domingo, 30 de março de 2014

BIBITE E BÉLY, (PAI E FILHO) SONORIZÇÃO PROFISSIONAL!!!

BIBITE E BÉLY
ESTE BLOGUEIRO, ARNALDO LEÃO, APROVEITA A OPORTUNIDADE E MANDA UM ABRAÇO ESPECIAL PARA ESSA DUPLA DE PROFISSIONAIS, BIBITE E BÉLY, (PAI E FILHO), TRABALHANDO JUNTOS EM UMA PROFISSÃO QUE TANTO AMAM, FAZER SOM PROFISSIONAL. 

ARNALDO LEÃO, ALÉM DE BLOGUEIRO É CERIMONIALISTA PROFISSIONAL JUNTAMENTE COM A ESPOSA EDINÉIA LEÃO, E NO ÚLTIMO SÁBADO, 30/03 TRABALHARAM JUNTO COM ESSA DUPLA, NA COLAÇÃO DE GRAU DAS ESCOLAS SOCORRO ROCHA E ANTONIO VIEIRA, A DUPLA FEZ UMA SONORIZAÇÃO MARAVILHOSA, OBRIGADO PELO SOM VALEU!!!

BLOGUEIRO ARNALDO LEÃO E ESPOSA EDINÉIA LEÃO!!!

UMA NOITE ESPECIAL PARA A EDUCAÇÃO OUREMENSE!!!

ARNALDO E EDINÉIA LEÃO, FIZERAM O CERIMÔNIAL  DA COLAÇÃO DE GRAU DE ENSINO MÉDIO DAS ESCOLAS ANTONIO VIEIRA E SOCORRO ROCHA, NO MUNICÍPIO DE OURÉM PARÁ.

FOI UMA NOITE MAIS QUE ESPECIAL PARA A EDUCAÇÃO DO MUNICÍPIO DE OURÉM, 93, (NOVENTA E TRÊS ALUNOS), RECEBERAM A OUTORGA DE GRAU DO ENSINO MÉDIO, QUE FOI CONCEDIDA PELA PROFESSORA ANA REIS.

A CERIMÔNIA FOI REALIZADA NA SEDE DO SERRANO E CONTOU COM UM BOM NÚMERO DE CONVIDADOS, ENTRE ELES O PREFEITO MUNICIPAL DE OURÉM VALDOMIRO FERNANDES COELHO JÚNIOR, (O JUNHÃO).

CONTOU TAMBÉM COM A PRESENÇA DE ALGUNS VEREADORES DO MUNICÍPIO, DO EX. PREFEITO DE OURÉM O SR. ZOÉ SAAVEDRA, O PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE OURÉM, O VEREADOR FRANK NAZARÉ PEREIRA E OUTROS ILUSTRES CONVIDADOS.

DE PARABÉNS A EDUCAÇÃO OUREMENSE, PRA FRENTE É QUE SE ANDA.

BLOG DO ARNALDO LEÃO!!!

CONFIRA FOTOS DO EVENTO:

MESA DAS AUTORIDADES


PREFEITO JUNHÃO DISCURSANDO

PADRE VALDECIR NA MESA DAS AUTORIDADES

COLANDOS

COLANDOS

PROFESSORES

COLANDOS E PARANINFOS

PROFESSOR MÁRCIO SANTA ROSA

PROFESSORA HOMENAGEADA MARIA ANTONIA

BÁRBARA GOMES FAZENDO AS HOMENAGENS DA NOITE
CERIMONIALISTAS ARNALDO E EDINÉIA LEÃO, PROFESSOR MÁRCIO SANTA ROSA E ESPOSA
 
EDINÉIA LEÃO E O PREFEITO JUNHÃO

ARNALDO LEÃO E O PREFEITO JUNHÃO

OS CERIMONIALISTAS ARNALDO E EDINÉIA LEÃO E O PREFEITO JUNHÃO
PADRE VALDECIR, PREFEITO JUNHÃO, VEREADORA HEBE E O EX. PREFEITO DE OURÉM ZOÉ SAAVEDRA

ARNALDO E EDINÉIA LEÃO, CERIMONIALISTAS DO EVENTO

PROFESSOR ANTONIO E OS CERIMONIALISTAS ARNALDO E EDINÉIA LEÃO

sexta-feira, 28 de março de 2014

PREFEITA DIANA E DEPUTADO BELO, RECADASTRARAM SEUS TÍTULOS ELEITORAIS!!!


