À tarde saímos para a região do Rio Ariaú. Passamos pelos igarapés da região e pelo Rio Ariau até chegar ao icônico hotel de selva Ariaú Amazon Towers.
O Hotel Ariaú Amazon Towers foi construído no meio da floresta, na beira de um igarapé do Rio Ariaú, que é afluente do Rio Negro. O complexo hoteleiro é formado por sete torres cilíndricas de tamanhos variados e dois mirantes com cobertura de sapê e construídos com madeiras tropicais. Possui 288 quartos.
Foi um dos primeiros hotéis de Selva construídos na Amazônia e reinou durante muito tempo como o mais famoso e importante. Toda essa estrutura é interligada por uma extensa passarela de madeira, com aproximadamente 8 quilômetros e apoiada sobre palafitas com até 40 metros de altura.
Lá de cima os hóspedes têm a sensação de estar no meio da floresta, pois circulam por entre as copas das árvores e têm visões de 360 graus. O Hotel proporciona excursões guiadas em canoas, de barco ou a pé, onde os hóspedes têm uma grande interação com a natureza.
O Hotel foi inaugurado em 1986. Teve a sua época áurea nos anos 90, mas hoje enfrenta uma grande crise e aparenta uma imagem de decadência e abandono.
Saimos do Ariaú e continuamos navegando por entre os igarapés e igapós. Paramos na beira de um deles para interagir com os macacos na beira do rio. Os guias oferecem bananas e eles sobem nos barcos. Os turistas fazem a festa em meio a gritos e cliques fotográficos.
Vimos alguns bichos-preguiça no alto das árvores. Elas são exímias trepadeiras. Possuem longas garras em todos os dedos com os quais se penduram nos galhos das árvores. A “preguiça” tem um metabolismo muito baixo e por isso faz movimentos muito lentos. Se alimenta de folhas e frutos, vive no alto das árvores e raramente vai ao chão.
Antes de voltar para o navio, paramos na casa de um caboclo na beira do Rio Ariaú onde interagimos com a família, que vive da extração da Castanha-do-Pará, açaí, cupuaçu, além de pequenos cultivos de subsistência onde plantam mandioca, e produzem farinha e tapioca.
Depois de provar a tapioca e o açaí da família de caboclos, voltamos finalmente para o Iberostar Grand Amazon. No meio do rio, ainda chamou a atenção a circulação das canoas transportando os jovens para a escola.
À noite saímos de barco mais uma vez, para uma programação típica da Amazônia, que é a focagem de jacarés. Os barcos entram nos igarapés, na noite escura e o guia ascende uma lanterna em direção à vegetação que fica sobre a água. A luz atinge os olhos dos jacarés, que brilham e podem ser vistos à distância.
No meio do passeio, o nosso guia apanhou um filhote de jacaré que estava paralisado pela luz da lanterna e trouxe para o barco para que pudéssemos ver o bicho de perto. Depois o jacaré foi solto.
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