Brasileiras não ligam o HPV ao câncer
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PESQUISA
Dois terços delas
ignoram que o vírus provoca o câncer
no colo do útero
Pesquisa feita pelo Ibope indica que dois terços
das mulheres brasileiras não sabem que o vírus do papiloma humano está
relacionado à incidência de câncer de colo de útero, informou ontem o site de
notícia G1. O dado é preocupante, pois a prevenção contra o vírus é a forma mais
eficaz de evitar a doença – o segundo tipo de câncer que mais mata mulheres no
Brasil, atrás apenas do câncer de mama.
O HPV é
um vírus sexualmente transmissível, que é passado em um simples contato de pele
com pele, desde que nas regiões infectadas. Provoca verrugas e ferimentos
genitais, e essas verrugas muitas vezes dão origem a tumores. O tipo de câncer
mais comumente causado por ele é o de colo de útero, mas isso pode ocorrer
também no ânus, no pênis ou na garganta.
"A
pesquisa mostra a necessidade de continuar passando as informações para a
população", alertou Garibalde Mortoza Junior, presidente na Associação
Brasileira de Patologia do Trato Genital Inferior e Colposcopia, que idealizou o
trabalho.
A
consulta foi feita em seis capitais: Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre,
Recife, Rio de Janeiro e São Paulo. "Se nas principais capitais, a desinformação
paira, imagina nas cidades menores", comentou Mortoza.
Cidades
menores e locais isolados são, de fato, as maiores preocupações dos médicos em
relação ao combate ao câncer de colo de útero. Nas regiões Norte, Nordeste e
Centro-Oeste, esse é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres, à frente até
do câncer de mama.
HPV
O estudo
perguntou às mulheres quais as melhores formas de evitar o HPV e 83% citaram o
preservativo. A camisinha é sim recomendada, pois reduz o risco de transmissão
da maioria das doenças sexualmente transmissíveis. Porém, no caso específico do
HPV, ela não é 100% eficaz, pois o simples contato de pele com pele pode ser
suficiente para que o vírus seja passado.
Outro
método muito importante de prevenir a transmissão é a vacinação. Apenas 24% das
entrevistadas sabiam que existe vacina contra o HPV. A vacina é cara – são três
doses, cada uma entre R$ 220 e R$ 400 – e ainda não está disponível na rede
pública.
"O que eu
tenho conhecimento é que é uma vontade do Ministério da Saúde", disse Mortoza,
que acredita que ela seja disponibilizada em breve para algumas faixas
etárias.
Os
médicos recomendam a vacinação principalmente para meninas entre 12 e 14 anos,
porque a eficácia é maior quando as doses são aplicadas antes do início da vida
sexual. "Não quer dizer que depois não é pra fazer", ressaltou o
especialista.
PAPANICOLAU
Além de
evitar a transmissão do HPV, também é muito importante fazer exames regulares
para identificar lesões no colo do útero antes que elas se tornem um câncer. O
diagnóstico precoce aumenta a eficácia do tratamento.
O exame
em questão é o Papanicolau, que deve ser feito, no mínimo, a cada três anos. Os
dados da pesquisa em relação a esse exame também são preocupantes: 18% das
entrevistadas nunca o realizaram, e 13 % fizeram apenas uma vez na
vida.
"O câncer
do colo do útero é um dos poucos que você previne", lembrou Mortoza, enfatizando
a importância dos exames preventivos.
Para o
especialista, o Brasil tem dificuldades nesse setor e o sistema de saúde
britânico é um exemplo a ser seguido. Lá, se uma mulher deixa de fazer ou buscar
o exame, é procurada pelos agentes de saúde.
Aqui,
segundo ele, o processo de deslocamento e marcação de horários na rede pública
acaba afastando algumas pacientes. De toda forma, as mulheres também precisam
ter consciência dos riscos e procurar a orientação, mesmo que não haja sintomas.
"Se a mulher não vai ao ginecologista, não adianta nada", resumiu o
médico.
Fonte:
Portal ORM
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quinta-feira, 16 de maio de 2013
CNJ obriga cartórios a casar homossexuais
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MAIORIA
Decisão ainda é
passível de questionamento no Supremo
O
Conselho
Nacional de Justiça (CNJ) aprovou ontem, por maioria de votos (14 a 1), uma
resolução que obriga os cartórios de todo o país a celebrar o casamento civil e
converter a união estável homoafetiva em casamento. Os cartórios não poderão
rejeitar o pedido, como acontece atualmente em alguns casos. Segundo o
presidente do CNJ e autor da proposta, Joaquim Barbosa, que também é presidente
do STF, a resolução visa dar efetividade à decisão tomada em maio de 2011 pelo
Supremo, que liberou a união estável homoafetiva.
