O 19 de outubro é instituído Dia Internacional contra o Câncer de Mama. Para marcar a campanha Outubro Rosa, o grupo filantrópico Ação Pensando Bem, por sua diretora Gal Fernandes, procurou e obteve o apoio da Assembleia Legislativa a fim de registrar ato simbólico na luta contra o câncer de mama. Como é rotina há anos, este mês a iluminação do Palácio Cabanagem é cor de rosa e uma placa e um banner alusivos à campanha Outubro Rosa estão fixados na entrada principal do prédio. Funcionários da Casa foram convidados ao ato simbólico e o 1º secretário da Mesa Diretora, deputado Cássio Andrade, participou e recebeu em agradecimento um pergaminho assinado pela presidente do Grupo Ação Pensando Bem, Carmem Peixoto, que também recebi, na condição de secretária legislativa.
Conforme o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o Brasil somará cerca de 560 mil novos casos de câncer em 2018. Só o câncer de mama corresponde a 28% desse número. Mundialmente os dados também são alarmantes: o câncer de mama afeta 2,1 milhões de pessoas por ano e é o quinto que mais mata, de acordo com o Globocan 2018, estudo da Agência Internacional para a Pesquisa do Câncer.
Homens também têm glândulas mamárias. Apesar da baixa incidência, o câncer de mama masculino pode se manifestar e existe alto percentual de mortalidade. Segundo a American Cancer Society, cerca de 2.550 homens serão diagnosticados com câncer de mama invasivo e cerca de 480 morrerão a cada ano. Na maioria das vezes o diagnóstico é tardio, já que homens não costumam realizar a mamografia anualmente. Para detectar qualquer tipo de problema, é preciso o autoexame com frequência, principalmente depois dos 50 anos, faixa etária em que ocorrem mais casos.
Exercícios são fundamentais para a prevenção e tratamento. Estudo publicado na revista científica Cancer Epidemiology, feito pelo Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da USP, em parceria com as Universidades de Harvard, Cambridge e Queensland, mostrou que cerca de dez mil novos casos de câncer poderiam ser evitados com a prática da atividade física. O movimento regular faz com que sejam eliminadas do sangue as moléculas de gordura, chamadas lipídios, que servem de alimento para as células tumorais. A melhora nos índices de resposta contra o tumor de mama pode ser obtida a partir de mudanças leves na rotina, cerca de 150 minutos de atividade física semanal, ou seja, 20 minutos por dia já fazem a diferença.
Histórico de câncer de mama na família aumenta a probabilidade, mas não é fato que vá desenvolver a doença. Estima-se que entre 5 e 10% dos casos têm forte componente hereditário. Os testes genéticos podem auxiliar no diagnóstico precoce, mas são indicados apenas quando há alto risco de mutações associadas ao histórico familiar de câncer de mama em parentes próximos (mãe e/ou irmã) e que tenham apresentado tumores com idade inferior aos 50 anos. Nada substitui a consulta médica e os exames de ultrassom e mamografia. Cuide-se!