Bombeiros condenaram o prédio do PSM da 14
Domingo, 06/04/2014, 09:30:04 - Atualizado em 06/04/2014, 09:30:04
(Foto: Divulgação/Comus)
O
DIÁRIO teve acesso ainda ao Parecer de Vistoria técnica nº 002/2014 –
DST feita no PSM da 14 de Março em 16/01/14 pelo Corpo de Bombeiros, que
identificou inúmeras irregularidades no prédio, como a inexistência de
brigada de incêndio; inexistência de iluminação e sinalização de
emergência; falta de extintores de incêndio em vários setores; fiação
elétrica de bomba de incêndio danificada; falta de mangueiras em caixas
de hidrantes; entre outros itens.
No item Saída de Emergência, o laudo apontou
que todas as portas corta-fogo da escada de emergência apresentam molas
desgastadas e sem vedamento; o corrimão da escada de emergência
apresenta descontinuidade; os corredores de acesso possuem apenas 1,97 m
de largura; a escada do setor de ambulatório não apresenta corrimão e a
escada de emergência é utilizada como escada de acesso pelos usuários a
todos os pavimentos do prédio, fugindo da sua função fim.
Os bombeiros identificaram ainda que algumas
caixas de hidrantes do prédio armazenavam apenas uma mangueira e outras
não apresentavam mangueira de incêndio; a maioria das caixas de
hidrantes não continha esguicho; as caixas e o sistema de hidrante do
ambulatório não apresentavam boas condições de uso e também não foi
localizado o hidrante de passeio no prédio.
Ao fim, o Corpo de Bombeiros lista 25
providências que precisam ser tomadas para que seja feita a liberação do
Habite-se da unidade. A grande maioria dessas irregularidades vem desde
a administração Duciomar Costa e não foi corrigida pelo prefeito
Zenaldo Coutinho, que já está há um ano e quatro meses no cargo. E, de
acordo com informações de funcionários do HPSM da 14 de Março, tudo
continuará como está. “Hoje se houvesse um incêndio aqui, mesmo de média
proporção, seria uma tragédia possivelmente com mortes, dadas as
irregularidades na área de prevenção de incêndio. A verdade é que não há
interesse da atual administração em resolver essa situação, pois o que o
prefeito quer é que esse prédio seja condenado para ter uma forte
justificativa para a compra do Hospital Porto Dias para ser o novo
pronto-socorro de Belém. Enquanto isso, nós ficamos aqui correndo riscos
de contaminações”, desabafou um funcionário do HPSM que prefere o
anonimato.
Wilson Machado classifica o prédio do HPSM
da 14 de Março como inadequado para a prática da medicina. “Esse laudo
dos bombeiros que aponta mais de 25 pendências nas áreas de combate ao
incêndio e estrutural mostra isso. É impossível reformar aquele espaço
com o movimento que existe lá. Por isso defendemos a compra de um prédio
já pronto e equipado, para que os serviços sejam transferidos e a obra
possa ser feita de maneira adequada”.
Ele garante que muitas alas da parte mais
antiga do pronto-socorro precisam ser literalmente demolidas, pois estão
comprometidas. “Já dissemos isso para o prefeito e para os secretários
de saúde. Os dois PSMs da cidade precisam ser evacuados e reformados
urgentemente. Mas a reforma deve ser profunda e em todas as áreas. Só
assim poderemos começar a pensar em resolver os graves problemas de
saúde de Belém”, aponta.
O DIÁRIO encaminhou vários questionamentos à
Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) solicitando posicionamento acerca
da contaminação da UTI adulta do HPSM da 14 de Março, bem como do laudo
do Corpo de Bombeiros, mas nenhuma resposta foi enviada ao jornal até o
fechamento desta edição.
(Diário do Pará)
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