Conforme
o texto da resolução, caso algum cartório se recuse a concretizar o casamento
civil, o cidadão deverá informar o juiz corregedor do Tribunal de Justiça local,
para providências cabíveis. A decisão do CNJ valerá a partir da publicação no
Diário de Justiça Eletrônico, o que ainda não tem data para acontecer. No último
ano, pelo menos 1.277 casais do mesmo sexo registraram suas uniões nos
principais cartórios de 13 capitais, segundo levantamento preliminar da
Associação de Notários e Registradores do Brasil (Anoreg-BR), noticiado pelo
G1.
Atualmente, para concretizar a união estável, o
casal homossexual precisa seguir os trâmites em cartório. Até agora, para o
casamento, eles pediam conversão da união estável em casamento e isso ficava a
critério de cada cartório, que podia ou não conceder. Agora, a conversão passa a
ser obrigatória e efetivada por meio de ato administrativo, dentro do próprio
cartório, que, embora seja órgão extrajudicial, é subordinado ao TJ do Estado.
O
casamento civil de homossexuais também está em discussão no Congresso Nacional.
Para Joaquim Barbosa, seria um contrassenso esperar o Congresso analisar o tema
para se dar efetividade à decisão do STF. De acordo com Barbosa, a discussão
sobre igualdade foi o "cerne" do debate no Supremo. "O conselho está removendo
obstáculos administrativos à efetivação de decisão tomada pelo Supremo e que é
vinculante, deve ser seguida pelas instâncias inferiores".
Inicialmente, o conselho discutiu apenas a
conversão, mas, posteriormente, a assessoria do CNJ distribuiu o documento da
proposta que mostra que é "vedado" aos cartórios recusarem a "habilitação,
celebração de casamento civil ou conversão de união estável em casamento entre
pessoas do mesmo sexo". O subprocurador-geral da República, Francisco
Sanseverino, que não vota, opinou contra a proposta do conselho.
"Com respeito
ao posicionamento da proposta, embora louvável, salvo melhor juízo em face dos
fundamentos e dos objetos das ações diretas de constitucionalidade, a conversão
automática da união estável em casamento não foi imposta naquelas ações".
Fonte:
Portal ORM
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quarta-feira, 15 de maio de 2013
CIÊNCIA!!!
Genética
Pesquisadores usam técnica de clonagem para criar
células-tronco embrionárias humanas
Estudo consegue, pela primeira vez,
criar células-tronco embrionárias a partir de células de um ser humano.
Descoberta reacende debates éticos e traz a esperança de novos tratamentos
contra uma série de doenças
Guilherme Rosa e Mariana
Janjacomo
Óvulo recebe material genético de célula da pele:
método revolucionário (Universidade de Saúde e
Ciência do Oregon)
Cientistas da Universidade de Saúde e Ciência de Oregon, nos Estados Unidos,
conseguiram pela primeira vez reprogramar células humanas adultas para que se
tornassem células-tronco embrionárias. Para isso, eles utilizaram uma técnica de
clonagem, retirando células da pele de um indivíduo e inserindo seu DNA dentro
do núcleo de óvulos humanos. O desenvolvimento desse óvulo levou à geração das
células-tronco — capazes de se transformar em qualquer tipo de célula do corpo
humano e, por isso, esperança para uma série de tratamentos médicos. Segundo os
cientistas, elas poderiam substituir células danificadas por ferimentos ou
doenças e oferecem esperanças no tratamento contra o Parkinson, esclerose
múltipla, doenças cardíacas e lesões na espinha. “Como essas células
reprogramadas podem ser geradas com o material genético da célula de um
paciente, não há preocupações quanto à rejeição em um transplante”, diz
Shoukhrat Mitalipov, pesquisador da Universidade de Saúde e Ciência de Oregon e
autor do estudo, publicado nesta quarta-feira na revista Cell.
CONHEÇA A PESQUISA
Título original:
Human Embryonic Stem Cells Derived by Somatic Cell Nuclear
Transfer
Onde foi divulgada: periódico Cell
Quem fez: Masahito Tachibana, Paula Amato, Michelle Sparman,
Nuria Marti Gutierrez, Rebecca Tippner-Hedges, Hong Ma, Eunju Kang, Alimujiang
Fulati, Hyo-Sang Lee
Instituição: Universidade de Saúde e Ciência
de Oregon, nos Estados Unidos
Resultado: Os pesquisadores
desenvolveram uma técnica capaz de, pela primeira vez, criar células-tronco
embrionárias humanas. Para isso, eles inseriram o material genético de uma
célula adulta da pele em um óvulo não-fertilizado, cujo material genético foi
retirado.
