Praia fica vazia durante feriado
Quem arriscou passear no cruzeiro, em icoaraci, achou calmaria
O movimento nas praias perto de Belém foi fraco. A maioria das
famílias preferiu passar o feriado de Corpus Christi, celebrado ontem,
em casa. Para quem arriscou um passeio, o clima tranquilo foi bom, mas
os comerciantes reclamam da baixa nas vendas. Na praia do Cruzeiro, em
Icoaraci, o vigilante Thiago José Pereira levou o filho de 6 anos para
jogar bola.
“Acho que vai dar mais gente no fim de semana. Hoje (ontem),
o movimento está devagar. Final de mês a galera já está sem dinheiro
para curtir (o feriado) fora de Belém. Pelo menos deu para trazer os
meninos. Vazia assim, a praia fica mais segura”, observou. Já a dona de
casa Janete do Socorro Souza aproveitou o dia de sol para “retocar” o
bronzeado. “Está meio tranquilo, mas de tarde sempre enche mais. Gosto
de vir à praia para pegar um bronze e ficar admirando a paisagem”,
disse.
Pela primeira vez na praia do Cruzeiro, a corretora de imóveis Rosana
Soares levou o filho de 3 anos para brincar na areia. Ela conta que
comprou um apartamento no distrito apenas para passar os fins de semana
próximo à praia. “Estou achando bastante tranquilo para um feriado.
Deveria estar mais movimentado. Conhecia Icoaraci só de tomar água de
coco. Como comprei esse apartamento, pretendo vir mais se continuar
assim. Gosto da tranquilidade”, afirmou.
Se o sossego na praia é bom para alguns visitantes, os comerciantes
lamentam pelas vendas reduzidas. “Está muito calmo e isso atrapalha as
vendas. A gente esperava mais gente, mas é assim mesmo. Praia é um lugar
imprevisto para as vendas”, opinou o garçom Neto da Silva Junior.
Gerente de um restaurante situado no mesmo local, Mira Santos acredita
que faltam mais “estímulos” para despertar o interesse da população em
ir à praia. “Espero que as coisas melhorem por aqui”.
Futsal: Remo bate a Esmac e conquista o 1º turno
Numa decisão eletrizante, o Remo
ficou com o troféu do primeiro turno do Campeonato Paraense de Futsal,
categoria sub-9, ao derrotar a Esmac/Ananindeua, por 2 a 1, nos
pênaltis. Por ter vencido o jogo de ida por 2 a 0, a Esmac entrou em
quadra com a vantagem do empate.
Contudo, nem mesmo o apoio da torcida
ajudou o time a mostrar seu bom futebol. Resultado: acabou derrotada por
3 a 1 no tempo regulamentar. Com este placar, a decisão foi para a
prorrogação, que terminou empatada: 2 a 2. O campeão, então, foi
conhecido nos tiros diretos. Ali, o Remo, mais atuante, fez a festa na
casa do adversário.
O jogo foi no ginásio da Escola Madre Celeste, Marambaia, na manhã de
ontem, com apito de Sílvio Cabral e Egberto Gatinho. A Esmac, até
então, ostentava uma invencibilidade de nove vitórias consecutivas.
Sub-20 - Na partida preliminar da semifinal da categoria sub-20, o
Paysandu venceu a Esmac/Ananindeua por 4 a 2. Os bicolores estão na
final do primeiro turno e encaram o vencedor de Remo x Curapaiti/Viseu,
que jogam amanhã, às 14 horas, no ginásio Serra Freire. A equipe remista
perdeu o primeiro jogo em Viseu por 4 a 3. Precisa ganhar por mais de
dois gols para garantir classificação. Já a equipe de Viseu joga pelo
empate.
Adulto - O campeonato adulto masculino verá o clássico Shouse x Esmac/Ananideua, no ginásio do NEL, às 20h30.
Em Salinas, no ginásio municipal, o Esfsal recebe a seleção de Viseu
às 20h30. Em Bragança, o invicto Continental joga contra o
Juventus/Salinas, e na cidade de Mocajuba, o time local enfrenta o
Limoeirense, também às 20h. Pelo campeonato de Veterano, o Terra Firme
joga contra o Cassazum/Sofiatti, no ginásio do IFPA, 20h30.
De acordo com a programação da Fefuspa, as atividades do primeiro
semestre se encerram dia 29, com a programação dos jogos finais das
categorias sub-11, sub-13, sub-15 e sub-17 no ginásio da ESEF.
Sesc mostra pássaro tucano
Apresentação de grupo folclórico mantém tradição de família oliveira em recontar imaginário popular
A apresentação do Grupo Junino Tucano, do bairro do Telégrafo,
encerrou, na manhã de ontem, o ciclo de apresentação de grupos de
Cordões e de Pássaros Juninos que participaram este mês do projeto
Pesquisas e Interfaces do Sesc Boulevard, no Boulevard Castilho Franca,
em frente à Estação das Docas, no Comércio. O Pássaro Tucano levou para o
palco do auditório do Sesc Boulevard a peça “A Intrusa”, que durou uma
hora e contou com cerca de 45 pessoas, entre brincantes da comunidade e
atores ligados à Escola de Teatro da UFPA. Também participou da
encenação o Grupo Parafolclórico Frutos do Pará.
Folclorista e responsável pelo pássaro Tucano, Iracema Oliveira lida
com a cultura popular há 70 anos, legado herdado do pai, Francisco
Oliveira, já falecido. O pássaro Tucano foi fundado em 1927 e há 33 anos
passou para as mãos de sua família. “Com a morte do seu antigo dono, o
senhor Cipriano, que morava no bairro da Cremação, o pássaro ficou
parado. Ressurgiu em 1980, lá em casa, no Telégrafo, e estamos há mais
de 30 anos à frente dessa rica manifestação e na luta vencendo todas as
barreiras que é fazer a cultura popular”, diz Iracema.
Ela explica ainda que o enredo de “A Intrusa” é de autoria de
Raimunda Oliveira, uma das três mestras da cultura popular que há na sua
família, pois além desta e Iracema, há Iraci Oliveira. “A peça conta a
história de um marquês que faz uma viagem e deixa suas duas filhas no
reino. Uma das meninas é filha dele com a marquesa, e a outra, que é a
intrusa, é de um caso extraconjugal que ele teve. Com a morte da mãe, a
menina foi para as mãos do pai. Então, toda vez em que o pai viaja, a
madrasta a maltrata e a expulsa da casa. Quando ele volta, não encontra
mais a filha, mas no final tudo dá certo”, relata a folclorista, que,
além do Tucano, está à frente da Pastorinha e do Grupo Parafolclórico
Frutos do Pará.
Nenhum comentário:
Postar um comentário