sexta-feira, 20 de junho de 2014

NOSSO GÍRIO II

Praia fica vazia durante feriado

Quem arriscou passear no cruzeiro, em icoaraci, achou calmaria


O movimento nas praias perto de Belém foi fraco. A maioria das famílias preferiu passar o feriado de Corpus Christi, celebrado ontem, em casa. Para quem arriscou um passeio, o clima tranquilo foi bom, mas os comerciantes reclamam da baixa nas vendas. Na praia do Cruzeiro, em Icoaraci, o vigilante Thiago José Pereira levou o filho de 6 anos para jogar bola. 

“Acho que vai dar mais gente no fim de semana. Hoje (ontem), o movimento está devagar. Final de mês a galera já está sem dinheiro para curtir (o feriado) fora de Belém. Pelo menos deu para trazer os meninos. Vazia assim, a praia fica mais segura”, observou. Já a dona de casa Janete do Socorro Souza aproveitou o dia de sol para “retocar” o bronzeado. “Está meio tranquilo, mas de tarde sempre enche mais. Gosto de vir à praia para pegar um bronze e ficar admirando a paisagem”, disse.

Pela primeira vez na praia do Cruzeiro, a corretora de imóveis Rosana Soares levou o filho de 3 anos para brincar na areia. Ela conta que comprou um apartamento no distrito apenas para passar os fins de semana próximo à praia. “Estou achando bastante tranquilo para um feriado. Deveria estar mais movimentado. Conhecia Icoaraci só de tomar água de coco. Como comprei esse apartamento, pretendo vir mais se continuar assim. Gosto da tranquilidade”, afirmou.

Se o sossego na praia é bom para alguns visitantes, os comerciantes lamentam pelas vendas reduzidas. “Está muito calmo e isso atrapalha as vendas. A gente esperava mais gente, mas é assim mesmo. Praia é um lugar imprevisto para as vendas”, opinou o garçom Neto da Silva Junior. Gerente de um restaurante situado no mesmo local, Mira Santos acredita que faltam mais “estímulos” para despertar o interesse da população em ir à praia. “Espero que as coisas melhorem por aqui”.


Futsal: Remo bate a Esmac e conquista o 1º turno


Numa decisão eletrizante, o Remo ficou com o troféu do primeiro turno do Campeonato Paraense de Futsal, categoria sub-9, ao derrotar a Esmac/Ananindeua, por 2 a 1, nos pênaltis. Por ter vencido o jogo de ida por 2 a 0, a Esmac entrou em quadra com a vantagem do empate. 

Contudo, nem mesmo o apoio da torcida ajudou o time a mostrar seu bom futebol. Resultado: acabou derrotada por 3 a 1 no tempo regulamentar. Com este placar, a decisão foi para a prorrogação, que terminou empatada: 2 a 2. O campeão, então, foi conhecido nos tiros diretos. Ali, o Remo, mais atuante, fez a festa na casa do adversário.

O jogo foi no ginásio da Escola Madre Celeste, Marambaia, na manhã de ontem, com apito de Sílvio Cabral e Egberto Gatinho. A Esmac, até então, ostentava uma invencibilidade de nove vitórias consecutivas.

Sub-20 - Na partida preliminar da semifinal da categoria sub-20, o Paysandu venceu a Esmac/Ananindeua por 4 a 2. Os bicolores estão na final do primeiro turno e encaram o vencedor de Remo x Curapaiti/Viseu, que jogam amanhã, às 14 horas, no ginásio Serra Freire. A equipe remista perdeu o primeiro jogo em Viseu por 4 a 3. Precisa ganhar por mais de dois gols para garantir classificação. Já a equipe de Viseu joga pelo empate.

Adulto - O campeonato adulto masculino verá o clássico Shouse x Esmac/Ananideua, no ginásio do NEL, às 20h30.

Em Salinas, no ginásio municipal, o Esfsal recebe a seleção de Viseu às 20h30. Em Bragança, o invicto Continental joga contra o Juventus/Salinas, e na cidade de Mocajuba, o time local enfrenta o Limoeirense, também às 20h. Pelo campeonato de Veterano, o Terra Firme joga contra o Cassazum/Sofiatti, no ginásio do IFPA, 20h30.

De acordo com a programação da Fefuspa, as atividades do primeiro semestre se encerram dia 29, com a programação dos jogos finais das categorias sub-11, sub-13, sub-15 e sub-17 no ginásio da ESEF.

Sesc mostra pássaro tucano

Apresentação de grupo folclórico mantém tradição de família oliveira em recontar imaginário popular


A apresentação do Grupo Junino Tucano, do bairro do Telégrafo, encerrou, na manhã de ontem, o ciclo de apresentação de grupos de Cordões e de Pássaros Juninos que participaram este mês do projeto Pesquisas e Interfaces do Sesc Boulevard, no Boulevard Castilho Franca, em frente à Estação das Docas, no Comércio. O Pássaro Tucano levou para o palco do auditório do Sesc Boulevard a peça “A Intrusa”, que durou uma hora e contou com cerca de 45 pessoas, entre brincantes da comunidade e atores ligados à Escola de Teatro da UFPA. Também participou da encenação o Grupo Parafolclórico Frutos do Pará.

Folclorista e responsável pelo pássaro Tucano, Iracema Oliveira lida com a cultura popular há 70 anos, legado herdado do pai, Francisco Oliveira, já falecido. O pássaro Tucano foi fundado em 1927 e há 33 anos passou para as mãos de sua família. “Com a morte do seu antigo dono, o senhor Cipriano, que morava no bairro da Cremação, o pássaro ficou parado. Ressurgiu em 1980, lá em casa, no Telégrafo, e estamos há mais de 30 anos à frente dessa rica manifestação e na luta vencendo todas as barreiras que é fazer a cultura popular”, diz Iracema.

Ela explica ainda que o enredo de “A Intrusa” é de autoria de Raimunda Oliveira, uma das três mestras da cultura popular que há na sua família, pois além desta e Iracema, há Iraci Oliveira. “A peça conta a história de um marquês que faz uma viagem e deixa suas duas filhas no reino. Uma das meninas é filha dele com a marquesa, e a outra, que é a intrusa, é de um caso extraconjugal que ele teve. Com a morte da mãe, a menina foi para as mãos do pai. Então, toda vez em que o pai viaja, a madrasta a maltrata e a expulsa da casa. Quando ele volta, não encontra mais a filha, mas no final tudo dá certo”, relata a folclorista, que, além do Tucano, está à frente da Pastorinha e do Grupo Parafolclórico Frutos do Pará.

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