SIGA O EXEMPLO DA PREFEITA ANTONIA MOTA DIANA DE OLIVEIRA E DE SEU ESPOSO O DEPUTADO BELO, OS DOIS JÁ RECASDASTRARAM SEUS TÍTULOS E ESTÃO ÁPTOS PARA CONTINUAR FORTALECENDO A DEMOCRACIA.






O RECADASTRAMENTO BIOMÉTRICO ESTÁ CHEGANDO AO FINAL!!!





AINDA DÁ TEMPO, FAÇA O SEU RECADASTRAMENTO BIOMÉTRICO E AJUDE NO FORTALECIMENTO DA DEMOCRACIA.




AINDA TEM UMA SEMANA PARA OS ELEITORES QUE AINDA NÃO FIZERAM O RECADASTRAMENTO BIOMÉTRICO PROCURAREM O CARTÓRIO ELEITORAL E REALIZAR A AÇÃO QUE LEVA MENOS DE DEZ MINUTOS, FAZENDO O SEU RECADASTRAMENTO VOCÊ ESTÁ ÁPTO PARA CONTINUAR AJUDANDO NO FORTALECIMENTO DA NOSSA DEMOCRECIA.

A REPORTAGEM DO BLOG DO ARNALDO ESTEVE NO CARTÓRIO ELEITORAL E PEGOU ALGUMAS INFORMAÇÕES SOBRE O RERCADASTRAMENTO BIOMÉTRICO, POR DIA O CARTÓRIO ELEITORAL ESTÁ ATENDENDO ENTRE TREZENTAS E QUATROCENTRAS PESSOAS, AO TODO JÁ FORAM RECADASTRADOS CERCA DE 77, 54% DO ELEITORADO POCENSE, O QUE CORRESPONDE A 27, 807 ELEITORES, SEGUNDO O CHEFE DE CARTÓRIO EM EXERCÍCIO A META É RECADASTRAR MAIS DE 80% DO ELEITORADO DE CAPITÃO POÇO.

CASO VOCÊ NÃO FAÇA SEU RECADASTRAMENTO, SEU TÍTULO VAI SER CANCELADO E VOCÊ VAI FICAR IMPEDIDO DE UMA SÉRIE DE COISAS, ENTRE ELAS DE FAZER CONCURSO PÚBLICO, TIRAR PASSAPOT , CONCORRER A CARGOS ELETIVOS, (SER CANDIDATO) E OUTROS.

BLOG DO ARNALDO LEÃO!!!



















quinta-feira, 27 de março de 2014

PARA MEDITAR!!!

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PERTO DE MORRER, UM HOMEM FEZ 3 PEDIDOS
1) Que seu caixão fosse carregado pelos melhores médicos da época.
2) Que os tesouros que tinha, fossem espalhados pelo caminho até seu tumulo.
3) Que suas mãos ficassem no ar, fora do tumulo e a vista de todos.
Alguém surpreso perguntou: Quais são os motivos?
Ele respondeu:
1) Eu quero que os melhores médicos carreguem meu caixão, para mostrar que eles não têm o poder de curar na face da morte.
2) Quero que o chão seja coberto pelos meus tesouros, para que todos possam ver que os bens materiais aqui conquistados, aqui ficam.
3) Eu quero que minhas mãos fiquem para fora do caixão, de modo que as pessoas possam ver que viemos com as mãos vazias, e saímos de mãos vazias, para morrer você não leva nada material ...

"TEMPO" é um tesouro precioso que nós temos. Podemos produzir mais dinheiro, mas não mais tempo!
O melhor presente que você pode dar a alguém é o seu tempo! Dedique mais do seu tempo para sua FAMÍLIA.

A PRIMEIRA MULHER A SER ELEITA NO BRASIL!!!

