quarta-feira, 16 de julho de 2014

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UFPA DEBATE PLANTAS CARTOGRÁFICAS PARA REGULARIZAR OITO VILAS DE CAPITÃO POÇO

 


A Universidade Federal do Pará e a Prefeitura de Capitão Poço realizam hoje, 15 de julho, a partir das 11 horas, na sede do poder público municipal, debate com os gestores públicos sobre plantas cartográficas de oito vilas que serão beneficiadas com a regularização fundiária por meio Projeto Moradia Cidadã, uma parceria com o Ministério das Cidades e que conta como apoio da Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp), informa a presidente da Comissão de Regularização Fundiária da Ufpa, Marlene Alvino.
 
Nesta etapa do projeto de regularização, esclarece a presidente, serão debatidas as plantas cartográficas das Vilas Nova, Piri, Arauaí, Açaíteua, São Pedro, Bom Jardim, Iacá-Iacá do Pedoca e Vila Caraparú. Para cada vila foram feitas duas plantas, sendo uma com o desenho da situação real e outra com a proposta de regularização fundiária que deverá ser debatida com os gestores públicos. No município, o Projeto Moradia Cidadã beneficiará, no total, 14 vilas cujas terras foram transferidas para o poder público pelo Programa Terra Legal, por intermédio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), com base Lei Federal nº 11.952, de 2009, que dispõe sobre a regularização fundiária urbana na Amazônia Legal.
 
Marlene explica que os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Programa Terra Legal, em 2007, revelavam que o perímetro de intervenção do Projeto previa a regularização de 362,4 hectares de terra ocupados por uma população estimada em 4.736 pessoas e residentes em 1271 lotes nas 14 vilas na cidade. No entanto, a presidente alerta que em 2012, dados atualizados pela Vigilância Sanitária de Capitão Poço mostraram que residem nas 14 vilas 9.364 pessoas, ocupando 2.513 lotes em 256,8 hectares, revelando uma expansão urbana de 98%. 

“Estes são os desafios que precisam ser enfrentados e ajustados pelos gestores públicos, com o suporte da universidade, para fortalecer o planejamento municipal e impulsionar o desenvolvimento sustentável das comunidades, uma vez que existe uma demanda por diversas políticas públicas para toda esta população”, acentua Marlene.
 
PLANEJAMENTO - Segundo ela, a decisão de reunir com o poder público local foi tomada no último dia 3 de julho, na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da instituição federal de ensino, quando foram apresentadas aos membros da prefeitura as primeiras plantas cartográficas elaboradas pelas equipes coordenadas pelos arquitetos e consultores do Projeto Moradia Cidadã José Júlio Lima e Roberta Rodrigues, além de contar com a participação da coordenadora Técnica Operacional do Projeto, Myrian Cardoso; Laís Lourenço, assessora jurídica; Érica Silva, assessora de Assistência Social, e dos bolsista do Projeto Ryan Cardoso, Deliana Gonzaga e Thales Miranda. Representando a prefeitura estiveram presentes José Eudes, José Maria, José Ferreira, Manoel Antônio, Sebastião Borges e Luciano Amaral.
 
De acordo com Eudes Bezerra, coordenador do Grupo de Trabalho Municipal de Capitão Poço, “haverá o empenho do poder público em discutir as plantas e, até o final de julho, elas serão apresentadas às oito comunidades quando se pretende superar os desafios colocados pelo crescimento das vilas, que passarão a ter uma planta urbanística aprovada pelos moradores e registrada em cartório, incluindo e tornando os moradores corresponsáveis pelo desenvolvimento local”, acentua.
 
Segundo Eudes, após o registro da planta aprovada, a prefeitura precisará de leis específicas para subsidiar a titularização em nome dos moradores, o que envolverá a Câmara de Vereadores e com apontamentos específicos sobre cada realidade de cada uma das oito vilas analisadas. “Assim será possível consolidar mecanismos legais para garantir a segurança jurídica sobre a posse da terra para todas as vilas e fortalecer o direito à moradia e à cidadania, além de contribuir com o desenvolvimento da agricultura familiar, uma das bases fortes da economia nas vilas beneficiadas em Capitão Poço”, finaliza.
Texto: Kid Reis - Ascom-CRF-UFPA - Fotos: Arquivos CRF-UFPA



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