A Alepa é espaço de exercício de convivência pacífica dos contrários. Muitas vezes os discursos virulentos se sucedem, os ânimos se exaltam, e quando parece que a coisa vai desandar e terminar mal, tudo volta aos eixos. Afinal, nada mais tipicamente democrático do que opiniões diferentes. E o Legislativo é a Casa de todas as vozes. Hoje foi assim: a deputada Cilene Couto(PSDB), 1ª vice-presidente da Mesa Diretora, estava presidindo a sessão plenária. Na primeira parte da Ordem do Dia, deu por encerrada a votação de pedidos de licença e passou à apresentação de projetos. O deputado Soldado Tércio(PROS) de imediato protestou, alegando que ainda restavam dois minutos do tempo regimental. Mas ela manteve a decisão. Tércio se exasperou e acabou ofendendo a deputada, que reagiu com altivez, enfatizando sua condição de mulher e mãe, e o respeito com que é tratada. O clima ficou tenso. Cilene Couto mostrou pleno domínio da situação, o que não é fácil, num plenário com 41 deputados e pensamentos divergentes. E embora tenha sido tratada com desrespeito, sua conduta foi de equilíbrio e maturidade, o que lhe rendeu o apoio de todos, que publicamente parabenizaram a sua postura. Aí o deputado, surpreendeu a todos: pediu desculpas pelo microfone, reconhecendo que havia extrapolado e afirmando que não tivera a intenção de feri-la. E alguns minutos depois foi até a Mesa Diretora e a presenteou com um buquê de flores.
Nenhum comentário:
Postar um comentário