sábado, 6 de julho de 2013

MOVIMENTO BELÉM LIVRE, CAUSOU ENGARRAFAMENTO!!!

Primeira sexta de julho foi de transtorno

Sábado, 06/07/2013, 09:45:03 - Atualizado em 06/07/2013, 09:45:03
Primeira sexta de julho foi de transtorno (Foto: Thiago Araújo)
(Foto: Thiago Araújo)
O quinto protesto do Movimento Belém Livre, realizado ontem à noite, causou um grande transtorno no trânsito da cidade, principalmente na BR-316 que teve as duas pistas fechadas por um pequeno número de manifestantes. Desmobilizados cada vez mais a cada manifestação, comparando com a primeira que reuniu cerca de 10 mil pessoas, o protesto de ontem juntou somente umas 500 pessoas que saíram às 18h da frente do Mercado de São Brás e marcharam pela avenida Almirante Barroso.
A manifestação terminou somente por volta das 22h depois de causar um grande engarrafamento nas duas pistas da rodovia, que chegou a vários quilômetros nos dois sentidos. O bloqueio começou desde o túnel do Entroncamento pelos cerca de 200 manifestantes que chegaram até lá e avançou até as proximidades de um shopping localizado na área.
O engarrafamento se prolongou por mais tempo ainda porque um grupo de não mais que 20 pessoas insistia em permanecer fechando a pista de saída da cidade, mesmo depois dos manifestantes terem se dispersado e a pista de entrada na cidade já ter sido liberada. O coronel Roberto Campos, comandante do Comando de Policiamento da Capital deu um ultimato ao pequeno grupo de manifestantes que insistiam e permanecer na pista. Os 20 minutos que ele aceitou aguardar, já por volta das 22h, acabaram não sendo necessários.
O protesto foi seguido por 300 policiais militares, incluindo homens do Pelotão de Choque e por 20 homens da Polícia Rodoviária Federal que assumiram o controle do trânsito que até então vinha sendo feito pela Polícia Rodoviária Estadual e por agentes da Autarquia da Mobilidade Urbana (Amub). 
Pressionados pelos motoristas e passageiros de ônibus que ficaram presos no local, os manifestantes saíram da pista. “Onde chega o direito deles também chega o nosso, nós temos o direito de ir e vir também. Eles tem que ir lá pra frente da Prefeitura, da Câmara, porque todos nós temos o direito de ir e vir e eles estão atrapalhando, isso está errado”, gritava um passageiro de um ônibus lotado de trabalhadores que voltavam para casa.
INDECISÃO
Em assembleia realizada em frente ao mercado de São Brás, antes da caminhada começar, ficou decidido que depois da travessa Lomas Valentinas, os estudantes voltariam fazendo “roletaço”, pulando as roletas dos ônibus. Mas chegando lá, as intenções mudaram. “Entroncamento, Entroncamento”, gritaram. E assim foram, na primeira sexta-feira de julho, trancando os dois sentidos da via, até chegarem à BR , onde bloquearam a entrada e saída da cidade.
A caminhada que começou na contramão da avenida, logo na travessa Antônio Baena passou para a pista do outro lado. Foi tão de repente, que com o semáforo ainda verde um motorista de ônibus precisou frear bruscamente e quase bateu alguns manifestantes. A Polícia Militar acompanhou tudo de perto. Na travessa Curuzú, os estudantes se dividiram entre as duas pistas. A cada perímetro fechado pela manifestação, os carros eram desviados para as vias paralelas. O trânsito ficou complicado. Alguns carros não conseguiram mais desviar e acompanharam toda a manifestação.
Passando da travessa Perebebuí, já era possível ver muitos manifestantes pelo caminho. Aos poucos, as bandeiras, foram sumindo e os demais seguiram até o Entroncamento.
O Estudante de Geografia da UFPA, Tiago Bessa, confirmou uma nova plenária do movimento, às 16h de domingo, na praça da República. Segundo ele, a redução da passagem de ônibus para R$ 2 e o passe livre para estudantes e desempregados “são pautas impositivas do movimento. Não tem negociação, não tem acordo”.
Agora eles também incluem “a validação” de uma lei aprovada na Câmara e vetada pelo ex-prefeito Duciomar Costa que dá direito a um domingo por mês de gratuidade nos ônibus, que está sendo questionada na Justiça. Segundo Tiago, o movimento vai se intensificar para fazer “pressão no poder político e econômico”.
(Diário do Pará)

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