segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Grupo Artvidance Música Toma que toma Léo Santana!!!

É BOM SABER!!!




15 DE JANEIRO
Nesta data, em 1959, morria o engenheiro Bernardo Sayão, que foi atingido por um galho de árvore que despencou, enquanto construía a rodovia Belém--Brasília.
O presidente da República, Juscelino Kubitschek, deu à nossa BR o nome oficial de "Rodovia Bernardo Sayão".
Costumo dizer que Imperatriz foi fundada em 1852, por frei Manoel Procópio, e refundada com a construção da rodovia Belém--Brasília, no final da década de 1950 e início da década de 1960.
Sayão semeava estradas e colhia cidades...
* * *
Na "Enciclopédia de Imperatriz", que escrevi, tem um capítulo dedicado a Sayão, com textos, ilustrações, curiosidades. (Para eventuais interessados, ainda restam alguns poucos exemplares desse grande livro, com 600 páginas e quase 2 kg e meio de informações sobre o município).
EDMILSON SANCHES 
edmilsonsanches@uol.com.br

Fotos: Juscelino Kubitschek (à esquerda) e Bernardo Sayão e a cruz colocada no lugar "Ligação", no Pará, marcando o local onde Sayão foi atingido. Na outra foto, a "Enciclopédia de Imperatriz", de Edmilson Sanches.

É BOM SABER !!!









O Teatro São Cristóvão ou Teatro dos Pássaros é uma edificação de arquitetura art décor erguido em 1913 e inaugurado pela União dos Chauffeurs em 1958. Tem importância histórica, pois abrigou a antiga Associação dos Chauffers e que foi doado pela França no início do século passado. Em São Brás já foi uma referencia em teatro com vasta programação cultural. 
Foi palco artístico e de militância política contra a ditadura militar até 1970, quando passou ao desuso e, consequentemente, ao ostracismo. A perseguição da censura se devia ao posicionamento de muitos e as letras maliciosas das músicas.



O espaço era referência na apresentação de grupos de pássaros folclóricos nas décadas de 1950 a 70. Além disso, serviu de palco para shows de importantes nomes da música brasileira, como Roberto Carlos e Vinícius de Moraes.
Para entender a importância do espaço é preciso entender um pouco da cultura da opera dos pássaros, que só existe no Pará. A cordões dos pássaros juninos são uma especie de mini opera popular, com pequena orquestra. Hoje a festa dos pássaros ainda sobrevive com dificuldades com apoio de algumas instituições publicas.



O espaço tinha um grande palco, bar, e capacidade para mais de duzentas pessoas. São Cristóvão é santo padroeiro dos Chauffeurs. Em época em que o bairro crescia com a presença de espaços populares, São Cristóvão era referencia em Teatro e não longe dali ficava o Cinema Independência. Nos séculos passados quando os teatros eram referencia popular e a cidade tinha outros mais como o ao lado da prefeitura, o providencia.



Muita gente que passa pela Avenida Magalhães Barata entre as travessas 3 de Maio e 14 de Abril nem deve saber que a via abriga, por detrás de tapumes e muito lixo, um espaço que faz parte do passado cultural da cidade. Hoje é um reflexo do descaso, em um terreno abandonado, restou apenas a fachada da edificação original encoberta por mato.



No ano passado, o Ministério da Cultura aprovou um projeto com a liberação de R$ 4 milhões para a restauração da antiga sede da União Beneficente dos Chauffeurs do Pará e reconstrução do Teatro São Cristóvão. A obra é uma parceria entre os governos federal e estadual, por meio da Diretoria de Patrimônio da Secretaria de Estado de Cultura e, segundo projeto apresentado pelo secretário de Cultura Paulo Chaves ainda em janeiro deste ano, as intenções são muitas: após as obras, passaria a abrigar a sede da Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz e da Amazônia Jazz Band, e funcionaria como um Memorial dos Pássaros Juninos e da história da Associação de Chauffeurs, incluindo um espaço dedicado ao padroeiro, São Cristóvão além de teatro com capacidade para mais de 200 lugares.



O secretario de cultura Paulo Chaves promete entregar um espaço com melhor climatização e acústica original, além de uma reforma na altura do palco. As discussões foram feitas através da antiga ministra da cultura Marta Suplicy, durante sua vinda a Belém, e se estenderam a um encontro com assinatura do compromisso pelo então ministro Roberto Freire. Ainda em 2013 o processo de desapropriação do imóvel esteve em curso pela Secretaria de Obras Públicas do Estado, mas nada mais foi noticiado

quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Festa de São Benedito na Paroquia de Irituia, ontem e hoje!!!



Lembro que até os idos de 1970 a festividade era paroquial: a imagem do santo saía da Igreja Matriz sob intenso foguetório no dia 01/11, percorria todos os cantos do município visitando as casas onde os membros da equipe entoavam a folia do santo em latim, os visitados doavam donativos ou entregavam as prendas prometidas por graças alcançadas. Ao cair da tarde os foliões recolhiam-se em casa de promesseiros onde os vizinhos se reuniam para as “rezas” e para o lauto jantar oferecido pelo dono da casa. No dia seguinte a imagem, reiniciava a visita às casas.

Dois meses depois acontecia o retorno à cidade quando a imagem descia o rio em um “CASCO” enfeitado com bandeirolas, seguido por outras canoas a remo com os acompanhantes soltando foguetes, até o trapiche de onde o cortejo subia a ladeira para a Igreja Matriz.

Durante as 03 noites de arraial marreteiros, vendedores de comidas típicas, carrossel, barquinhos se instalavam na praça publica e em frente a igreja. No dia 06/01 saia a procissão pelas ruas. Na chegada o Vigário celebrava a Missa Solene e depois acontecia o leilão dos donativos, que eram arrematados por pessoas vindas em grande numero do interior, da cidade, da capital e de São Miguel do Guamá, distante 23 km pela estrada e mais de 3 horas de barco motor pelo rio Irituia. Às seis da tarde havia a derrubada do mastro, encimado por uma bandeirola com a imagem do santo, contendo folhas e muitas frutas dos quintais.

Durante os 03 dias da festa grupos pau e corda comandavam o “samba”, como era chamado o carimbó, em um salão próprio para a dança, próximo a igreja matriz. A festa durava três dias e três noites com o salão atopetado de gente. Pra não perder tempo as mães, que vinham do interior, atavam redes em uma área ao lado do salão de dança e caiam na folia junto com a família.
Detalhe: não havia desordem mesmo rolando muita gengibirra entre os dançantes.  

Hoje a festa tornou-se comunitária: acabaram-se as visitas às casas, minguaram os donativos e o leilão, apareceu o sorteio de brindes e dinheiro, o carimbó foi desassociado da festividade e poucos promesseiros participam da procissão, embora mantenham a devoção.

A duração dos festejos é de 01 semana: iniciou dia 07 e concluirá dia 14/01 e no mínimo serão celebradas 05 missas, a ultima no domingo concluindo a procissão saída da Igreja Matriz às 08 horas da manhã.

O carimbó tem seu festival próprio, este ano, de 19 a 21/01.

Por Assunção de Castro!!!