segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Ariaú Amazon Towers: Hotel fantasma no meio da selva!!!



Considerado o maior hotel de selva do mundo, o Ariaú Amazon Tower, que já hospedou as maiores personalidades do mundo, agoniza e vive um fim melancólico, entre brigas judicias de herdeiros e atolado em dívidas.

Ariaú Amazon Tower

Reportagem: Mário Adolfo - Jornal 'Em Tempo'
Fotografia: Ricardo Oliveira


 A macaquinha Caiarara, uma espécie exclusivamente brasileira que está na lista de extinção, continua vindo comer sementes de girassol na mão da funcionária Lídia, todos os dias, por volta das 11h. Da mesma forma, as araras mantêm o ritual de logo ao amanhecer vir comer castanhas na mão da mesma funcionária, no deck que dá acesso ao hotel. O lanche é repetido no final da tarde. Os animais e os poucos funcionários são os únicos que parecem não ter abandonado o Ariaú Amazon Tower, que um dia já foi o maior hotel de selva da Amazônia.

Praticamente abandonado desde setembro do ano passado, quando recebeu a última visita de seu criador e proprietário, o empresário Ritta Bernadino, Ariaú tem uma dívida milionária com a Petrobras Distribuidora, que chega a R$ 1,5 milhão, motivo suficiente para que o Tribunal de Justiça do Amazonas (Tjam) o colocasse em leilão ao menos por duas vezes, pelo valor de 26 milhões. Esforço inútil, não apareceu comprador.

A dívida com a estatal não é o único problema do hotel. Um briga entre os herdeiros do empresário Francisco Ritta Bernadino também tornou inviável levar o empreendimento em frente. Isso desgostou Ritta, que estaria sofrendo pressão para vender o hotel e se recusa.

Com a falta de manutenção, passarelas que interligavam o complexo desabaram.

Para conferir o que se fala de boca em boca em Manaus, sobre o "fim do melancólico do Ariaú", uma equipe do jornal impresso 'EM TEMPO'  foi ao hotel. E o que eles encontraram? Um quadro desolador e decadente. Hoje, o Ariaú, que já hospedou o ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter, o oceanógrafo francês Jacques Cousteau, o fundador da Microsoft Bill Gates, os atores John Voight e Jennifer Lopez, o rei Juan Carlos e a rainha Sofia, da Espanha, o ex-chanceler alemão Helmut Kohl, a banda Scorpions - só para citar algumas celebridades mundiais - , é um espectro do que já foi um dia. As passarelas de madeira, que interligavam as oito torres, apodreceram sob o rigoroso inverno amazônico e estão ruindo. As que sobrevivem à umidade estão cobertas de folhas mortas e lodo. É perigoso até mesmo caminhar sobre elas. Duas torres, a de nº 1 e a de nº 3, estão comprometidas e serão demolidas.

Os demais apartamentos que ainda estão arrumados desde que o último hóspede partiu, estão impregnados do cheiro do mofo e ocupados por aranhas e outros insetos, os únicos hospedes no momento. Também há cupim corroendo vorazmente o mais ousado sonho do turismo de selva. Sem manutenção, volta e meia o hotel fica sem energia elétrica, pois a ventania dos temporais derruba galhos de árvores sobre a rede elétrica que leva energia do município de Iranduba. E não há eletricista para fazer a manutenção.

Quem um dia já se hospedou no Ariaú Amazon Tower - encravado no coração da maior floresta tropical do mundo -  e viu a natureza em festa, com turistas do mundo inteiro transitando de um torre para outra em pontes armadas sobre as copas das árvores com a música nativa e o canto de pássaros invadindo o ambiente. Saboreou sucos exóticos e delícias da curiosa cozinha amazônica e percorreu de voadeira o espelho d´água do rio Ariaú , com certeza não conseguirá segurar as lágrimas ao deitar os olhos sobre um hotel fantasma abandonado no meio da floresta. É de cortar o coração.

É isso que acontece com o gerente Raimundo Delgado, que ao ser perguntado como se sente ao ver o Ariaú nesse estado, começa a chorar. "Isso aqui é minha casa, me criei aqui dentro. E quem gosta de ver sua casa desarrumada, abandonada, triste? Entrei adolescente, como auxiliar de serviços-gerais, e lutei 21 anos para chegar a gerência, o meu grande sonho", conta o gerente, cujos traços do rosto revelam a descendência indígena.

