segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

COMO SEMPRE VIOLÊNCIA NA CAPITAL PARAENSE!!!

Terminal de Belém é palco para ação de bandidos

Segunda-Feira, 03/02/2014, 06:04:54 - Atualizado em 03/02/2014, 06:04:54

Terminal de Belém é palco para ação de bandidos (Foto: Wagner Almeida/Diário do Pará)Tamanho da fonte: A- A+
(Foto: Wagner Almeida/Diário do Pará)
Eles esperam a oportunidade e se aproveitam de minutos, ou até mesmo segundos de distração das vítimas, e cometem os furtos. Os locais públicos - até mesmo os privados - que possuem grande movimentação são os mais comuns para a ação destes espertinhos. Os chamados descuidistas estão espalhados por todo lugar e esperam a melhor oportunidade para agir.
O Terminal Rodoviário de Belém, localizado no bairro de São Brás, tem movimentação durante 24 horas e já foi várias vezes o local escolhido por aqueles que aguardam este instante para sumir com valises, malas, maletas, mochilas, bolsas, frasqueiras, etc. Na tarde da última segunda-feira (27), o ajudante de soldagem João Marcos Miranda, 36, foi vítima de um descuidista.
Conforme relato, ele teve a mochila furtada, contendo carteira de identidade, Cadastro de Pessoa física (CPF), carteira de trabalho, dinheiro e cartões de crédito, de dentro do banheiro do terminal rodoviário, quando tomava banho enquanto aguardava o horário da saída de um ônibus para voltar ao município de Tracuateua, nordeste paraense. Ele veio a Belém para remarcar uma consulta na Santa Casa de Misericórdia.
“Eu estava aguardando para voltar para Tracuateua e fui tomar banho. Paguei os R$5 para usar o banheiro e, quando entrei, deixei a minha mochila em cima da pia. Tinha outra mochila lá em cima e achei que ninguém poderia levar. Mas, quando saí do banho, depois de uns dez minutos, a mochila não estava mais lá”, disse.
Segundo a vítima, após o fato, procurou a gerência do terminal, que alegou “não poder fazer nada” e, além disso, teria entregado a quantia em dinheiro de R$30 para “compensar” as despesas.
Três horas depois, João avistou o suspeito, identificado como Gerson Renan dos Santos Travassos, que teria entre 20 e 24 anos, com várias peças de roupas embaixo do braço, na avenida Cipriano Santos, bem ao lado do terminal, e, após acionar a polícia, conseguiu recuperar apenas as vestimentas e alguns objetos de higiene pessoal. O suspeito foi levado para a Seccional Urbana de São Brás e indiciado pelo crime de furto.
A reportagem do DIÁRIO procurou a gerência do Terminal Rodoviário de Belém, mas, de acordo com um funcionário da supervisão, que não terá o nome revelado, o último caso, ocorrido com o ajudante de soldagem dentro do banheiro, ainda seria desconhecido. Segundo ele, o melhor a fazer é utilizar o guarda volumes.
“A orientação que nós damos às pessoas é sempre procurar o guarda volumes para deixar a bagagem e não correr estes riscos. Nós temos sete seguranças de plantão e várias câmeras no circuito interno e externo, que funcionam durante 24 horas, para garantir a segurança de quem utiliza o terminal. O que sempre evitamos é a entrada de moradores de rua, porque a maioria vem para furtar”, esclareceu.
De dia o perigo é maior 
A Seccional Urbana de São Brás já registrou várias ocorrências de furtos como o caso do ajudante de soldagem. Pessoas que trabalham no Terminal Rodoviário de Belém, que não tiveram seus nomes revelados, contaram que os furtos seriam comuns e que até alertam as pessoas para ficarem atentas.
“As pessoas que chegam de viagem ou que vão viajar normalmente sentam nas lanchonetes e bebem alguma coisa, comem e acabam deixando a bagagem no banco do lado ou no chão. Tem vezes que até vão ao banheiro e pedem para reparar, mas a gente até avisa que é melhor levar ou deixar no guarda volumes, porque alguém pode pegar (furtar). Já aconteceu de a pessoa se distrair e a bagagem ‘desaparecer’. A gente aconselha, mas tem gente que não toma cuidado”, contou um dos funcionários.
Um taxista que trabalha em uma cooperativa do terminal disse que os furtos são mais comuns durante o período diurno. “Durante o dia é muita gente e tem mais pessoas com a intenção de pegar as coisas dos outros, mas à noite e de madrugada é mais tranquilo. Tem seguranças aí dentro e eles ficam ‘de olho’. O negócio é a pessoa ter cuidado”, falou.
“Madruga light”
Durante a madrugada, a movimentação de usuários no terminal é tranquila. Quem aguarda a chegada do início da manhã para viajar ao seu destino dorme nos bancos e alguns até ficam abraçados ou fazem das bagagens travesseiros.
O lavrador Francisco Pereira, de 35 anos, aguardava sentado em um dos bancos da área de espera do terminal a saída de um ônibus que o levaria para a cidade de Goiânia, em Goiás. Ele segurava firmemente a mala preta até mesmo enquanto conversava com a reportagem. Atento, Francisco declarou que toma todos os cuidados para não ser vítima dos descuidistas.
“Eu me sinto seguro aqui dentro do terminal por causa dos seguranças, mas, mesmo assim, a gente precisa ter cuidado com a nossa bagagem. Esta é a sexta vez que venho a Belém, mas nunca aconteceu algo assim ou presenciei alguma situação de furto. Eu tenho cuidado e não largo a minha mala de jeito nenhum”, contou.
(Diário do Pará)

Nenhum comentário:

Postar um comentário