terça-feira, 12 de novembro de 2013

Em greve, professores acionam STF





BATALHA
Categoria quer impedir que Estado execute deliberações



Após a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) anunciar um conjunto de medidas para retomar as aulas na rede pública de ensino, a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp) decidiu solicitar, na manhã de hoje, o Ajuizamento de Reclamação no Supremo Tribunal Federal (STF) para impedir que o governo estadual execute o pacote de deliberações apresentado à categoria. Na tentativa de evitar que o ano letivo seja inviabilizado, a Seduc divulgou na sexta-feira, 8, que vai contratar professores temporários para ocupar as vagas dos educadores em greve. Além disso, a Secretaria prometeu cortar o ponto a partir de hoje e descontar os dias parados na próxima folha de pagamento.
De acordo com o coordenador-geral do Sintepp, Mateus Ferreira, além de ajuizar a reclamação junto ao STF, que será incorporada às petições anteriores, os professores pretendem ingressar com uma liminar no Tribunal de Justiça do Estado (TJE-PA) para evitar a contratação de 15 mil educadores temporários, e, principalmente, o desconto dos dias parados. Ainda segundo Ferreira, amanhã, às 15 horas, uma nova assembleia reúne a categoria, para, mais uma vez, se decidir os rumos do movimento. "Essa posição do governo é mais uma contradição. Ao mesmo tempo em que diz não ter dinheiro para atender nossas reivindicações, tem recursos para contratar temporários", dispara.
O coordenador do Sintepp assegura que, caso ocorra o corte no ponto e o desconto na folha de pagamento, não haverá reposição dos dias parados. "Não seremos obrigados a repor e o ano letivo será inviabilizado. E o pior, serão contratados professores que não sabem nem o conteúdo que estava sendo abordado em sala. E a avaliação desse aluno, quem fará? Acho pouco provável que o contratado tenha condições de fazê-la", assevera. Mateus Ferreira chama de incoerente a atitude do governo. "Eles (membros governo estadual) querem intimidar nosso movimento. E quem será penalizado é o aluno, porque não somos obrigados a garantir os 200 dias letivos, já que querem descontar", completa.

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