Se um filho vem quando se é adolescente, você vai ter dificuldades de estudar por alguns anos, vai precisar de ajuda dos familiares, participação do pai na vida do filho e na rotina com a criança/bebê.
Se você engravida com vinte e poucos, vai ter dificuldade de concluir a faculdade, de conseguir um emprego ou se manter nele, vai precisar de ajuda de familiares, amigos, participação do pai na vida do filho e na rotina com a criança/bebê.
Se você engravida com trinta e poucos, vai ter dificuldade de se consolidar no mercado de trabalho, conduzir uma pós, talvez seja demitida ou perca uma promoção, talvez peça demissão. Talvez precise trabalhar o dia inteiro para pagar outra pessoa para ficar com o filho, e ainda assim, será prejudicada na carreira. Vai precisar de todo apoio possível, compreensão no trabalho e participação do pai na vida do filho e na rotina com a criança/bebê.
Se você engravidar com quarenta e poucos, vai sentir um baque na vida profissional, ou vai sentir que não tem tempo suficiente perto do filho. Será cobrada em desempenho com muito mais rigor do que as pessoas que não tem filhos. Vai escutar que "gravidez não é doença", enquanto você limpa a boca suja de vômito no banheiro.Talvez seja demitida assim que acabar a licença maternidade. Vai precisar da participação do pai na vida do filho e na rotina com a criança/bebê, e de todo apoio logístico que puder.
Você decide não engravidar nunca e é taxada como defeituosa, imperfeita, que "nunca vai conhecer o maior amor do mundo".
Não existe "momento certo" ou "escolha errada", para cada pessoa vai ser melhor uma coisa diferente. Nossa sociedade pune todas as mães. Seja com o julgamento de não estar presente, seja com o desprezo por não ter um corpo de modelo e carreira competitiva-agressiva. Todas as mães são julgadas.
Acredito que o mais cruel fica nas costas das mães mais jovens, não por ser um "momento pior" nos estudos ou carreira. Por causa do estigma social. Preconceito. Moralismo.
Estudos e carreira saem prejudicados na maternidade sim, em qualquer momento da vida, pois todo o "peso" fica sobre os ombros maternos. Não dos homens. Não dá sociedade. Mas daquele único e solitário ser a quem é incumbido zelar por uma nova vida.
Quer ser mãe com 17, 25, 33, 41 anos. Mergulhe! Um grande abraço. No que pudermos nos apoiar, vamos nos apoiar.
Que possamos criar uma rede de mães de todas as mães, não só das "dentro dos padrões aceitáveis" de classe social, idade, hétero-casada do corpo saradão.
Elisa Lorena
Se você engravida com vinte e poucos, vai ter dificuldade de concluir a faculdade, de conseguir um emprego ou se manter nele, vai precisar de ajuda de familiares, amigos, participação do pai na vida do filho e na rotina com a criança/bebê.
Se você engravida com trinta e poucos, vai ter dificuldade de se consolidar no mercado de trabalho, conduzir uma pós, talvez seja demitida ou perca uma promoção, talvez peça demissão. Talvez precise trabalhar o dia inteiro para pagar outra pessoa para ficar com o filho, e ainda assim, será prejudicada na carreira. Vai precisar de todo apoio possível, compreensão no trabalho e participação do pai na vida do filho e na rotina com a criança/bebê.
Se você engravidar com quarenta e poucos, vai sentir um baque na vida profissional, ou vai sentir que não tem tempo suficiente perto do filho. Será cobrada em desempenho com muito mais rigor do que as pessoas que não tem filhos. Vai escutar que "gravidez não é doença", enquanto você limpa a boca suja de vômito no banheiro.Talvez seja demitida assim que acabar a licença maternidade. Vai precisar da participação do pai na vida do filho e na rotina com a criança/bebê, e de todo apoio logístico que puder.
Você decide não engravidar nunca e é taxada como defeituosa, imperfeita, que "nunca vai conhecer o maior amor do mundo".
Não existe "momento certo" ou "escolha errada", para cada pessoa vai ser melhor uma coisa diferente. Nossa sociedade pune todas as mães. Seja com o julgamento de não estar presente, seja com o desprezo por não ter um corpo de modelo e carreira competitiva-agressiva. Todas as mães são julgadas.
Acredito que o mais cruel fica nas costas das mães mais jovens, não por ser um "momento pior" nos estudos ou carreira. Por causa do estigma social. Preconceito. Moralismo.
Estudos e carreira saem prejudicados na maternidade sim, em qualquer momento da vida, pois todo o "peso" fica sobre os ombros maternos. Não dos homens. Não dá sociedade. Mas daquele único e solitário ser a quem é incumbido zelar por uma nova vida.
Quer ser mãe com 17, 25, 33, 41 anos. Mergulhe! Um grande abraço. No que pudermos nos apoiar, vamos nos apoiar.
Que possamos criar uma rede de mães de todas as mães, não só das "dentro dos padrões aceitáveis" de classe social, idade, hétero-casada do corpo saradão.
Elisa Lorena
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