Temperatura em Belém chega a 34 graus com chuva
O motorista Luiz Pereira Ferreira, 53, lembra que o trânsito complicado de
Belém fica ainda insuportável se o carro não tiver um opcional que, no clima da
capital, se tornou quase item obrigatório. “Motorista dirigindo carro sem
ar-condicionado é o mesmo que carpinteiro trabalhando sem fita métrica”,
compara.
Carmelito de Souza, 74, há 12 anos empurra seu carrinho de picolé pelas ruas
de Belém. O vendedor conta que o movimento está fraco, mas não culpa o clima
pelo problema. “Calor é o que não falta, tem até de sobra. O que falta mesmo é o
dinheiro no bolso do freguês”, conta rindo. De acordo com seu Carmelito, as
vendas costumam aumentar entre as 11h30 e as 13h, período em que a temperatura
sobe e os clientes ainda não almoçaram.
O farmacêutico Cesar Nascimento, 34, lembra que as variações bruscas de
temperatura e o calor exagerado, além de desconforto, trazem problemas para a
saúde. “O que mais tem saído na farmácia, esses tempos, é antigripal e
anti-inflamatório. Esse clima quente e úmido acaba contribuindo para aumentar
esses casos de viroses”, explica.
METEOROLOGIA
De acordo com o diretor do Instituto Nacional de Metereologia (Inmet) no
Pará, José Raimundo Abreu, os últimos dias foram quentes pela falta de cobertura
de nuvens. “Estávamos com temperaturas entre 32ºC e 33°C, mas nos últimos dois
dias as temperaturas estiveram acima da média. Chegamos a 34,15°C, a mais alta
do mês, porque a cobertura de nuvens foi menor”, explicou.
Mas com o período de chuvas próximo de terminar podemos esperar que o clima
continue quente. “Hoje (ontem), a temperatura foi menor, tivemos maior cobertura
de nuvens ao meio-dia. Temos observado que raramente, nos últimos anos, a
temperatura chega a 35°C, ficamos sempre em 34,15°C no máximo”, informou José
Abreu.
(Diário do Pará)