OS GUARDIÕES FIÉIS DO ARIAÚ TOWERS

O gerente "Praia" chora ao falar sobre o esforço para salvar o hotel

 O Ariaú Amazon Towers está completamente abandonado? Em parte, não. Um grupo de 35 funcionários - dos 140 que já teve um dia - tenta manter o que ainda não entrou em processo de deteriorização, já que o hotel é todo de madeira e tem as vigas de seus alicerces mergulhadas nas águas do rio e as acomodações construídas acima das copas das árvores.

Liderados pelo gerente "Praia" (Raimundo Delgado), eles resistem. Mesmo sem receber seus salários há quatro meses, mesmo com a dispensa vazia. "Estamos nos alimentando com sopa de piranhas quase todos os dias", revela uma funcionária que preferiu não se identificar.

"Praia" diz que está "doente da alma", completamente arrasado pela situação em que se encontra o hotel. Ele procura manter a rotina que vem cumprindo há 21 anos. Acorda cedo, "fala com os bichos", verifica se o telefone está funcionando - pois ele já não toca como antigamente-, e abre as portas da recepção, da lojinha de artesanato para sair o odor e as do restaurante. Outra coisa que ele gosta de fazer é limpar as placas com os nomes famosos entalhados na madeira, dos que já se hospedaram no Ariaú.

O gerente já viu muita coisa passar a sua frente, personalidades do mundo inteiro, festas de réveillon e de carnaval memoráveis. Filmes como 'Anaconda' e a famosa série 'Suvivor'. o reality show da rede de tv estadunidense CBS. Por saber que o turismo é um dos principais setores atingidos de morte pela crise econômica que passa pelo Brasil, ele não acredita que o Ariaú possa retornar aos velhos tempos.

"Hoje me sinto muito triste. Pelo que vivi aqui, este é um fim muito dolorido", diz, com as lágrimas escorrendo sobre a face.

"Retomar o que o hotel já foi é muito difícil. Os tempos são outros, vivemos uma crise que afeta o turismo e tem consequência para todos nós. Mas enquanto der, vamos procurar alimentar a esperança, cuidando do que ainda resta.

JACQUES COUSTEAU DEU A DICA. RITTA APOSTOU

Ariaú
Ritta Bernardino
 Visto do alto, o hotel Ariaú Amazon Towers parece uma nave mãe - até pela forma cilíndrica de suas torres - pousada sobre as copas das arvores da maior floresta tropical do planeta. Já foi considerado o maior complexo hoteleiro de selva do mundo, liderando o ecoturismo nas décadas de 1980, 1990 e metade dos anos 2000. Já chegou a hospedar em um único fim de semana quase 700 hóspedes vindos de outros Estados do Brasil e do mundo inteiro, em 360 apartamentos distribuídos em oito torres.

O Ariaú Amazon Towers foi idealizado em 1982. Nasceu sob as bênçãos do famoso oceanógrafo Jacques Cousteau , que em sua visita à Amazônia conheceu o empresário Francisco Ritta Bernadino, um apaixonado pela Amazônia.

Mas aquele contato com Cousteau foi apenas a semente para fazer aflorar o sonho de Ritta, que só tirou o projeto do papel e da cabeça em 1986, quando abriu, de forma pioneira, o maior e mais ousado complexo hoteleiro na modalidade de ecoturismo.

Construido sobre palafitas ao nível das copas das árvores - técnica muito utilizada pelos índios da Amazônia -, o Ariaú foi surgindo em uma faixa de floresta no município de Iranduba (27 quilômetros de Manaus), dentro de uma unidade de conservação estadual, a 6 quilômetros de distância  do Parque Nacional de Anavilhanas. 

Rapidamente, o hotel ganhou fama. Hospedar-se no Ariaú, no meio da selva, convivendo com bichos, fazendo focagem de jacaré, nadando com botos e caminhando no meio da floresta, passou a ser uma aventura excitante que atraía turistas de todas as partes do planeta.

E depois, a arquitetura regional, única no mundo chama a atenção. No pico, o Ariaú chegou a ter 360 apartamentos distribuídos em oito torres construidas com madeira, incrustadas sobre a selva amazônica. Com a localização estratégica, o próprio acesso ao hotel - feito por transporte fluvial ou aéreo - representava uma fascinante aventura, porque, de forma confortável e segura, era possível desfrutar de fascinantes vistas da exuberante floresta e toda a biodiversidade do lugar. 

