em casa, é preciso eliminar a água parada em vasos, garrafas, pneus e outros objetos que possam acumular líquido. Colocar telas de proteção nas janelas e instalar mosquiteiros na cama também são medidas preventivas. Vale também usar repelentes e escolher roupas que diminuam a exposição da pele. Em caso da detecção de focos de mosquito que o morador não possa eliminar, é importante acionar a Secretaria Municipal de Saúde do município.
Por enquanto, não existe vacina capaz de prevenir a infecção pelo vírus zika.
Mosquitos Aedes aegypti, transmissor da dengue. doença, vetor, inseto, transmissores, contágio. -HN- (Foto: Fabio Motta/Estadão Conteúdo)Mosquito Aedes aegypti deve ser controlado como prevençao do zika (Foto: Fabio Motta/Estadão Conteúdo)
Qual é a diferença entre dengue, chikungunya e zika?
Os vírus da dengue, chikungunya e zika são transmitidos pelo mesmo vetor, o Aedes aegypti, e levam a sintomas parecidos, como febre e dores musculares. Zika e dengue são do gênero Flavivirus, já o chikunguna é do gênero Alphavirus. 

As doenças têm gravidades diferentes. A dengue, que pode ser provocada por quatro sorotipos diferentes do vírus, é caracterizada por febre repentina, dores musculares, falta de ar e moleza. A forma mais grave da doença é caracterizada por hemorragias e pode levar à morte.
O chikungunya caracteriza-se principalmente pelas intensas dores nas articulações. Os sintomas duram entre 10 e 15 dias, mas as dores articulares podem permanecer por meses e até anos. Complicações sérias e morte são muito raras.
Já a febre por zika vírus leva a sintomas que se limitam a no máximo 7 dias. Apesar de os sintomas serem mais leves do que os de dengue e chikungunya, a relação do vírus com a microcefalia e a possível ligação com a síndrome de Guillain-Barré tem trazido preocupação.
O Aedes aegypti pode transmitir mais de uma doença ao mesmo tempo?
Segundo estudos conduzidos pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), é possível que um mosquito transmita dengue e chikungunya ao mesmo tempo a um paciente. Ainda não há estudos, porém, que avaliem a possibilidade de o zika vírus ser transmitido simultaneamente aos outros dois vírus

A Organização Mundial da Saúde (OMS) está monitorando a situação do zika?
Sim. A Organização Mundial de Saúde e a Organização Pan-Americana de Saúde emitiram umalerta mundial sobre a epidemia de zika vírus. Segundo a OMS, somente neste ano foram confirmados casos de zika em nove países das Américas. Brasil, Chile - na ilha de Páscoa -, Colômbia, El Salvador, Guatemala, México, Paraguai, Suriname e Venezuela.

Quando o zika foi identificado pela primeira vez?
O vírus foi identificado pela primeira vez em 1947 em um macaco rhesus na floresta Zika, da Uganda. No Brasil, ele foi identificado pela primeira vez em abril de 2015.

O médico Jean Gorinchteyn, infectologista do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, comenta sobre o zika vírus e sua relaçãoc om a microcefalia no vídeo: