Presidente
da Petrobras descarta novo reajuste de combustível em 2013
"Olhando hoje para o quadro
do barril de óleo tipo Brent e para a taxa de apreciação do real, para o
câmbio, não há previsão de aumento, diz Maria das Graças Silva Foster
A presidente da Petrobras, Maria das Graças Silva
Foster, acredita não ser necessário novo reajuste ( Antonio Scorza/AFP)
Em entrevista ao jornal gaúcho Zero Hora, a
presidente da Petrobras, Maria das Graças Silva Foster, descartou um novo
aumento para o diesel e a gasolina neste ano. "Olhando hoje para o quadro
do barril de óleo tipo Brent e para a taxa de apreciação do real, para o
câmbio, não há previsão de aumento de combustível", afirmou a executiva.
Graça lembrou que o diesel já teve quatro reajustes nos últimos anos, que
somaram 21,4%, e a gasolina, dois aumentos na refinaria, de 14,9% ao todo. O
barril de petróleo Brent para entrega em maio fechou na sexta-feira em baixa
1,11% no mercado de futuros de Londres, a 103,11 dólares, enquanto o dólar
encerrou a semana cotado a 1,970 real, queda de 0,35% ante quinta-feira.
Questionada sobre a possibilidade de a estatal
socorrer o grupo de Eike Batista, a EBX, Graça disse que, desde setembro, vem
discutindo "projeto a projeto" com o empresário, entre eles a
construção do porto do Açu, no Rio de Janeiro. "O grupo X (de Eike) tem
uma infraestrutura muito grande e estamos trabalhando projeto a projeto com
eles. O grupo tem, junto com a Mendes Júnior, outros dois contratos para
plataformas. Tem navios que ganharam licitações e outros assuntos que estamos
discutindo. Mas tudo será alvo de licitação", explicou.
Somente neste ano, a Petrobras já ajustou duas
vezes o preço do óleo diesel (primeiro em 5,4% e segundo em mais 5%) e uma vez o da gasolina (em 6,6%), buscando alinhar-se aos valores
praticados no mercado internacional e reduzir os prejuízos verificados em sua
divisão de abastecimento.
"Esse reajuste foi definido levando em
consideração a política de preços da companhia, que busca alinhar o preço dos
derivados aos valores praticados no mercado internacional em uma perspectiva de
médio e longo prazo", afirmou a petrolífera em comunicado na época do
segundo reajuste de óleo diesel, no início de março.
(com Estadão Conteúdo)
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