Depois de seis dias e três policiais militares assassinados fora de serviço, na Grande Belém, o deputado estadual Tércio Nogueira, soldado da PM, não sabe mais o que é possível exigir de uma administração do Pará completamente fora do ar. “Se o governador estivesse ‘bem’, cabia era ele renunciar”, disparou. “Ele (Simão Jatene) perdeu totalmente o controle, tanto ele quanto a cúpula. O delegado-geral, o comandante geral da Polícia Militar não têm somado em nada”, criticou.
Ele não descarta a tentativa de pedir a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o que acontece com as verbas voltadas à Segurança Pública, que se mostra cada vez mais sem estrutura. “Estive em Barcarena e me falaram que antes eram 150 policiais para 70 mil pessoas. Hoje, são 123 para quase 100 mil, está entendendo? O número de policiais diminui, enquanto a população aumenta. Água do Norte é isso também: seis PMs para 28, 29 mil habitantes”, listou. “Não dá para enfrentar a criminalidade sem investimento e estrutura.”
Líder do MDB no parlamento estadual, Iran Lima afirma que as forças que podem combater a criminalidade estão sendo dizimadas e Jatene não assume o comando dessa tarefa mais que urgente, e se recusa a pedir ajuda ao Governo Federal. “Estamos vendo um governador sem as rédeas. É preciso votar o pedido de intervenção na Segurança Pública aos moldes do Rio de Janeiro. É preciso ter o mínimo de humildade para reconhecer que a gestão do Simão Jatene foi incapaz de agir só”, reforça.
REVOLTANTE
Em nota, a Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiros Militar classificaram que a morte do sargento PM Mourão é um caso “revoltante”, uma vez que foi o terceiro policial assassinado em menos de uma semana. “Não temos sequer um pronunciamento do Governador do Estado”, publicou a entidade que representa os policiais. A Polícia Militar e a Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) divulgaram nota em que apenas lamentaram a morte do sargento PM Carlos de Lima Mourão.
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