domingo, 25 de agosto de 2013

Governo não sabe quantos são os moradores de rua

 Governo não sabe quantos são os moradores de rua
Domingo, 25/08/2013, 11:49:14 - Atualizado em 25/08/2013, 11:49:14

Segundo informações da Fundação Papa João Paulo II (Funpapa), o último levantamento realizado em 2008 pelo MDS, apontava que 403 pessoas adultas moravam nas ruas de Belém. A fundação ainda não possui um levantamento atualizado, pois está sendo feito sob a responsabilidade da Secretaria de Estado de Assistência e Desenvolvimento Social (Seas) e Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará (Idesp). 

ABORDAGEM
A Funpapa informou que o trabalho específico para este público é através do Serviço Especializado de Abordagem Social de Rua, que tem por finalidade fazer abordagem deste público. São os chamados Educadores Sociais de Rua, que são profissionais que se dirigem até as áreas de abrangências para fazer busca ativa desta população. O objetivo é levar os serviços socioassistenciais e de saúde à população em situação de rua e também resgatar a cidadania do indivíduo. 

PROCEDIMENTOS
De acordo com a coordenação, o programa teve início em abril deste ano e já realizou aproximadamente seis mil procedimentos, entre eles, encaminhamentos para a Casa Abrigo para Moradores Adultos de Rua e para rede intersetorial. Este trabalho é realizado em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) e acontece em pontos estratégicos da cidade. 
Segundo a fundação, as dificuldades abordadas pela fundação são diversas. Uma delas é a quantidade pequena de vagas de acolhimento em abrigos, a necessidade do suporte da rede intersetorial de atendimentos médicos e o principal que é a resistência do próprio morador de rua, devido ao vínculo do morador com a rua. Segundo a Funpapa, muitos se recusam em sair das ruas devido à dependência do álcool e outras drogas. A maioria até chega a se abrigar no Abrigo do município, passam dois, três dias e retornam para rua, devido à dependência. 
JUSTIFICATIVA
A fundação enfatiza que não pode fazer a retirada compulsória, pois todos os moradores de rua têm a liberdade de escolha, optando em ficar nas situações em que estão, apesar de extremamente adoecidos, degradados e totalmente vulneráveis. 

(Diário do Pará)


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