quarta-feira, 30 de março de 2016

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Equipe de Dilma discutiu proposta de convocar novas eleições gerais


Eraldo Peres/Associated Press
Brazil's President Dilma Rousseff attends a meeting with Brazilian Ambassador Roberto Azevedo, director general of the World Trade Organization, at the Planalto Presidential Palace, in Brasilia, Tuesday, March 29, 2016. Former Brazilian President Luiz Inacio Lula da Silva said Monday that he believes Rousseff, his embattled successor and protege, can survive mounting pressure in Congress for her impeachment. Rousseff recently appointed Silva as her chief of staff in a much-discussed move that still must be confirmed by Brazil's top court. (AP Photo/Eraldo Peres) ORG XMIT: ERA102
A presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto, nesta terça-feira (29)
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Antes do agravamento da crise, a equipe da presidente Dilma Rousseff chegou a discutir uma proposta para salvar a petista do impeachment que passava pela convocação de eleições gerais no país.
A ideia foi levada por interlocutores do governo a ministros há cerca de um mês e meio, mas não chegou a ser apresentada formalmente a Dilma pelos idealizadores da estratégia.
Na época, a avaliação de alguns dos defensores da ideia era que a crise poderia piorar e tornar o impeachment da presidente um risco real. Daí, para evitar uma queda da petista, ela apresentaria a proposta de fazer uma eleição geral no âmbito federal, para presidente, deputados e senadores.
Nesta terça (29), data do rompimento formal do PMDB com o governo, dois interlocutores diretos da presidente admitiram à Folha que a ideia foi de fato discutida, mas não obteve consenso para ser apresentada oficialmente à petista.
Nas discussões sobre o tema, a estratégia seria lançada como uma proposta de unificação nacional, que seria encaminhada na forma de uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional) ao Congresso pela própria Dilma.
Um dos interlocutores da presidente fez questão de destacar que a estratégia não foi realmente apresentada formalmente à presidente e ficou mais restrita a discussões dentro do grupo de ministros próximos dela.
Até o ex-presidente Lula foi ouvido sobre a estratégia há cerca de um mês. Na ocasião, ele teria ficado de refletir sobre o assunto, que acabou não prosperando.
Nos últimos dias, diante da deterioração acentuada do cenário político, que levou o PMDB a decidir sair do governo, a proposta voltou a ser ventilada por alguns assessores da presidente Dilma.
A avaliação, porém, foi a de que, hoje, o Palácio do Planalto perdeu o "timing" para a apresentação da medida. Segundo um interlocutor, lançá-la agora seria um reconhecimento oficial de derrota e tanto o PMDB como a oposição dificilmente embarcariam na proposta.
Um auxiliar próximo de Dilma, que participou das conversas, reagiu à possibilidade de volta do debate sobre o tema afirmando que a presidente, na atual circunstância, não aceitaria discuti-la "de jeito nenhum".
DELAÇÕES
Dentro do governo, porém, a proposta não é de todo descartada. Na hipótese de a crise se agravar ainda mais com as novas delações em curso, atingindo inclusive lideranças peemedebistas, a convocação de eleições gerais poderia prosperar novamente.
Segundo um assessor, seria a forma de "ouvir" de fato o desejo das ruas, que estariam não só contra Dilma mas também não dariam aval total a um governo do vice-presidente Michel Temer.
Hoje, porém, um interlocutor da presidente reconhece que lançar a proposta iria soar como um "golpe no golpe" do impeachment. Tentar escapar de última hora de um afastamento da Presidência com a convocação de eleições gerais. 



"Sei que nada dura pra sempre", diz Wesley Safadão sobre sucesso meteórico

Leonardo Rodrigues
Do UOL, em São Paulo
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Wesley Safadão faz show com casa lotada no Rio de Janeiro13 fotos

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17.mar.2016 - Wesley Safadão mostrou mais uma vez que é um dos novos fenômenos da música brasileira e lotou uma casa de shows no Rio de Janeiro, na noite dessa quinta-feira (17). O cantor levantou o público com seus sucessos como "Camarote" e "Tim Tim" Imagem: Thyago Andrade/Brazil News
O fenômeno Wesley Safadão sabe que é impossível esquivar-se de seu prazo de validade, quando fatalmente deixará de ser o cantor mais comentado do país. Mas ele prefere não pensar muito no assunto. "Tenho ciência de que nada dura para sempre. Temos que aproveitar o momento que estamos vivendo", diz ao UOL em entrevista que precisou ser feita via e-mail.
Como esperado, não foi nada fácil conseguir um tempo na agenda do ex-Garota Safada, que só este mês teve 21 shows marcados nas regiões Norte, Nordeste e Sudeste, incluindo uma apresentação lotada no Rio. Mas a derradeira prova de fogo ainda está por vir: o cantor sobe ao palco do Villa Country, coração do sertanejo paulistano, nos próximos dias 27 e 28 de abril.
Todos os 8.000 ingressos colocados à venda para cada noite já estão esgotados a segunda data precisou ser agendada às pressas devido à grande procura. "Confesso que não esperava uma repercussão tão grande desse show. Só tenho que agradecer a Deus e dar meu melhor para o público", afirma o cearense, que se vê como meio para romper preconceitos musicais. Quem sabe, colocando fim ao suposto "abismo cultural".
"Estamos conseguindo chegar em lugares que há um tempo atrás nosso forró não imaginava chegar."



