O que é a
pororoca?
Em sua
origem tupi, essa palavra quer dizer algo como "causar um grande
estrondo". Ela foi adotada para se referir a um dos mais impressionantes
fenômenos da natureza - que ocorre quando o mar invade um rio, na forma de uma
grande onda que se choca contra a corrente fluvial. Essa onda pode atingir até
4 metros de altura e durar até uma hora e meia, avançando 50 quilômetros rio
adentro. A pororoca só ocorre em regiões de grandes marés, como a foz dos rios
Sena, na França (onde é conhecida como mascaret), e Ganges, na Índia (chamada
de bore) - mas é muito mais intensa no litoral norte do Brasil. Essa região é
especialmente propícia para o fenômeno. Primeiro, por receber as águas do rio
Amazonas, que, a cada minuto, lança 12 bilhões de litro7 metros.
Para completar, os fortes ventos alísios sopram do
leste, fazendo com que a maré entre bem de frente no estuário dos rios. As
pororocas mais violentas acontecem nos períodos de lua cheia ou nova, nos meses
de março e abril. "Essa é a época de cheia no Amazonas - e também quando a
influência gravitacional do Sol e da Lua sobre as marés atinge seu ponto
máximo. Aí, ocorrem as elevações do mar que provocam a onda", afirma o
oceanógrafo Marcello Lourenço, especialista no assunto.
A guerra do mar contra o rio A maré cheia forma uma única onda
devastadora e irrompe terra adentro
1 - Na maré alta, a 30 quilômetros da costa, uma
seqüência de ondas se forma em direção ao estuário dos rios. No norte do país,
as marés são grandes: o nível do mar pode se elevar até 7 metros. É o
nascimento da onda de maré: a pororoca
2 - No leito da maioria dos rios, o caminho da
pororoca se afunila e fica mais raso. Resultado: a onda cresce, alcançando até
4 metros de altura. Nesse ponto, sua força é tamanha que ela chega a inverter a
direção da correnteza do rio
3 - A onda devastadora é produto da colisão da água
do mar com a massa de água doce que vem na direção contrária. Por cerca de uma
hora e meia, o mar vence a disputa - e a pororoca segue continente adentro com
uma velocidade de cerca de 30 km/h
4 - Nas pororocas mais fortes, o mar avança até 50
quilômetros rio adentro. Depois disso, a correnteza retoma sua direção
habitual. Mas, após um intervalo de 12 horas, na maré alta seguinte, a briga do
rio com o mar torna a acontecer...
FORÇA
DESTRUIDORA
As pororocas mais violentas não poupam as margens
dos rios. Nas áreas mais altas, provocam erosão do solo. Nas planícies
alagáveis, o terreno fica submerso. Pela ação da onda,o leito do rio fica mais
largo a cada ano
SAI DA
FRENTE!
"Na pororoca, as árvores são arrancadas como
se fossem palitos", afirmou o célebre oceanógrafo francês Jacques
Cousteau. Quando passa, a onda arrasta tudo o que encontra pela frente: de
animais e plantas a qualquer barqueiro desavisado. A água do rio fica barrenta
e suja
AVENTURA
RADICAL
Todo ano, são organizados campeonatos de surfe em
plena pororoca. Em 2001, o cearense Marcelo Bibita bateu um recorde mundial na
onda do rio Araguari: ficou 19 minutos e 14 segundos surfando sem parar. A
façanha ganhou as páginas do Guinness Book brasileiro
SABEDORIA
POPULAR
Na Amazônia, toda forma de vida tem de obedecer ao
ritmo das águas. É por isso que, acostumados às cheias e às ondas de maré, os
ribeirinhos constroem suas casas sobre palafitas - e ninguém se atreve a sair
ou a navegar quando passa a pororoca
O litoral norte do Brasil - do Cabo Orange, no
Amapá, à divisa do Pará com o Maranhão - é palco das maiores marés do planeta.
