07/05/2013 17:01
Agência Brasil
Brasileiro irá comandar a OMC
O escolhido é o embaixador brasileiro Roberto Carvalho de Azevêdo, ele irá
comandar a Organização Mundial do Comércio, o órgão máximo internacional da
área
O processo de eleição para a OMC começou no final de março, com nove
candidatos
Elza Fiúza / ABr
A Organização Mundial do Comércio (OMC) elegeu hoje (7) o diretor-geral da
entidade. O escolhido é o embaixador brasileiro Roberto Carvalho de Azevêdo, de
55 anos. O brasileiro disputou com o mexicano Herminio Blanco, de 62 anos. O
novo diretor-geral assume o cargo em 31 de agosto substituindo o francês Pascal
Lamy. A eleição foi disputada até o último minuto. O número de votos obtido pelo
brasileiro só deve ser revelado mais tarde.
Azevêdo teve apoio do grupo
Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), além dos países de língua
portuguesa e de várias nações da América Latina, da Ásia e da África. Desde
2008, ele é representante permanente do Brasil na OMC. Azevêdo está diretamente
envolvido em assuntos econômicos e comerciais há mais de 20 anos.
O
embaixador brasileiro, que é diplomata de carreira, foi chefe do Departamento
Econômico do Ministério das Relações Exteriores, Itamaraty, de 2005 a 2006, e
chefiou a delegação brasileira nas negociações da Rodada Doha da OMC, sobre
liberalização de mercados.
Ontem (6) a União Europeia e a Croácia, que
têm 28 votos, fecharam o apoio ao mexicano. Mas os negociadores brasileiros
mantiveram o otimismo, pois o processo eleitoral na OMC não envolve apenas o
voto. É necessário negociar um acordo que agrade à maioria, eliminando ao máximo
o índice de rejeição.
Na eleição da OMC, cada um dos 159 países que
integram o órgão vota no nome de sua preferência. Para vencer, é preciso ter um
mínimo de 80 votos. A escolha é feita em três etapas.
O processo de
eleição para a OMC começou no final de março, com nove candidatos. Na segunda
fase, encerrada no dia 25, ficaram cinco. No final de abril, a OMC comunicou que
tinham passado à fase final apenas os candidatos brasileiro e mexicano. Os
presidentes do Brasil, Dilma Rousseff, e do México, Enrique Peña Nieto,
participaram diretamente das negociações, dando telefonemas e conversando com os
líderes mundiais.
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