Índios fazem manifestação no Palácio do Planalto
Terça-Feira, 13/08/2013, 15:24:26 - Atualizado em 13/08/2013, 15:26:05
Os índios
que vieram do sul da Bahia e ocuparam, de forma pacífica, a área externa
do Palácio do Planalto nesta manhã conseguiram o compromisso do governo
de ser recebidos ainda nesta segunda-feira (13) pelo secretário
nacional de Articulação Social, Paulo Maldos. Também ficou acertada uma
reunião, até o fim da semana, com os ministros da Justiça, José Eduardo
Cardozo; da Saúde, Alexandre Padilha, e da Secretaria-Geral da
Presidência, Gilberto Carvalho. Os índios também devem se reunir com
representantes do Ministério da Educação e com a presidenta da Fundação
Nacional do Índio (Funai), Maria Augusta Assirati.
Os cerca de 150 índios de 16 etnias chegaram
da Bahia no último domingo (11) e ficam em Brasília até sexta-feira
(16). As principais reivindicações são nas áreas de regularização
fundiária, saúde indígena e projetos de sustentabilidade. Antes de
chegar ao Palácio do Planalto, o grupo iniciou uma marcha pela Esplanada
dos Ministérios, às 8h30, em direção à Praça dos Três Poderes, em
protesto contra o Projeto de Lei Complementar 227 e a Proposta de Emenda
à Constituição (PEC) 215, que tramitam no Congresso. Eles também pediam
a demarcação de terras na Bahia.
A PEC 215, que deve ser discutida hoje na
Câmara dos Deputados, transfere do Executivo para o Legislativo a
competência de demarcar e homologar terras tradicionais, tanto para
indígenas quanto para quilombolas, e cria áreas de proteção. “Nós
estamos lutando pela demarcação de terras na Bahia e consequentemente no
Brasil. [Somos contra] vários projetos de emenda à Constituição que
restringem os direitos indígenas”, disse o presidente da Federação
Indígena Pataxó e Tupinambá, cacique Aruan.
Em relação ao Projeto de Lei Complementar
227, que prevê a exploração de terras indígenas em caso de relevante
interesse público da União, o cacique considera que “restringe os
direitos indígenas e vai fazer mudanças contrárias à proteção desses
povos”.
(Agência Brasil)
Nenhum comentário:
Postar um comentário