A primeira mulher eleita na história política do Brasil

 
Carlota de Queiroz - A única mulher entre 254 homens na Câmara dos Deputados, em 1934
 
 
 
A primeira mulher eleita na história política do Brasil

A primeira eleita

“Há 76 anos, Carlota Pereira de Queiroz abria os caminhos para a igualdade de gênero no País e a entrada da mulher na política brasileira

Jorge Caldeira

Carlota Pereira de Queiroz (1892-1982) foi a primeira mulher a ser eleita no Brasil para a Constituinte de 1934. Médica, ficou conhecida por seu trabalho durante a Revolução de 1932, quando organizou o atendimento aos combatentes feridos. Na esteira dessa revolução, foram convocadas eleições, as primeiras nas quais mulheres puderam votar e serem votadas.

Do trabalho dos congressistas, resultou a primeira Constituição em que os direitos da mulher se equiparavam formalmente aos dos homens. Ao final dos trabalhos, Carlota Pereira de Queiroz fez um discurso, do qual foi retirado o trecho ao lado, avaliando os avanços na condição da mulher:

"Ao ocupar novamente a tribuna desta Casa, a que muito me honro de pertencer, sejam as minhas primeiras palavras de regozijo, por ver, definitivamente, confirmada, entre nós, a colaboração da mulher na política do País, com a eleição de várias representantes femininas para as assembléias constituintes estaduais.

Coube-me o privilégio de ser a iniciadora dessa nova época. Coincidência apenas, nada mais. Há sempre uma série de fatores que preparam um fenômeno social, e só a casualidade faz com que seja este ou aquele o primeiro por ele atingido. O indivíduo, em tais situações, nada significa, nunca se trata de uma consagração pessoal. No caso em questão, foi exatamente o que se deu.

Situações como essa, em que me vi arrastada pela deliberação coletiva de um povo, que, por força de circunstâncias, me elegeu como sua primeira representante feminina para o Parlamento, caberiam melhor a espíritos combativos, que se lançassem na luta, com largas visões de futuro. Mas nunca foi esse o meu feitio. E, receosa de vir a prejudicar até o êxito futuro dessa causa tão promissora, procurei agir com prudência, para que ela viesse a realizar um dia os altos fins a que estava destinada. Agora, sentindo já a continuação dessa modesta obra de principiante, sinto-me quase envaidecida da missão que me coube preencher.

Perdoem-me, portanto, as minhas colegas femininas, se cheguei a desapontá-las com o meu modo de agir, apagado e tranquilo, que lhes há de ter parecido até de todo improdutivo... Não me acodem remorsos neste momento, porque já me é dado contemplar, cheia de orgulho, as minhas continuadoras. Ao menos, prestei-lhes o serviço de não lhes perturbar a marcha triunfante...

Embora não me arrogue direitos de líder feminista, mesmo porque sempre fui contrária às organizações partidárias exclusivamente femininas, cabe-me hoje uma pequena responsabilidade no modo por que foi orientada, no seu início, a colaboração da mulher na política, entre nós. E, por essa razão, sinto-me obrigada a fazer algumas considerações a respeito da situação da mulher, em face da nova Constituição Brasileira. Justifica essa minha atitude um artigo recentemente publicado na revista americana Equal Rights, da Comissão Interamericana de Mulheres, que acabo de receber dos Estados Unidos. Esse fato levou-me à convicção de que o posto de única mulher eleita é de repercussão muito maior do que parecia ter à primeira vista, porque representa um passo a mais na evolução de um problema mundial. Assinado pelas senhoras Helen Will Wood e Betty Gram Swing, membros da Comissão Intercontinental de Ratificação e Adesão, representa o referido artigo, intitulado "An Appraisal of the New Constitution of Brazil", uma grande deferência prestada por aquela agremiação à nova Constituição brasileira. E, em homenagem à sua diretoria, que assim nos distingue, é que dele me ocupo perante esta Assembléia.

Em relação ao sufrágio universal, aos direitos e garantias dos cidadãos e à legislação do trabalho, consideram, aquelas autoras americanas, que a Constituição brasileira alcançou fins muito elevados. Julgam-na demasiado longa, mas bastante clara. Afirmam ainda que é obra de um povo progressista e amante da liberdade, porque reconhece a igualdade de todos perante a lei, permite às mulheres o exercício de cargos públicos, institui o concurso obrigatório para admissão aos mesmos e favorece a completa expansão cultural da mulher, admitindo-a nos cursos universitários.

Essa opinião, por todos os modos respeitável, sobre o assunto precisa acabar por nos convencer, a nós, mulheres brasileiras, de que o chamado problema do 'feminismo' deixou de existir entre nós com a promulgação da nova Constituição."