Em março e abril, nas luas cheia e nova, ocorrem as mais poderosas pororocas
Água em degraus A impressionante escalada das
marés
A pororoca acontece na entrada da maré alta, a cada
12 horas (1). Quando a onda passa, o nível de água do rio pode subir até 4
metros de uma só vez (2). Depois, ele se eleva gradualmente até 7 metros (3).
Na maré baixa, o rio volta ao nível normal
'Surf na Pororoca' tem mostra de filmes e oficinas
Quarta-Feira,
10/04/2013, 13:54:35 - Atualizado em 10/04/2013, 14:05:04
A área cultural do Surf na Pororoca movimenta o município de São
Domingos do Capim, em uma programação que inicia nesta quarta-feira (10), com
mostra de filmes e encerra na sexta-feira (12).
O Instituto de
Artes do Pará (IAP) leva uma série de curtas em animação, além de documentário
e ficções, produzidos tanto a partir do resultado das bolsas de experimentação
artística, quanto através da parceria com a Funtelpa, pelo projeto “Culturanimação”.
Além do cinema,
durante todo o dia 12, será ministrada a oficina de pintura corporal indígena,
ministrada pelo artista Thiago Smith. As inscrições são gratuitas e serão
feitas no local do evento.
De acordo com a
gerente de artes cênicas e musicais do IAP, Sônia Massoud, a importância dessa
parceria vem também para fortalecer a relação do artista com o Estado, uma vez
que, com o mapeamento, o artista paraense passa a ter seu trabalho cadastrado num único banco de dados, servindo como referência
nacional. O cadastro será feito durante todo o período em que a equipe do IAP
estiver em São
Domingos.
Confira abaixo a programação completa
Quarta-feira -
10/04 – 19h às 21h30
Praça Central de São Domingos do Capim
Exibições de cinema:
“A Onda: Festa na Pororoca”, de Cássio Tavernard
“Miguel, Miguel”, de Roger Elarrat
Quinta-feira - 11/04 – 18h às 19h30
Salão Paroquial da igreja de São Domingos do Capim
Exibições de cinema:
“Ademar e a Onça”, produção coletiva de Ponta de Pedras
“Visagem”, de Roger Elarrat
“A Moça do Taxi” – Produção da equipe Catalendas (Funtelpa)
“Nossa Senhora dos Miritis”, de Andrey Miralha
Sexta-feira - 12/04 – A partir das 8h30 (20h de duração)
Barraca da Paróquia de São Domingos do Capim
Oficina de Pintura Corporal Indígena – com Thiago Smith
Arena Central – 20h30 às 21h30
Exibição:
“O Rapto do Peixe-Boi”, de Cássio Tavernard
“Brega S.A”, de Vladimir Cunha e Gustavo Godinho
SERVIÇO
Praça Central de São Domingos do Capim
Exibições de cinema:
“A Onda: Festa na Pororoca”, de Cássio Tavernard
“Miguel, Miguel”, de Roger Elarrat
Quinta-feira - 11/04 – 18h às 19h30
Salão Paroquial da igreja de São Domingos do Capim
Exibições de cinema:
“Ademar e a Onça”, produção coletiva de Ponta de Pedras
“Visagem”, de Roger Elarrat
“A Moça do Taxi” – Produção da equipe Catalendas (Funtelpa)
“Nossa Senhora dos Miritis”, de Andrey Miralha
Sexta-feira - 12/04 – A partir das 8h30 (20h de duração)
Barraca da Paróquia de São Domingos do Capim
Oficina de Pintura Corporal Indígena – com Thiago Smith
Arena Central – 20h30 às 21h30
Exibição:
“O Rapto do Peixe-Boi”, de Cássio Tavernard
“Brega S.A”, de Vladimir Cunha e Gustavo Godinho
SERVIÇO
Cinema e oficina durante o
Surf na Pororoca em São Domingos do Capim. De 10 a 12 de abril. Informações no
local: Noélio Sobrinho - 8166 7995 ou Afonso Gallindo - 9143 5111.
(DOL)
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