Papa falará de manifestações em discurso a jovens no Brasil, diz jornal
Pontífice disse considerar que protestos ‘não contradizem o
Evangelho’.
Segundo o ‘El País’, Francisco reescreveu discurso após saber de
atos.
O Papa
Francisco falará sobre as manifestações que têm ocorrido nas últimas semanas
no Brasil em seu discurso aos jovens que será realizado durante a Jornada
Mundial da Juventude no Rio de Janeiro no fim de julho, segundo reportagem do
jornal espanhol “El País”.
De acordo com texto do correspondente no Brasil da publicação, fontes
confiáveis confirmaram que o Papa falará sobre os protestos, e que para o
pontífice, as reivindicações por maior justiça “não contradizem o
Evangelho”.
Francisco chega ao Brasil no dia 22 de julho. O Papa já havia escrito seu
discurso quando foi alertado por prelados brasileiros que estiveram em Roma sobre os
protestos, segundo o jornal.
O Papa Francisco em foto deste domingo (30) (Foto:
Alberto Pizzoli/AFP)
O primeiro a se encontrar com o Papa e falar sobre os protestos foi o
arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, responsável pela
organização da Jornada.
Há 15 dias, o cardeal arcebispo emérito de São Paulo, Dom Cláudio Hummes,
amigo pessoal de Francisco, também se encontrou com o Papa em Roma.
saiba mais
Na semana passada o cardeal Dom Raymundo Damasceno, presidente da Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), também se encontrou com o Papa.
A CNBB emitiu um documento declarando solidariedade e apoio às manifestações,
desde que pacíficas, que foi enviado ao Papa Francisco.
O “El País” também destaca declarações dadas pelo cardeal Dom Cláudio Hummes
ao voltar do encontro com o Papa. “A mensagem de Cristo está em sintonia com
estas reinvindicações do povo. Por isso devemos estar presentes. Nas ruas do
povo está vivendo o Evangelho.”
O cardeal afirmou a fieis em um encontro em São Paulo que o Papa não teme que
as manifestações prejudiquem sua visita, mas reconheceu que “é difícil fazer
previsões neste momento que vive o Brasil”. Mas a mensagem transmitida a
Francisco foi de que “os protestos não estão relacionados à visita do
Pontífice.”
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