Quem é Jorge Mario
Bergoglio, o agora papa Francisco I
O argentino é o primeiro papa jesuíta e o primeiro
do continente americano
O cardel
argentino Jorge Mario Bergoglio, novo papa, em missa na igreja de São Cayetano
em Buenos Aires, em 07 de Agosto de 2009 (Foto: AP Photo/Natacha Pisarenko,
file)
Jorge Mario Bergoglio nasceu em 17 de dezembro de
1936 em Buenos Aires. De família italiana, um dos cinco filhos de um
trabalhador ferroviário e uma dona de casa. Estudou química no ensino técnico
e, aos 21 anos, decidiu tornar-se padre. Bergoglio entrou para Companhia de
Jesus em 11 de março de 1958 e foi ordenado em 13 de dezembro de 1969. É o
primeiro papa jesuíta e o primeiro do continente americano. É também o 12º papa
não europeu, o primeiro desde 731.
O argentino tem licenciatura em filosofia pelo
Colegio Máximo San José, em San Miguel. Lecionou filosofia, literatura e
psicologia.
Entre 1973 e 1979, período que abrangeu a ditadura
militar argentina, foi provincial (um cargo de comando da Ordem dos Jesuítas)
dos jesuítas na Argentina. Em 1980, tornou-se reitor do seminário San Miguel –
onde estudara anos atrás. Bergoglio fez o doutorado na Alemanha. Ao retornar
para a Argentina, atuou em Córdoba.
Em 20 de maio de 1992, foi nomeado bispo titular de
Auca e um dos quatro auxiliares de Buenos Aires. Em junho de 1997, assumiu o
cargo de bispo adjunto, por conta de problemas de saúde do então titular da
arqudiocese de Buenos Aires, Antonio Quarracino. Em 28 de fevereiro de 1998,
tornou-se o titular.
Em 21 de fevereiro de 2001, foi ordenado cardeal
por João Paulo II. Bergoglio foi presidente da Conferência Nacional dos Bispos
da Argentina de 8 de novembro de 2005 a 8 de novembro de 2011.
No conclave realizado em 2005, após a morte do papa
João Paulo II, Bergoglio foi o segundo cardeal mais votado. Sua idade avançada
fez com que ele não aparecesse entre os cardeais mais cotados para suceder
Bento XVI.
Bergoglio é considerado conservador e uma voz
ativa na Argentina contra o aborto e a união homossexual. Em 2010, afirmou que
a adoção de crianças por gays é uma forma de discriminação contra elas, o que
motivou uma reação pública da presidente Cristina Kirchner. Mesmo contra o
casamento entre pessoas do mesmo sexo, Bergoglio diz que os homossexuais
merecem respeito.
Apesar de conservador, diz que o uso de camisinhas
pode ser "tolerado" como forma de evitar infecções. Também criticou
padres que se recusam a batizar filhos de mães solteiras. Em 2001, visitou um
sanatório, onde lavou e beijou os pés de 12 pacientes com Aids.
Bergoglio é conhecido também por sua humildade.
Antes de se tornar papa, vivia em um pequeno apartamento e andava de transporte
público. Quando foi nomeado cardeal, convenceu centenas de argentino a não
viajar até Roma para celebrar. Ele disse que o dinheiro que seria usado na
viagem deveria ser doado aos pobres.
POR ARNALDO LEÃO!
FONTE: INTERNET
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