Além da oportunidade de conviver com o paraíso ecológico de valor inestimável pela rica biodiversidade do local e a diferenciada obra arquitetônica regional, clientes e hospedes poderiam usufruir de infraestrutura composta por restaurantes - com a incrível cozinha regional regional a base de peixes e frutas exóticas -, bares, piscinas, salões de convenções, fitness, salão de beleza, carrinhos de golf, dispondo por 24 horas de funcionários qualificados e guias regionais bilíngues, para acompanhar os hóspedes durante as aventuras na selva amazônica. E qual o gringo que não queria viver esse raro privilégio?

TINHA ATÉ HELIPONTO E CASA DO TARZAN

A histórica torre nº 1 ganhou varal de roupas, no lugar das bandeiras de todos os países.

Apesar do estado de abandono, é possível observar o espírito empreendedor de Ritta Bernardino em cada detalhe do hotel. Uma caminhada pelas pontes de madeira e cordas que interligam as torres - ou interligavam, já que algumas desabaram - mostra o espírito inquieto e inovador do empresário que surpreendeu o setor hoteleiro do mundo em 1986, ao apresentar o seu ousado hotel, algo nunca visto antes.

Tudo começou pela torre número 1, que recepcionava os turistas exibindo bandeiras do mundo inteiro e onde o turista recebia um colar indígena em um coquetel feito com frutas da região.

Hoje esta torre está marcada para ser demolida, pois está completamente comprometida, como a passarela que a interligava com o restaurante do complexo hoteleiro. No lugar das bandeiras, roupas estendidas em um varal improvisado dão um aspecto de favela.

Além disso, havia os apartamentos temáticos, como as exóticas casa do Tarzan, construídas sobre as frondosas árvores centenárias da selva amazônica, a pirâmide para meditação, uma torre em homenagem ao jornal '"Folha de São Paulo", heliponto e pasmem, um "óvniporto"

Confira o que oferecia o Ariáu Towers, antes desse período de degradação:

  • Auditório;
  • Restaurante;
  • Pirâmide na Selva;
  • A Casa da Jane;
  • Óvniporto;
  • Bar do Chapéu;
  • Piscina;
  • Lago do Tambaqui;
  • Museu do Ariaú Towers Hotel;
  • Quadra Poliesportiva;
  • Heliponto;
  • Lojas do Hotel (Conveniências, Artesanato Amazônico, Artesanato Brasileiro e Pedras Brasileiras)
GALERIA DE IMAGENS 






















































 