Dunga elogia raça e diz que "abafa" contra Paraguai já foi treinado

Danilo Lavieri
De Assunção, no Paraguai
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Eliminatórias: Paraguai x Brasil 15 fotos

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Dunga fica nervoso ao orientar a seleção e Daniel Alves cai ajoelhado aos pés do treinador em jogo contra o Paraguai.
Depois de criticar bastante o Brasil por falta de virilidade contra o Uruguai, na última sexta-feira, Dunga fez questão de exaltar a força de vontade demonstrada pelos jogadores para buscar o empate por 2 a 2 nos minutos finais contra o Paraguai, nesta terça-feira, no Estádio Defensores del Chaco.
O comandante afirmou, inclusive, que os treinos que faz em campo reduzido servem de simulação para o "abafa", que praticou no jogo ao tirar todos os volantes e deixar um time com Renato Augusto, Lucas Lima, Douglas Costa, Willian e Jonas (Ricardo Oliveira foi substituído pelo atacante do Benfica após marcar o primeiro gol).
"Quando vocês falam em tática, aqueles pequenos jogos que treinamos, a gente posiciona os jogadores de uma forma e eles se habituam a treinar em uma posição diferente. Alguns treinamentos colocam só volante, outros só meia, mas nunca tivemos um jogo para fazer sem volante", disse o comandante.
"Mas se você pegar o histórico, Douglas Costa e Lucas Lima, por exemplo, já jogaram como volante. Não é improviso isso. É criatividade. A vontade que mostraram os jogadores em reagir, em jogar coletivamente, é muito bom. Ficamos felizes", destacou.
Dunga afirmou que com este estilo de jogo conseguiu ganhar opções daqui para frente, mas voltou a falar que tem pouco tempo para treinar.
"Quando eu falei no último jogo que precisamos ter qualidade técnica com a bola e temos de ser mais físicos quando estamos sem a bola, era isso. Alguns (da imprensa) não quiseram entender. Mas sem a bola é isso. Precisamos lutar, como os adversários fazem. Eu vi uma equipe que sabe reagir, que não se acomoda com nenhum resultado, entende quando as coisas não estão vindo e precisam fazer mudar. Sabíamos que era difícil a Eliminatória", destacou.
Por fim, o comandante afirmou que não se preocupa com a tabela e a sexta colocação. Ele reafirmou que já esperava dificuldades para garantir a vaga para o Mundial.
"O bom do futebol é que a próxima partida nossa é contra o líder (Equador, que é vice-líder no critério de desempate). Vai depender sempre de nós mesmos. As Eliminatórias em si, sempre foram complicadas, desde 82, 86, 90, 94... E essa vai ser mais complicada ainda".
Técnico do Paraguai lamenta o resultado
Ramon Diaz afirmou que o resultado não pode ser considerado ruim e disse que a tabela ainda dará chances para que os paraguaios consigam a vaga no Mundial. Ele, no entanto, admitiu que o sabor final foi amargo.
"Ainda falta muita partida, a tabela ainda é grande e é importante falarmos que a gente estava enfrentando o Brasil, que tem muita qualidade. É importante ver que a gente pode enfrentar grandes equipes. É importante ver a equipe evoluindo. Mas a gente realmente fica com um pouco de sabor amargo, porque queríamos vencer e estávamos perto disso".


O que acontece agora que o pacote anticorrupção foi entregue ao Congresso?

