Segundo a prefeitura, desfile foi cancelado por falta de verba.
Reunião vai definir se agremiações vão desfilar nos bairros da capital.
A Prefeitura de Belém anunciou na última quarta-feira (11), que em 2017 não haverá o desfile oficial das escolas de samba do Carnaval. Segundo a Prefeitura, não tem dinheiro para a realização da manifestação cultural. Nesta sexta-feira (12) haverá uma nova reunião entre a Prefeitura de Belém e as agremiações carnavalescas para definir se haverá ou não os desfiles nos bairros.
A reunião entre prefeito, carnavalescos e representantes da Liga das Escolas de Samba de Belém ocorreu de portas fechadas na sede da Companhia de Desenvolvimento e Administração de Belém (Codem), na avenida Nazaré. Na ocasião, foi discutido o repasse de verbas do município para o desfile na Aldeia Amazônica, no bairro da Pedreira.
Os membros das escolas do grupo especial saíram desanimados da reunião. "O prefeito, em sua campanha política, prometeu que o Carnaval não iria acabar em Belém. Infelizmente não tem Carnaval", lamentou Marcelo Carvalho, membro da Matinha.Depois de quase duas horas de reunião foi definido que o desfile oficial foi cancelado. De acordo com a Prefeitura, o repasse dado para mais de 40 escolas e blocos foi de apenas R$ 1 milhão, valor insuficiente para custear as despesas de cada agremiação.
Falta de recursos
Em Belém, o maior suporte financeiro para o desfile das escolas de samba vem justamente do município. No ano passado, a Fundação Cultural de Belém (Funbel) repassou R$ 3,5 milhões para o desfile e a verba do Governo do Estado foi de apenas R$ 350 mil. As escolas contam com pouca participação da iniciativa privada.
Sem verba para se apresentar na Aldeia Amazônica, as escolas e blocos ainda terão que decidir o que fazer com os recursos que serão repassados para realizar manifestações culturais individuais na cidade.
"A proposta do prefeito é que não tenha desfile oficial, somente uma estrutura ou nos bairros ou no Portal da Amazônia para as escolas desfilarem, para a cultura não passar em branco", afirmou Anderson Mendes, representante do Xodó da Nega.
Segundo o presidente da Liga, o Carnaval de Belém precisa ter uma gestão definida.
"Todos acabam perdendo um pouco, mas eu acredito que nós demos cinco passos para trás para dar 20 pra frente. Eu acho que a Liga e as escolas de samba vão sair fortalecidos, a prefeitura vai sair fortalecida e nós vamos apresentar um Carnaval de ponta em 2018, com todo apoio e ajuda financeira da prefeitura", disse Fabrício Gama, presidente da Liga das Escolas de Samba de Belém.
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