A técnica utilizada pelos pesquisadores se chama transferência nuclear de
células somáticas, e é uma variação da técnica de clonagem utilizada
para
criar a ovelha Dolly, em 1996. Ao transferir o DNA de uma célula
adulta para um óvulo não fertilizado, os pesquisadores dão origem a um processo
de divisão celular que pode levar ao surgimento de um embrião com o mesmo genoma
da célula doadora. Na pesquisa atual — diferentemente do que aconteceu com a
Dolly, por exemplo —, os pesquisadores pararam esse processo em um estágio muito
inicial, conhecido como blastocisto, quando estavam sendo produzidas as
primeiras células-tronco.
Cultivadas em laboratório, elas se mostraram tão versáteis quanto células
criadas em embriões gerados a partir da fecundação natural. "Um exame completo
das células-tronco criadas por essa técnica demonstrou sua habilidade de se
converter, do mesmo modo que as células-tronco embrionárias normais, em vários
tipos diferentes de células, incluindo as nervosas, do fígado e do coração",
disse Mitalipov.
Falhas anteriores — Tentativas anteriores de produzir o
mesmo tipo de célula-tronco em laboratório não foram bem sucedidas: os óvulos
humanos se mostraram mais frágeis do que o de outros animais e costumavam frear
seu desenvolvimento antes mesmo de atingir o estágio de blastocisto. O sucesso
da equipe veio sete anos depois de eles terem conseguido fazer o mesmo com
macacos — o que permitiu que realizassem uma série de mudanças nas técnicas
utilizadas anteriormente.
A chave para o sucesso foi a descoberta de um modo de fazer com que os óvulos
permanecessem em um estado chamado metáfase, uma fase de seu processo natural de
divisão celular no qual o material genético se alinha no meio da célula pouco
antes de ela se dividir. Os pesquisadores descobriram que, ao utilizar um
processo químico para manter o óvulo nessa fase durante a transferência do
núcleo, eles eram capazes de fazer com que o desenvolvimento do óvulo fosse
normal, produzindo as células-tronco. "Por enquanto, ainda existe muito trabalho
a ser feito para desenvolver tratamentos efetivos e seguros com essas células.
Mas nós acreditamos que esse é um passo significativo em direção ao
desenvolvimento de células que possam ser usadas na medicina regenerativa",
disse o pesquisador.
Clones – A pesquisa deve trazer de volta o debate ético
sobre a clonagem. Críticos já dizem que o estudo pode levar ao desenvolvimento
de clones humanos e à morte injustificada de embriões. Para evitar as críticas,
os pesquisadores destacam que o seu método é conhecido como clonagem
terapêutica, e é diferente da clonagem reprodutiva — usada para criar a Dolly.
Eles dizem que diversas pesquisas realizadas com macacos mostraram que a técnica
da transferência nuclear de células somáticas não é capaz de criar clones desse
tipo de animal, o que também deve ser o caso dos humanos.
Saiba mais
CÉLULAS-TRONCO
Também chamadas de células-mãe, as
células-tronco podem se transformar em qualquer um dos tipos de células do corpo
humano e dar origens a outros tecidos, como ossos, nervos, músculos e sangue.
Dada essa versatilidade, elas vêm sendo testadas na regeneração de tecidos e
órgãos de pessoas doentes.
CÉLULA-TRONCO
EMBRIONÁRIA
Formada no blastocisto, aglomerado de células
que forma o feto. Por ter o ‘objetivo’ de ajudar na criação e desenvolvimento de
um novo organismo, pode se diferenciar em praticamente todos os tecidos do
corpo
CÉLULA-TRONCO PLURIPOTENTE INDUZIDA
Célula adulta
especializada que foi reprogramada geneticamente para o estágio de célula-tronco
embrionária. Pode se transformar em qualquer tecido do corpo. Elas são obtidas
por meio da reprogramação genética de células adultas. Uma célula somática (não
envolvida diretamente na reprodução), como a da pele, pode "voltar" a um estágio
similar ao de célula-tronco embrionária pela adição de alguns genes.
Eles também destacam que sua pesquisa não utiliza embriões fertilizados
naturalmente, mas criados em laboratório. "Nossa pesquisa é voltada para a
gestação de células-tronco para o uso em futuros tratamentos no combate a
doenças. Enquanto as descobertas na área da transferência de núcleo muitas vezes
levam a discussões públicas sobre a ética da clonagem humana, esse não é o nosso
foco, e nem acreditamos que nossas descobertas possam ser usadas por outros para
levar ao desenvolvimento dessa possibilidade", disse Mitalipov.
