quarta-feira, 10 de abril de 2013

CONHEÇA UM POUCO MAIS A POROROCA!!!



O que é a pororoca?

Em sua origem tupi, essa palavra quer dizer algo como "causar um grande estrondo". Ela foi adotada para se referir a um dos mais impressionantes fenômenos da natureza - que ocorre quando o mar invade um rio, na forma de uma grande onda que se choca contra a corrente fluvial. Essa onda pode atingir até 4 metros de altura e durar até uma hora e meia, avançando 50 quilômetros rio adentro. A pororoca só ocorre em regiões de grandes marés, como a foz dos rios Sena, na França (onde é conhecida como mascaret), e Ganges, na Índia (chamada de bore) - mas é muito mais intensa no litoral norte do Brasil. Essa região é especialmente propícia para o fenômeno. Primeiro, por receber as águas do rio Amazonas, que, a cada minuto, lança 12 bilhões de litro7 metros.

Para completar, os fortes ventos alísios sopram do leste, fazendo com que a maré entre bem de frente no estuário dos rios. As pororocas mais violentas acontecem nos períodos de lua cheia ou nova, nos meses de março e abril. "Essa é a época de cheia no Amazonas - e também quando a influência gravitacional do Sol e da Lua sobre as marés atinge seu ponto máximo. Aí, ocorrem as elevações do mar que provocam a onda", afirma o oceanógrafo Marcello Lourenço, especialista no assunto.

A guerra do mar contra o rio A maré cheia forma uma única onda devastadora e irrompe terra adentro

1 - Na maré alta, a 30 quilômetros da costa, uma seqüência de ondas se forma em direção ao estuário dos rios. No norte do país, as marés são grandes: o nível do mar pode se elevar até 7 metros. É o nascimento da onda de maré: a pororoca

2 - No leito da maioria dos rios, o caminho da pororoca se afunila e fica mais raso. Resultado: a onda cresce, alcançando até 4 metros de altura. Nesse ponto, sua força é tamanha que ela chega a inverter a direção da correnteza do rio

3 - A onda devastadora é produto da colisão da água do mar com a massa de água doce que vem na direção contrária. Por cerca de uma hora e meia, o mar vence a disputa - e a pororoca segue continente adentro com uma velocidade de cerca de 30 km/h

4 - Nas pororocas mais fortes, o mar avança até 50 quilômetros rio adentro. Depois disso, a correnteza retoma sua direção habitual. Mas, após um intervalo de 12 horas, na maré alta seguinte, a briga do rio com o mar torna a acontecer...

FORÇA DESTRUIDORA
As pororocas mais violentas não poupam as margens dos rios. Nas áreas mais altas, provocam erosão do solo. Nas planícies alagáveis, o terreno fica submerso. Pela ação da onda,o leito do rio fica mais largo a cada ano
SAI DA FRENTE!

"Na pororoca, as árvores são arrancadas como se fossem palitos", afirmou o célebre oceanógrafo francês Jacques Cousteau. Quando passa, a onda arrasta tudo o que encontra pela frente: de animais e plantas a qualquer barqueiro desavisado. A água do rio fica barrenta e suja

AVENTURA RADICAL
Todo ano, são organizados campeonatos de surfe em plena pororoca. Em 2001, o cearense Marcelo Bibita bateu um recorde mundial na onda do rio Araguari: ficou 19 minutos e 14 segundos surfando sem parar. A façanha ganhou as páginas do Guinness Book brasileiro

SABEDORIA POPULAR
Na Amazônia, toda forma de vida tem de obedecer ao ritmo das águas. É por isso que, acostumados às cheias e às ondas de maré, os ribeirinhos constroem suas casas sobre palafitas - e ninguém se atreve a sair ou a navegar quando passa a pororoca

O litoral norte do Brasil - do Cabo Orange, no Amapá, à divisa do Pará com o Maranhão - é palco das maiores marés do planeta. Em março e abril, nas luas cheia e nova, ocorrem as mais poderosas pororocas

Água em degraus A impressionante escalada das marés
A pororoca acontece na entrada da maré alta, a cada 12 horas (1). Quando a onda passa, o nível de água do rio pode subir até 4 metros de uma só vez (2). Depois, ele se eleva gradualmente até 7 metros (3). Na maré baixa, o rio volta ao nível normal






'Surf na Pororoca' tem mostra de filmes e oficinas

Quarta-Feira, 10/04/2013, 13:54:35 - Atualizado em 10/04/2013, 14:05:04


A área cultural do Surf na Pororoca movimenta o município de São Domingos do Capim, em uma programação que inicia nesta quarta-feira (10), com mostra de filmes e encerra na sexta-feira (12).
O Instituto de Artes do Pará (IAP) leva uma série de curtas em animação, além de documentário e ficções, produzidos tanto a partir do resultado das bolsas de experimentação artística, quanto através da parceria com a Funtelpa, pelo projeto “Culturanimação”.

Além do cinema, durante todo o dia 12, será ministrada a oficina de pintura corporal indígena, ministrada pelo artista Thiago Smith. As inscrições são gratuitas e serão feitas no local do evento.

De acordo com a gerente de artes cênicas e musicais do IAP, Sônia Massoud, a importância dessa parceria vem também para fortalecer a relação do artista com o Estado, uma vez que, com o mapeamento, o artista paraense passa a ter seu trabalho cadastrado num único banco de dados, servindo como referência nacional. O cadastro será feito durante todo o período em que a equipe do IAP estiver em São 
Domingos.

Confira abaixo a programação completa
Quarta-feira - 10/04 – 19h às 21h30
Praça Central de São Domingos do Capim
Exibições de cinema:
“A Onda: Festa na Pororoca”, de Cássio Tavernard
“Miguel, Miguel”, de Roger Elarrat

Quinta-feira - 11/04 – 18h às 19h30
Salão Paroquial da igreja de São Domingos do Capim
Exibições de cinema:
“Ademar e a Onça”, produção coletiva de Ponta de Pedras
“Visagem”, de Roger Elarrat
“A Moça do Taxi” – Produção da equipe Catalendas (Funtelpa)
“Nossa Senhora dos Miritis”, de Andrey Miralha

Sexta-feira - 12/04 – A partir das 8h30 (20h de duração)
Barraca da Paróquia de São Domingos do Capim
Oficina de Pintura Corporal Indígena – com Thiago Smith
Arena Central – 20h30 às 21h30
Exibição:
“O Rapto do Peixe-Boi”, de Cássio Tavernard
“Brega S.A”, de Vladimir Cunha e Gustavo Godinho

SERVIÇO
Cinema e oficina durante o Surf na Pororoca em São Domingos do Capim. De 10 a 12 de abril. Informações no local:  Noélio Sobrinho - 8166 7995 ou Afonso Gallindo - 9143 5111.

(DOL)

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