FOTO: OZEAS SANTOS
Considerando o segundo relatório técnico do Instituto Evandro Chagas, a força-tarefa do Ministério Público do Pará e Ministério Público Federal - integrada pelos os promotores de Justiça Eliane Cristina Pinto Moreira, Daniel Menezes Barros e Laércio Guilhermino de Abreu, e pelos procuradores da República Ubiratan Cazetta, Felipe de Moura Palha e Silva e Ricardo Augusto Negrini - fez novas recomendações à Hydro Alunorte, agora abrangendo as comunidades de Barcarena e Abaetetuba localizadas às margens dos igarapés Dendê e Curuperê, além dos rios Pará, Arapiranga, Guajará do Beja, Arienga e Tauá. Ontem, a multinacional norueguesa recusou as condições do Termo de Ajustamento de Conduta proposto pelo MPE-PA e MPF-PA no sentido de medidas emergenciais para atendimento às comunidades, garantia da segurança das barragens e do processo produtivo, em razão do vazamento de rejeitos de minério na planta industrial da empresa em Barcarena.
Na terça-feira passada, durante a primeira oitiva da Comissão Parlamentar de Inquérito da Alepa que apura os danos ambientais causados na bacia hidrográfica do rio Pará, que durou oito horas (das 13h às 21h), foram colhidos depoimentos do coronel Augusto Almeida Lima, subcomandante geral do Corpo de Bombeiros Militar do Pará; do pesquisador Marcelo Lima, do Instituto Evandro Chagas; e do advogado Ismael de Moraes, das Associações de Moradores de Barcarena.
A CPI recebeu denúncia de que a maioria das famílias atingidas com o desastre não estaria recebendo água, cestas básicas e atendimento médico e que a assistência seria pontual para um grupo pequeno. Em diligência na região impactada, segunda-feira passada, os deputados constataram restos de materiais químicos tóxicos no subsolo, sem qualquer tipo de tratamento, controle ou proteção.
Por sua vez, o governo do Estado, via PGE, requereu multa no valor de R$250 milhões à Hydro Alunorte, por danos ambientais, morais e materiais.
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