A
Justiça Eleitoral divulgou ontem os dados atualizados do eleitorado do
país. No Pará, são 5.188.450 eleitores, o que corresponde a 3,63% do
eleitorado do país.
Em relação às Eleições 2010, o eleitorado do
Pará aumentou em 419.993 eleitores. O eleitorado paraense continua
constituído por maioria de mulheres, tendo atingido para as Eleições
2014 o quantitativo de 2.605.283 (50,213%), e os homens, 2.580.922
(49,74%). A diferença do número de mulheres eleitoras em relação à
quantidade de homens é de pouco mais de 24 mil eleitoras. As
estatísticas podem ser acessadas no site do Tribunal Superior Eleitoral
(TSE).
Os municípios com os maiores colégios
eleitorais no Pará são: Belém, com 1.023.169 (19,72% do total de
eleitores do Estado); Ananindeua, com 264.538 (5,09%); Santarém, com
201.964 (3,89%); Marabá, com 151.555 (2,92%); e Parauapebas, com 135.415
(2,61%). O município com menor eleitorado continua sendo Bannach, com
3.189 eleitores ou 0,061% do eleitorado paraense.
No Pará, 637.091 eleitores vão participar de
eleições biométricas nos nove municípios que já efetuaram o
recadastramento biométrico de seus eleitores. As estatísticas do
eleitorado que de fato vai votar pode sofrer alterações devido à opção
pelo voto em trânsito. O prazo para cadastramento para o voto em
trânsito está aberto até o dia 21 de agosto.
Entre os dados estatísticos, chama atenção a
grande massa de eleitores concentrados na faixa etária entre 25 e 34
anos, que corresponde a um total de 1.351.313 votantes, ou 26,045% do
eleitorado paraense. Os eleitores com idades entre 35 e 44 anos somam
20% do eleitorado, ou 1.042.401 votantes. Entre 45 e 59 anos, são
1.029.268 eleitores, ou 19,83% do total. O eleitorado jovem com voto
facultativo, com idade entre 16 e 17 anos, alcançou o total de 92 mil
pessoas.
As estatísticas divulgadas traçam o perfil
do eleitorado brasileiro apto a participar das eleições gerais de
outubro, tanto em termos quantitativos quanto demográficos. Esses dados
permitem avaliar a evolução do eleitorado ao longo dos últimos anos. As
informações foram obtidas a partir dos dados do cadastro eleitoral, que
são extraídos e consolidados mensalmente.
Os números de eleitores por faixa etária
consideram a idade do eleitor no dia do primeiro turno das eleições
2014. O grau de escolaridade e o estado civil do eleitor são os
informados à época em que o eleitor fez o seu cadastro eleitoral.
VOTO
Nas eleições do próximo dia 5 de outubro,
142.822.046 eleitores brasileiros estão aptos a votar. O número
representa um aumento de 5,17% em relação às eleições de 2010, quando
havia 135.804.433 eleitores registrados na Justiça Eleitoral.
A maior parte dos eleitores está localizada
na região Sudeste, que concentra 43,44%, somando 62.041.794 pessoas. O
maior colégio eleitoral é o estado de São Paulo, com 31.998.432
eleitores. Na sequência aparecem Minas Gerais (15.248.681), Rio de
Janeiro (12.141.145), Bahia (10.185.417) e Rio Grande do Sul
(8.392.033). O menor colégio eleitoral é Roraima, com 299.558 eleitores.
Já o município com o menor número de eleitores é Araguainha, em Mato
Grosso, com 898 cidadãos aptos a votar.
Mulheres representam 52,13% do eleitorado
Os dados estatísticos também mostram que a
maior parte do eleitorado brasileiro é formado por mulheres. São
74.459.424 eleitoras, representando 52,13% do total. Os homens
representam 47,79%, sendo 68.247.598 eleitores.
Em comparação com eleições anteriores, houve
uma queda no número de eleitores jovens com voto facultativo, ou seja,
aqueles que têm entre 16 e 17 anos. Em 2010, eram 2.391.352 e, em 2014,
são 1.638.751 aptos a votar nessa faixa etária.
De acordo com o
presidente do TSE, ministro Dias Toffoli, essa alteração se deve ao fato
de o fechamento total do cadastro deste ano considerar a data da
eleição. Ou seja, em anos anteriores, o cadastro era fechado no dia 30
de junho e não considerava aqueles eleitores que completariam 18 anos
até a data da eleição.
