O Restaurante Popular Desembargador Paulo Frota, localizado no bairro Campina, é um importante instrumento de segurança alimentar do município de Belém. Totalmente reformado pelo prefeito Edmilson Rodrigues, o órgão oferecia diariamente, até o final de 2024, mais de 1.200 refeições balanceadas a R$2 reais, para um público formado por trabalhadores do centro comercial, idosos, pessoas com deficiência e pessoas em situação de rua.
Oferecia. Porque as pessoas que têm procurado o Restaurante, neste início de 2025, estão encontrando o local com as portas fechadas. O contrato com a empresa CZN (Corrêa e Reis Ltda), escolhida por licitação, terminou em 31 de janeiro de 2025, e o atual prefeito Igor Normando, que poderia estender sua vigência pelo tempo necessário para um novo processo licitatório, através de aditivo – como aliás, foi feito em 2021 – decidiu, ao que tudo indica, deixar as pessoas em vulnerabilidade social que dependem do Restaurante, passando fome.
A própria Prefeitura de Belém, em placa afixada no local, admite o fim do contrato em 31 de janeiro de 2025, mas responsabiliza a gestão que terminou em 31 de dezembro de 2024 pela não renovação do que terminaria um mês depois, já com o novo prefeito eleito.
As refeições tinham valor subsidiado pela Prefeitura em R$ 9,30 por refeição, ou seja, o custo real de cada refeição era de R$ 11,30, mas a população pagava somente R$ 2,00 por unidade. No Orçamento de 2025 – que só a atual gestão pode executar – , cerca de 3,5 milhões do Fundo Ver-o-Sol/Banco do Povo foram previstos para o funcionamento do Restaurante Popular. Então, também não se trata de falta de recursos.
Pela irresponsabilidade e falta de vontade política da atual gestão, os mais de 1.200 usuários do Restaurante Popular não sabem quando terão a garantia do direito básico à alimentação novamente.
Fonte: Blog Ponto de Pauta !!!