Claro, ainda haveria um longo caminho até a Presidência da República. Mas, como dizia Mao Tse Tung: "Toda longa marcha começa com um primeiro passo".

O texto acima faz parte do livro Brasil - A História Contada por Quem Viu, organizado por Jorge Caldeira e publicado pela Editora Mameluco.”

Fonte: Revista Brasileiros – Edição 41 – dezembro 2010

A MULHER NA POLÍTICA BRASILEIRA!!!

82 anos antes de Dilma, Alzira Soriano abriu espaço feminino no Executivo

Em 1928, Alzira foi eleita prefeita no RN, a primeira da América Latina.
Confira histórico das primeiras mulheres no comando da política nacional.

Marília Juste Do G1, em São Paulo

Alzira Soriano, a primeira mulher eleita para um cargo executivo no país 
Alzira Soriano, a primeira mulher eleita para um
cargo executivo no país (Foto: Arquivo Pessoal)

Mais de 80 anos antes de Dilma Rousseff ser eleita a primeira mulher presidente do Brasil, Alzira Soriano foi a primeira escolhida pelo povo para um cargo executivo no país – quando mulheres nem sequer tinham o direito de votar. Em 1928, Alzira, viúva e mãe de três filhas, conquistou 60% dos votos e em 1º de janeiro do ano seguinte foi empossada prefeita de Lajes, no Rio de Grande do Norte. Foi a primeira mulher da América Latina a assumir o governo de uma cidade, segundo notícia publicada na época pelo jornal americano “The New York Times”.
A distância no tempo não é apenas grande entre Alzira e Dilma, mas entre ela e todas as outras mulheres que assumiram cargos executivos no país. A primeira prefeita de uma capital, Maria Luiza Fontenele, de Fortaleza, tomou posse 57 anos depois de Alzira, em 1986. A primeira governadora, Iolanda Fleming, do Acre, em maio do mesmo ano. A primeira prefeita da maior cidade do país, Luiza Erundina, em 1989.
Além de uma bisneta de Alzira, Maria Luiza Fontenele, Iolanda Fleming, Luiza Erundina e duas cientistas políticas conversaram com o G1 e deram suas avaliações sobre o papel das mulheres brasileiras no Executivo.
“Alzira foi uma mulher à frente de seu tempo, que empurrou a história do país para frente”, diz Erundina, que atualmente é deputada federal. “Toda a evolução da participação da mulher na política brasileira nasce com a ousadia dela”, afirma.
A bisneta da primeira prefeita, a médica Lana Patrícia, de 40 anos, não chegou a conhecê-la pessoalmente, mas sabe bem as histórias sobre a personalidade da primeira prefeita. “Ela não levava desaforo para casa. Era uma mulher muito rígida, muito séria, que comandava com respeito”, conta.
“Depois de prefeita, ela ainda foi eleita vereadora. Não era o comum da época, mas ela não se importava com nada disso”, diz Lana. A família guarda as históricas fotos de Alzira Soriano. Em uma delas, a prefeita aparece em meio ao seu gabinete formado exclusivamente de homens.
Alzira Soriano em seu gabinete no governo de LajesAlzira Soriano em seu gabinete no governo de Lajes (Foto: Arquivo Pessoal)

Alzira ficou apenas um ano no cargo, pelo então Partido Republicano. Em 1930, descontente com a eleição de Getúlio Vargas, ela deixou a função. Apenas dois anos depois disso, em 1932, mulheres conquistariam o direito de votar.

“O voto feminino no Brasil foi conseguido muito tardiamente”, avalia a cientista política Jussara Prá, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). “Mesmo depois dessa conquista, a restrição ao voto dos analfabetos limitou muito o voto das mulheres – que, em sua maioria, não estudavam. A participação das mulheres cresceu depois dos anos 70”, explica.
Nota no jornal americano 'New York Times' sobre a eleição de Alzira SorianoNota no jornal americano 'New York Times'
sobre a eleição de Alzira Soriano
(Foto: Reprodução/NYT)

E mesmo após os anos 1970, segundo ela, o voto da mulher era marcado pelo conservadorismo e pela resistência a apostar em algo novo. “Ainda hoje há essa cultura de que mulher não vota em mulher e que política é assunto de homem. Temos muitos casos de representantes ligadas a características masculinas – com o traço da cultura política, que é masculina”, afirma Jussara Prá.
Para Maria Luiza Fontenele, primeira prefeita de uma capital, pelo PT, a experiência rendeu apenas desilusão. Oriunda do movimento estudantil e de organizações feministas, ela conta que mudou sua visão da política após a passagem pela prefeitura de Fortaleza, marcada por intensas greves e protestos violentos.