CONTAGEM
Neste ano, um novo software permitiu a
contagem incluindo o dia da eleição. Portanto, aquele eleitor que vai
fazer 18 anos nesse meio tempo até o dia da eleição já não está
contabilizado nesse dado estatístico de 16 e 17 anos.
O ministro Dias Toffoli também destacou que o
próprio Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) analisa
essa diminuição no eleitorado jovem com a tendência do envelhecimento da
população brasileira.
Os próprios dados do TSE mostram que a
população de eleitores idosos (com mais de 60 anos) aumentou de
20.769.458, em 2010, para 24.297.096 nestas eleições. A faixa etária
predominante nas eleições deste ano está entre 45 e 59 anos. Em 2010, os
eleitores entre 25 e 34 anos formavam a maioria.
(Diário do Pará)
Prefeitura de Belém recebe nota 3 em transparência
Em uma escala de 0 a 10, Prefeitura de Belém obteve nota 3 no que se refere à transparência (Foto: Bruno Carachesti)
A
prefeitura de Belém obteve apenas três pontos, numa escala de 0 a 10, no
ranking nacional da transparência. Os resultados fazem parte de estudo
inédito lançado ontem em todo o Brasil.
Para montar o ranking das capitais, os
responsáveis pela pesquisa avaliaram os “Oito Princípios de Dados
Abertos”. Belém deixou a desejar nos seguintes quesitos: primariedade
(segundo o decreto 7.185/2010 devem ser publicadas as receitas e
despesas previstas, lançadas e arrecadadas); atualidade (o decreto
aborda que a atualidade é de 24 horas); acessibilidade (dados
disponíveis para o público mais amplo possível) e não proprietário (os
dados estão disponíveis em formato sobre o qual nenhum ente tenha
controle exclusivo).
Os três pontos da capital foram conquistados
devido às informações nos seguinte quesitos: completas (continham dados
sobre receitas e despesas); processáveis (dados estruturados para
possibilitar o seu processamento automatizado) e não discriminatórias
(dados disponíveis a todos, sem que seja necessária a identificação de
registro).
A pesquisa, que é inédita do Instituto
Sócio-Econômico (Inesc), desenvolvida em parceria com o Grupo de
Pesquisa em Políticas Públicas para o Acesso à Informação (Gpopai-USP) e
financiada pela Web Foundation, aponta que a maioria das capitais
brasileiras está distante da excelência no que se refere à transparência
do ciclo orçamentário.
DADOS
Os dados foram levantados em novembro de
2013 e, das 27 capitais estudadas, nenhuma obteve nota máxima. Apesar de
conquistar a quarta posição no ranking, a prefeitura de Belém alcançou
pontuação baixa: empatou com mais seis prefeituras que também tiveram
três pontos.
Além das capitais, foram estudados os
portais do governo federal (Portal da Transparência) e do Senado (Portal
Siga), que obtiveram cinco pontos. O levantamento revela ainda que 13
capitais apresentam baixa performance, com pontuação menor ou igual a
dois.
A análise faz parte da etapa quantitativa da
pesquisa “Avaliando os websites de transparência orçamentária nacionais
e sub-nacionais e medindo impactos de dados abertos sobre direitos
humanos no Brasil”, fase que contou com a parceria do Gpopai-USP e teve o
objetivo de mensurar o alcance das regras impostas pela nova legislação
brasileira em relação à transparência orçamentária em formato de dados
abertos.
O estudo conta com uma metodologia mista
(quantitativa e qualitativa) e utiliza como base para análise de dados o
decreto 7.185/2010, que dispõe sobre o padrão mínimo de qualidade do
sistema integrado de administração financeira e controle, a Lei de
Acesso à Informação (Lei nº 12.527/2011), e os Oito Princípios de Dados
Abertos.
Segundo especialistas do Inesc, o estudo
demonstra que as prefeituras precisam melhorar muito a abertura de dados
relativos aos gastos públicos dos municípios.
Eles afirmam que o Brasil já conta com uma
legislação avançada desde 2010, a Lei de Acesso à Informação, onde os
padrões de qualidade para disponibilização dos dados estão bastante
claros. Eles consideram que colocar os dados de maneira acessível nos
websites é fundamental para a transparência e para o controle social.
(Diário do Pará)