    Mergulhado em dívidas, hotel Ariaú está desaparecendo em meio à floresta

    Ex-funcionário recorda com saudade do hotel de selva que foi um dos principais divulgadores do Amazonas para o mundo
    MANAUS - AM 27/01/2017 - HOTEL ARIAU ABANDONADO E OCUPADO POR EX FUNCIONÁRIOS. FOTO: MARCIO SILVA/ACRÍTICA
    MANAUS – AM 27/01/2017 – HOTEL ARIAU ABANDONADO E OCUPADO POR EX FUNCIONÁRIOS. FOTO: MARCIO SILVA/ACRÍTICA
    Em um dos braços que cortam o rio Ariaú, o barqueiro Fábio Júnior Rodrigues reduz a velocidade do motor e pede permissão para parar. Com um remo, ele puxa um pedaço de madeira que avistou em meio a um tapete verde de canarana. Tratava-se de mais uma das milhares de placas entalhadas com nomes de hóspedes que visitaram o Ariaú Amazon Towers.
    Na placa resgatada estavam os nomes de Fátima e Paulo Petracha, moradores do Município de Taquaritinga, em São Paulo. Eles passaram a lua de mel em um dos apartamentos entre as copas das árvores – chamadas ‘Casa do Tarzan’ – em 2002, conforme informações registradas no pedaço de madeira. Eles nem imaginam, mas o objeto de recordação agora vai enfeitar a parede da casa de Fábio, que, aos 32 anos, se considera um dos “órfãos” do hotel Ariaú.
    “Eu comecei aqui com 17 anos, fiquei no lugar do meu pai, que era canoeiro. Depois acharam que era melhor eu ser guia de selva, passei um tempo como guia e fui para a função de instrutor dos botos. Foram 15 anos trabalhando, mas eu praticamente cresci no hotel por causa do meu pai”, relembra.
    Esta é a segunda vez que o barqueiro é personagem de uma reportagem. Na primeira, concedida a um jornal de São Paulo há quase dez anos, ele falou sobre como imaginava a população ribeirinha da Amazônia no futuro. “Eu tinha que falar como via meus filhos futuramente aqui na região. Mas nem nas minhas piores previsões eu imaginava que viveria para ver o que está acontecendo”, disse, sentado na proa do barco de onde atualmente tira seu sustento.
    “Quando o hotel começou a ficar deste jeito, abandonado, abalou muita gente daqui porque a maioria dos funcionários eram ribeirinhos. Quando fechou foi uma coisa muito triste para nós. Eu não arrumei mais outro emprego depois disso e fui trabalhar por conta própria”.
    Dois anos antes da falência da empresa, já observando a situação financeira, redução no número de hóspedes e salários atrasados constantemente, Fábio começou a produzir cartões com o número do seu celular rural e distribuiu aos conhecidos. “Por isso hoje eu ainda trabalho nesse ramo, mas com meu barco próprio. Hoje em dia muita gente tem meu contato por causa dos clientes que conheci na época do hotel, mas não é a mesma coisa”.
    ‘Mais que um salário’
    Para Fábio, o hotel representava muito mais que um salário no final do mês: movimentava a economia da região do rio Ariaú e de pouco mais de dez comunidades do entorno. Além da produção de tijolos, um trabalho pesado e principal atividade desenvolvida naquela região, o hotel era o segundo maior gerador de empregos. “Famílias inteiras trabalhavam lá”.
    Embora impactado com a falência do empreendimento, que durante décadas foi a porta de entrada para o turismo de selva no Amazonas, o barqueiro recorda com carinho das histórias que marcaram a vida dele. Aos 25 anos, chegou a arrumar uma namorada paulista. Viajou para a “terra da garoa” duas vezes, enquanto a moça, chamada Denise, o visitou cinco vezes no hotel Ariaú durante um ano e meio de relacionamento. “Só terminou por causa da distância”, justifica.
    Além dele, outros funcionários recordam com gratidão dos momentos no Ariaú. “O hotel Ariaú registrou seu nome no mundo graças somente à força de vontade do Dr. Ritta Bernardino, que era um excelente empresário e que nunca teve apoio de ninguém, muito menos do governo federal, estadual ou municipal. Fico triste de ver um dos maiores divulgadores da Amazônia e do Amazonas destruído”, disse um ex-gerente, que preferiu não divulgar o nome por conta de um processo trabalhista que move contra a empresa.
    ‘O que mais marcou foi o triste fim’
    Enquanto nos levava até a pirâmide do hotel pelas passarelas que estão sendo tomadas pela floresta, o barqueiro Renan Estevan dos Santos, de 48 anos, contava histórias sobre o local. “Eram mais de oito quilômetros de passarelas, oito torres com quase 300 apartamentos. Tinha dia que este hotel estava com 800 hóspedes. Os funcionários só faltavam ficar doidos, mas era muito bom. Isso aqui vivia cheio”.
    Ele conta, com orgulho, que foi um dos primeiros funcionários do local. Na verdade, o hotel foi inaugurado em 1985 e, cinco anos depois, Renan assinava o contrato com a empresa, na função de barqueiro. “Em 1981 encontrei o doutor Ritta Bernardino (proprietário e fundador do hotel) por essas matas atrás de um terreno. Como eu também conhecia bem a área, o ajudei. Demorou cinco anos para ele construir a primeira torre e em 1990 passei a trabalhar para ele”.
    O empreendimento que ele viu ascender está em ruínas e sem receber manutenção. Hoje, as passarelas suspensas oferecem riscos a quem se atreve a caminhar sobre elas, com madeiras podres e pedaços de troncos obstruindo a passagem. Na recepção, algumas portas dos apartamentos que sobraram foram utilizadas no assoalho e os corrimões foram improvisados com as cabeceiras das camas. “Mas, ainda assim, continua exuberante”, comenta Renan sobre o hotel que foi palco de grandes produções cinematográficas nacionais e internacionais, como o filme norte-americano Anaconda.
    Entre os visitantes, destacam-se celebridades de Hollywood, como o ator Leonardo Di Caprio, o bilionário da tecnologia Bill Gates, o ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter, o ex-presidente da Alemanha Roman Herzog, Rei Juan Carlos e Rainha Sofia da Espanha, entre outras personalidades brasileiras e interncionais que passaram por ali.
    “A gente andava com um bocado de gente famosa. Mas quem eu gostei mesmo de acompanhar foi o ex-presidente Lula. Andei com ele por uns três dias depois de uma eleição em que ele perdeu para o Collor (em 1989). Ele veio esfriar a cabeça no Ariaú”, recorda o barqueiro.
    content_FLORESTA07777
    Renan Estevan se emociona ao passear pelo hotel que viu crescer (Foto: Márcio Silva)
    Pergunto ao Renan qual foi a lembrança mais marcante durante todos os anos em que ele trabalhou no hotel.  Imediatamente ele responde: “A história que me marcou é essa derrota do hotel.  O triste fim.  É uma tristeza para quem viu começar e está vendo isso se acabar”.
    Por: Luana Carvalho
    Fonte: A Crítica

    O ARIAÚ AMAZON TOWERS!!!

