sábado, 1 de junho de 2013

DESCASO!!!

IML de Castanhal sofre com péssimas condições


IML de Castanhal sofre com péssimas condições (Foto: Paulo Alan Queiroz)
(Foto: Paulo Alan Queiroz)


O Instituto Médico Legal de Castanhal passa por uma crise do tamanho da responsabilidade que tem, em atender os mais de 58 municípios da região nordeste do Estado. Sem capacidade para atender todas as cidades, os corpos ficam jogados à espera de identificação e exames.

Com problemas na sala de refrigeração, onde são colocados os cadáveres, os corpos resgatados em crimes e acidentes ficam jogados no chão à espera do exame de necropsia. A geladeira do IML que deveria evitar a decomposição dos corpos e manter a sua preservação está quebrada, ou seja, mesmo estando guardados onde deveria ser um lugar adequado, os defuntos acabam entrando em decomposição causando transtornos aos moradores. “Tem dia que não aguentamos o odor que vem de lá (IML), é horrível! Já imaginou esse cheiro forte na hora da refeição? Não tem condições!”, disse Maria das Graças.

Segundo um funcionário que não quis se identificar, a geladeira do Instituto Médico Legal tem capacidade para apenas seis corpos. Em caso de muitas remoções as vítimas ficam à espera no chão ou numa sala fechada sem refrigeração. Quando o número de corpos ultrapassa os dez, o IML providencia o sepultamento dos corpos que não foram identificados pelas famílias. “Esperamos até sete dias para a identificação da família, caso não seja reconhecido, nós fazemos a coleta de material biológico para o exame de DNA, depois disso enterramos como indigente num espaço do cemitério que a prefeitura cedeu. A população tem que entender que somos responsáveis por cinquenta e oito municípios da região. Tem dia em que pegamos corpos em Tomé-Açu e levamos o dia inteiro devido à distância. Quando voltamos ainda temos que ir para outro município como Vigia, essa demora causa revolta na população e é isso que ela não entende”, disse.

O IML tem apenas duas equipes para atender os 58 municípios. O governo do Estado criou dois núcleos para amenizar o problema causado na regional, um em Bragança e outro em Paragominas, mas até pouco tempo atrás, segundo o funcionário, os resgates feitos em Rondon do Pará eram feitos pela equipe de Castanhal. “Cansamos de fazer remoção lá. Agora imagine percorrer todo esse trecho até o local do crime que muitas vezes é de difícil acesso? Agora quem faz esse tipo de serviço é o núcleo de Paragominas e às vezes trazem os corpos para Castanhal, acumulando ainda mais o número de corpos”, contou o funcionário.

De acordo com o funcionário, os problemas do IML devem ser resolvidos até o final do ano, quando serão inauguradas as novas instalações do prédio. As obras estão previstas para começar em julho. “Temos a promessa que vamos ter um novo ambiente de trabalho. Vamos ter uma geladeira com suporte adequado e melhores salas para agilizar os exames das pessoas. Queremos evitar transtornos tanto para quem procura o serviço, quanto para a população ao redor do prédio”, concluiu.

(Diário do Pará)

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