A Operação Silere, realizada ontem pelo Ministério Público em conjunto com a Polícia Civil, em Tucuruí(PA), mostra que a cidade continua um verdadeiro barril de pólvora. Foram presos o ex-presidente do Instituto de Previdência dos Servidores Municipais de Tucuruí na gestão de Jones William, Firmo Giroux, e um empresário local que prestava serviços para a prefeitura local, identificado como Odair José Moraes Viana. Os dois são acusados de desviar cerca de R$500 mil do Ipaset, dois dias depois da morte do prefeito Jones William, em cheques endossados pelo empresário e ex-secretário municipal de Finanças, Moisés Águia, que foi hoje mesmo ao programa “Tucuruí Agora”, da Rádio Floresta, explicar o porquê de a polícia e o MP terem feito busca e apreensão de documentos em sua empresa. Disse que colaborou e espera que o assassinato do prefeito Jones William seja elucidado. Contou que no dia em que renunciou ao cargo deixou R$11,8 milhões em caixa, que deveriam ser usados para asfaltar vários bairros, mas que "as coisas não saíram como planejado". Chorando, encerrou sua participação no programa sem esclarecer mais.
Na noite do crime, quando o corpo do prefeito ainda estava no IML, seu token bancário foi usado para transferir mais de R$ 800 mil das contas da prefeitura no Banco do Brasil e no Banpará. No dia seguinte, durante o velório, a senha do prefeito morto foi usada de novo para transferir R$ 431 mil. E um dia depois do enterro foram descontados na agência do Banpará de Tucuruí um cheque de R$ 69 mil e outros dois de R$ 220 mil cada.
Não foi divulgado a que alude a denominação da operação. Porém, "silêncio" vem do latim "silentium", ato de estar quieto, e de "silere", ficar quieto, evitar ruído.
Por sinal, o TRE-PA marcou novas eleições em Tucuruí para o próximo dia 03 de junho. Por uma trágica coincidência, o pistoleiro Bruno Marcos de Oliveira, o Bruno Venâncio, morreu na tentativa de resgate de presos no último dia 10, no Complexo Penitenciário de Santa Izabel. Ele era acusado de executar o então prefeito de Tucuruí Jones William da Silva Galvão, no dia 25 de julho do ano passado, e peça-chave na investigação do crime.
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