Pablo Raphael
Do UOL, em São Paulo
(29). Mas o que acontece agora?
O pacote foi entregue à mesa da Câmara, onde será analisado para saber quais comissões permanentes deverão cuidar da proposta e determinar sua urgência. Se mais de três comissões precisarem analisar o projeto, será necessário criar uma comissão especial para cuidar do despacho.
A urgência do despacho determina quantas sessões o plenário da Câmara dos Deputados tem para discutir e votar o projeto:
  • 45 sessões para um despacho ordinário;
  • 10 sessões para um despacho prioritário;
  • 05 sessões para um despacho urgente.
Nesse período, o projeto poderá receber emendas das comissões e do plenário. Ao final do prazo, a pauta será votada na Câmara, onde vai precisar da maioria absoluta (257 votos) para seguir para o Senado. Lá, o projeto poderá receber novas alterações e ser devolvido para a Câmara, que precisará se posicionar sobre as mudanças feitas pelos senadores.
Iniciativa popular
Por se tratar de uma iniciativa popular, há mais um complicador. A Câmara deve verificar a autenticidade de todas as 2 milhões de assinaturas colhidas pela proposta. A verificação seria feita pelo tribunal eleitoral, através do Título de Eleitor que é anotado junto com cada assinatura.
Para pular essa etapa e acelerar o processo, um deputado pode apadrinhar o projeto. Foi assim que aconteceu nas quatro vezes que iniciativas populares passaram pelo Congresso.
Quanto tempo, afinal, pode levar o processo? Para efeito de comparação, a Lei da Ficha Limpa, de 2010, que também surgiu de iniciativa popular, levou quase um ano para ser aprovada. Ou seja, o pacote anticorrupção ainda tem um longo caminho pela frente.
É possível acompanhar o progresso do projeto através do site oficial da Câmara dos Deputados.
10 medidas, 20 anteprojetos
As dez medidas contra a corrupção se configuram em 20 anteprojetos de lei. Entre outros aprimoramentos na legislação brasileira, estão a criminalização do enriquecimento ilícito; aumento das penas e crime hediondo para corrupção de altos valores; celeridade nas ações de improbidade administrativa; reforma no sistema de prescrição penal (quando um crime perde a validade); responsabilização dos partidos políticos e criminalização do caixa dois.
Para o Ministério Público, o fato de as dez medidas terem se tornado projeto de iniciativa popular pode aumentar a pressão sobre deputados e senadores e favorecer sua aprovação.



Intelectuais e movimentos sociais fazem ato contra impeachment na USP

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Intelectuais, alunos e representantes de movimentos sociais fizeram um ato contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff nesta terça-feira (29) na Cidade Universitária, zona oeste de São Paulo.
Durante o evento, os convidados criticaram os partidos de oposição ao governo, as manifestações pró-impeachment, a Operação Lava Jato e o juiz Sergio Moro, responsável pelos processos da operação na Justiça Federal no Paraná.
"Por que Moro tem tanto poder? Porque serve a dois objetivos: entregar o pré-sal para companhias norte-americanas de petróleo e enfraquecer o Mercosul", discursou a filósofa Marilena Chauí, professora da FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas) da USP, onde foi realizado o evento.
A maioria dos presentes, porém, concentrou-se em questionar a legalidade do pedido de impedimento.
"Não podemos cair nesse argumento cínico de que o impeachment não é golpe porque está previsto na Constituição. O crime de assassinato também está no Código Penal, mas eu preciso ter matado alguém para ser condenado", comparou o advogado Arthur Menten.
Na última semana, ministros do STF como Cármen Lúcia e Dias Toffoli disseram em entrevistas que um impeachment não pode ser considerado golpe porque é um mecanismo da legislação brasileira.
Chauí defendeu ainda que militantes pressionem os poderes Legislativo e Judiciário para barrar o processo.
"Não podemos ficar só na rua gritando 'Não vai ter golpe', temos que intervir nessas instituições", afirmou.
Ela também criticou as manifestações pró-impeachment, que seriam compostas por "uma multidão ressentida e com ódio, que espera [a ascensão de] um líder autoritário e reacionário para pôr tudo em ordem".
O professor da UFABC (Universidade Federal do ABC) Gilberto Maringoni, candidato a governador de SP pelo PSOL em 2014, comentou o desembarque do PMDB do governo, anunciado nesta terça, e disse esperar que o movimento gere uma virada à esquerda por parte do governo –que, segundo ele, não seguiu o programa que o elegeu.
O mais aplaudido da noite, porém, foi o ator Sergio Mamberti. Depois de advertir que a saída da presidente poderia pôr a perder "a democracia pela qual tantos lutaram e morreram", ele terminou sua fala juntando a palavra de ordem dos movimentos contra o impeachment ao bordão de seu personagem na série "Castelo Rá-tim-bum", produzida pela TV Cultura nos anos 1990.
"Como diria o tio Vitor: Não vai ter golpe! Vai ter luta! Raios e trovões!"
Entre outros nomes, estiveram também presentes o cientista politico e colunista da Folha André Singer, o secretário municipal de Direitos Humanos de São Paulo, Eduardo Suplicy, além de representantes da UNE (União Nacional dos Estudantes), CUT (Central Única dos Trabalhadores), MST (Movimento dos Sem Terra) e MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto).

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