“Descobri que não adiantava apenas ser honesta e querer o melhor para o povo, porque a lógica do sistema é contrária a isso”, afirma. “A experiência da prefeitura me ajudou a perceber que as coisas não mudavam não porque nós, mulheres, não tínhamos poder. Não era questão de ter poder”, afirma.
Maria Luiza deixou a política e hoje participa de um grupo chamado “Crítica Radical”, que prega “uma nova força de organização das relações humanas.” Para ela, a eleição de Dilma Rousseff tem “pouco impacto.” “Achar que uma mulher no Brasil, como um negro nos Estados Unidos, vá mudar alguma coisa é ingenuidade,” diz.
(Arte/G1)
Para a primeira mulher a tomar posse de um governo estadual, no entanto, a avaliação é diferente. Iolanda Fleming, do PTB, foi eleita vice-governadora do Acre em 1983. Quando o governador Nabor Júnior deixou o cargo em 1986 para disputar o Senado, ela se tornou a primeira mulher a governar um estado brasileiro – mais tarde, em 1995, Roseana Sarney, do Maranhão, se tornou a primeira governadora eleita do país.
“Enfrentei dificuldades e, não vou mentir, preconceito”, conta. “Mas tive o apoio bem próximo do movimento feminista e conseguimos superar o atraso na mentalidade de alguns para fazer um bom governo”, afirma.
A ex-prefeita Luiza Erundina também revela preconceito – um “preconceito triplo”. “Somam-se em mim várias características: eu sou mulher, nordestina e de esquerda”, conta. “Tudo isso dificultava as pessoas a enxergarem o momento histórico que era ter uma mulher na prefeitura de São Paulo”, conta a deputada reeleita em 2010, agora no PSB.
Erundina afirma que sofreu com o machismo até mesmo dentro de seu então partido, o PT. “Os dirigentes do partido não esperavam que eu vencesse a prévia. Depois, que eu vencesse a eleição. Foi um momento complicado”, afirma.
Para ela, o PT e a sociedade brasileira evoluíram muito até a eleição de Dilma Rousseff. “Vão aí 20 anos e 20 anos de muitas mudanças. Mas ainda assim é um processo lento. Se você vir a eleição da Alzira até hoje, são 82 anos”, conta.
A cientista política Maria do Socorro Souza Braga, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), concorda. “O Brasil demorou muito para levar uma mulher à presidência. Argentina, Chile, Nicarágua fizeram isso antes. Nesses 80 anos, o país se modernizou em muitas áreas, mas essa questão demorou.”
Dilma Rousseff 
Dilma Rousseff, a primeira presidente do Brasil
(Foto: Roberto Stuckert Filho)
Erundina comemorou a eleição de Dilma. “É uma mulher presidente e não é qualquer mulher. É uma mulher que tem o histórico, a competência e a responsabilidade de Dilma Rousseff. É um momento muito importante para a história do Brasil e a para a história das mulheres do Brasil”, diz ela.
“É para celebrar. No entanto, não podemos ter a ilusão de que, por isso, as mulheres conquistaram a igualdade. As mulheres ainda são menos de 9% da Câmara dos Deputados e a nossa representação caiu. Na Argentina, as mulheres são 40% da Câmara”, afirma.
Jussara Prá faz a mesma avaliação. “No Brasil, ainda há uma sub-representação da mulher nos cargos políticos”, afirma. “Em países nórdicos, por exemplo, há uma equiparação de homens e mulheres nos órgãos representativos. A Argentina, aqui do lado, é mais avançada com relação a isso. O Brasil é dos mais atrasados”, diz.
Maria do Socorro Braga diz que o governo Dilma será “muito simbólico”. “Por tudo isso, Dilma tem a responsabilidade de mostrar que é capaz. Aos homens, que pode governar como eles e às mulheres de que outras também podem. Será um exemplo para as próximas que virão”, afirma.