Roupa promete corrigir postura
Desenvolvida
por pesquisadores da UFMG, peça deve chegar ao mercado em fevereiro de
2014 com promessa de dar nova postura ao paciente
A
OMS (Organização Mundial da Saúde) prevê que 85% a 90% da população
sofre ou ainda vai sofrer de dor nas costas. Além de prejudicar a
qualidade de vida, esse mal representa um impacto socioeconômico muito
importante.
Roupa começou a ser desenvolvida pela universidade em 2008
Isabella Lucas / UFMG
Para
ajudar no tratamento de pessoas que possuem alteração na postura ou
disfunções do movimento, o Departamento de Fisioterapia da UFMG
(Universidade Federal de Minas Gerais) desenvolveu uma roupa que
proporciona uma nova posição de conforto ao indivíduo. A vestimenta é
composta por fitas entrelaçadas que envolvem todo o corpo e são
ajustadas conforme a necessidade de cada pessoa.
"A principal
peculiaridade do traje é a capacidade de armazenar energia nas tiras
elásticas, que é revertida na forma de potência nos movimentos", explica
o professor e coordenador da equipe, Sérgio Fonseca. Graças a essa
característica, a veste evita desgastes desnecessários, oferece
estabilidade, segurança, autonomia a indivíduos com restrição de
movimento e reduz o risco de lesões em atletas.
A nova roupa já
foi testada em cerca de 30 pessoas com alterações no alinhamento dos
pés, na curvatura da coluna ou na inclinação dos ombros. "Nesta primeira
etapa, atestamos o poder de corrigir a postura e o movimento. O passo
seguinte são os estudos clínicos, que vão direcionar a aplicação no
tratamento de populações com dores e sintomas decorrentes de patologias,
como escoliose e síndromes diversas", detalha Fonseca.
Os demais
inventores da tecnologia são os professores Juliana Ocarino, Paula
Silva, Thales Souza e Haroldo Leite. Os primeiros protótipos foram
criados em 2008 e a peça tem previsão de chegada no mercado em fevereiro
de 2014. A roupa será fabricada sob medida e as tiras serão envolvidas
no tecido, diferentemente da etapa de teste. O contrato de
comercialização da peça foi firmado com uma empresa de Belo Horizonte,
que destinará 5% da renda obtida com as vendas para a universidade.
*Com informações da assessoria de imprensa da UFMG.
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