    À tarde saímos para a região do Rio Ariaú. Passamos pelos igarapés da região e pelo Rio Ariau até chegar ao icônico hotel de selva Ariaú Amazon Towers.
    Vista aérea do Hotel Ariaú Towers.
    Vista aérea do Hotel Ariaú Towers.
    O Hotel Ariaú Amazon Towers foi construído no meio da floresta, na beira de um igarapé do Rio Ariaú, que é afluente do Rio Negro. O complexo hoteleiro é formado por sete torres cilíndricas de tamanhos variados e dois mirantes com cobertura de sapê e construídos com madeiras tropicais. Possui 288 quartos.
    Uma das torres do Ariaú.
    Uma das torres do Ariaú.
    Foi um dos primeiros hotéis de Selva construídos na Amazônia e reinou durante muito tempo como o mais famoso e importante. Toda essa estrutura é interligada por uma extensa passarela de madeira, com aproximadamente 8 quilômetros e apoiada sobre palafitas com até 40 metros de altura.
    Quilômetros de passarelas interligam as torres do Ariaú.
    Quilômetros de passarelas interligam as torres do Ariaú.
    Lá de cima os hóspedes têm a sensação de estar no meio da floresta, pois circulam por entre as copas das árvores e têm visões de 360 graus. O Hotel proporciona excursões guiadas em canoas, de barco ou a pé, onde os hóspedes têm uma grande interação com a natureza.
    Os hóspedes interagem com a natureza.
    Os hóspedes interagem com a natureza.
    O Hotel foi inaugurado em 1986. Teve a sua época áurea nos anos 90, mas hoje enfrenta uma grande crise e aparenta uma imagem de decadência e abandono.
    O hotel está com um aspecto de decadência.
    O hotel está com um aspecto de decadência.
    Saimos do Ariaú e continuamos navegando por entre os igarapés e igapós. Paramos na beira de um deles para interagir com os macacos na beira do rio. Os guias oferecem bananas e eles sobem nos barcos. Os turistas fazem a festa em meio a gritos e cliques fotográficos.
    Os macacos entram nos barcos e interagem com os turistas.
    Os macacos entram nos barcos e interagem com os turistas.
    Vimos alguns bichos-preguiça no alto das árvores. Elas são exímias trepadeiras. Possuem longas garras em todos os dedos com os quais se penduram nos galhos das árvores. A “preguiça” tem um metabolismo muito baixo e por isso faz movimentos muito lentos. Se alimenta de folhas e frutos, vive no alto das árvores e raramente vai ao chão.
    O Bicho-preguiça na copa das árvores.
    O Bicho-preguiça na copa das árvores.
    Antes de voltar para o navio, paramos na casa de um caboclo na beira do Rio Ariaú onde interagimos com a família, que vive da extração da Castanha-do-Pará, açaí, cupuaçu, além de pequenos cultivos de subsistência onde plantam mandioca, e produzem farinha e tapioca.
    Casa de caboclo na beira do rio.
    Casa de caboclo na beira do rio.
    A Castanha-do-Pará.
    A Castanha-do-Pará.
    Depois de provar a tapioca e o açaí da família de caboclos, voltamos finalmente para o Iberostar Grand Amazon. No meio do rio, ainda chamou a atenção a circulação das canoas transportando os jovens para a escola.
    Barco transportando estudantes no Rio Ariaú.
    Barco transportando estudantes no Rio Ariaú.
    À noite saímos de barco mais uma vez, para uma programação típica da Amazônia, que é a focagem de jacarés. Os barcos entram nos igarapés, na noite escura e o guia ascende uma lanterna em direção à vegetação que fica sobre a água. A luz atinge os olhos dos jacarés, que brilham e podem ser vistos à distância.
    A focagem dos jacarés.
    A focagem dos jacarés.
    No meio do passeio, o nosso guia apanhou um filhote de jacaré que estava paralisado pela luz da lanterna e trouxe para o barco para que pudéssemos ver o bicho de perto. Depois o jacaré foi solto.
    O filhote de jacaré.
    O filhote de jacaré.