quarta-feira, 23 de maio de 2018

# DESCASO COM A HISTÓRIA DE UM MAIS LINDOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DO PARÁ!!!

O desabamento do Palacete Augusto Corrêa, antiga sede da Prefeitura de Bragança(PA), cuja pedra fundamental foi lançada em 23 de junho de 1893, em Bragança, é mais um duro golpe na memória parauara. O prédio histórico estava interditado desde 2015 pelo Corpo de Bombeiros e a restauração aguardava adequações no projeto arquitetônico e nos projetos complementares para remessa à análise técnica da Caixa Econômica Federal. 

A origem da cidade de Bragança remonta a 1613, e os franceses da expedição de Daniel de La Touche, senhor de La Ravardière, foram os primeiros "brancos" a conhecer a região do Caeté (ou Caité = caa + y + eté = mato bom, verdadeiro, na língua tupi), então habitada pelos índios Tupinambás.

Bragança já teve seu período áureo na história do Pará, quando da instalação, em 03 de abril de 1908, da Estrada de Ferro de Belém-Bragança, cuja extinção, em 31 de dezembro de 1965, marca o declínio da economia e do desenvolvimento da região e do município. 

A Dinastia de Bragança reinou em Portugal entre 1640 e 1910, no Império Brasileiro entre 1822 e 1889 e na segunda metade do século XVIII influenciou a escolha do nome da Antiga Vila Souza do Caeté, por ordem do então governador Francisco Xavier de Mendonça Furtado, ao compor a nova configuração territorial das áreas reunidas (Souza do Caeté, Aldeia missionária e território de colonos à margem esquerda do rio Caeté) que se tornaram a Vila de Bragança, em 1753. A denominação foi mantida quando da elevação da vila à categoria de cidade em 1854, por decreto do tenente-coronel Sebastião do Rego Barros. Diferentemente das demais localidades brasileiras e paraenses, Bragança aderiu à Independência do Brasil só em 1o de outubro de 1823.

O Palacete Augusto Corrêa era um prédio lindo em alvenaria com cobertura de telhas de barro. O piso da entrada, todo em ladrilhos hidráulicos e a escadaria principal em madeira acapu eram belíssimos; os alicerces, em pedra, foram feitos pelos portugueses. O prédio era uma cópia fiel de um palácio da dinastia dos Bragança, em Portugal. Foi inaugurado entre 1902 e 1903 e nele funcionaram a Câmara e a Prefeitura Municipal, até 2009. Guardava a memória de acontecimentos políticos que marcaram o Município. 

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