Tipos de célula — Durante os mais de dez anos em que os
pesquisadores falharam na busca por essas células embrionárias, elas foram
relegadas a segundo plano nas pesquisas genéticas. Desde 2006, os cientistas
vinham estudando o desenvolvimento de outro tipo de célula-tronco, produzidas a
partir de alterações genéticas em células adultas normais— são as células-tronco
pluripotente induzidas.
As pesquisas com a nova tecnologia vinham se desenvolvendo em grande
velocidade em vários laboratórios pelo mundo e garantiram até um prêmio
Nobel no ano passado aos descobridores da técnica que reprogramava
as células adultas. O novo estudo deve gerar uma discussão sobre qual seria a
célula-tronco mais efetiva. “A transferência nuclear parece ser um método muito
mais complexo de ser realizado, pois são necessários óvulos — e é difícil
consegui-los. Não foi relatado no artigo, e ainda não se sabe, se as células
geradas no estudo têm alguma vantagem em relação às outras; se tiverem, talvez
passe a existir um interesse maior na transferência nuclear. Por enquanto, acho
que não existe“, diz Lygia da Veiga Pereira, geneticista do Laboratório Nacional
de Células-Tronco Embrionárias da USP. É certo que os próximos anos devem trazer
uma série de pesquisa comparando as duas técnicas em seres humanos.
FONTE:
REVISTA VEJA
Genética
Pesquisadores usam técnica de clonagem para criar células-tronco embrionárias humanas
Estudo consegue, pela primeira vez, criar células-tronco embrionárias a partir de células de um ser humano. Descoberta reacende debates éticos e traz a esperança de novos tratamentos contra uma série de doenças
Guilherme Rosa e Mariana
Janjacomo
Óvulo recebe material genético de célula da pele:
método revolucionário (Universidade de Saúde e
Ciência do Oregon)
Cientistas da Universidade de Saúde e Ciência de Oregon, nos Estados Unidos,
conseguiram pela primeira vez reprogramar células humanas adultas para que se
tornassem células-tronco embrionárias. Para isso, eles utilizaram uma técnica de
clonagem, retirando células da pele de um indivíduo e inserindo seu DNA dentro
do núcleo de óvulos humanos. O desenvolvimento desse óvulo levou à geração das
células-tronco — capazes de se transformar em qualquer tipo de célula do corpo
humano e, por isso, esperança para uma série de tratamentos médicos. Segundo os
cientistas, elas poderiam substituir células danificadas por ferimentos ou
doenças e oferecem esperanças no tratamento contra o Parkinson, esclerose
múltipla, doenças cardíacas e lesões na espinha. “Como essas células
reprogramadas podem ser geradas com o material genético da célula de um
paciente, não há preocupações quanto à rejeição em um transplante”, diz
Shoukhrat Mitalipov, pesquisador da Universidade de Saúde e Ciência de Oregon e
autor do estudo, publicado nesta quarta-feira na revista Cell.
CONHEÇA A PESQUISA
Título original: Human Embryonic Stem Cells Derived by Somatic Cell Nuclear Transfer
Onde foi divulgada: periódico Cell
Quem fez: Masahito Tachibana, Paula Amato, Michelle Sparman, Nuria Marti Gutierrez, Rebecca Tippner-Hedges, Hong Ma, Eunju Kang, Alimujiang Fulati, Hyo-Sang Lee
Instituição: Universidade de Saúde e Ciência de Oregon, nos Estados UnidosResultado: Os pesquisadores desenvolveram uma técnica capaz de, pela primeira vez, criar células-tronco embrionárias humanas. Para isso, eles inseriram o material genético de uma célula adulta da pele em um óvulo não-fertilizado, cujo material genético foi retirado.
A técnica utilizada pelos pesquisadores se chama transferência nuclear de
células somáticas, e é uma variação da técnica de clonagem utilizada
para
criar a ovelha Dolly, em 1996. Ao transferir o DNA de uma célula
adulta para um óvulo não fertilizado, os pesquisadores dão origem a um processo
de divisão celular que pode levar ao surgimento de um embrião com o mesmo genoma
da célula doadora. Na pesquisa atual — diferentemente do que aconteceu com a
Dolly, por exemplo —, os pesquisadores pararam esse processo em um estágio muito
inicial, conhecido como blastocisto, quando estavam sendo produzidas as
primeiras células-tronco.
Cultivadas em laboratório, elas se mostraram tão versáteis quanto células
criadas em embriões gerados a partir da fecundação natural. "Um exame completo
das células-tronco criadas por essa técnica demonstrou sua habilidade de se
converter, do mesmo modo que as células-tronco embrionárias normais, em vários
tipos diferentes de células, incluindo as nervosas, do fígado e do coração",
disse Mitalipov.
Falhas anteriores — Tentativas anteriores de produzir o
mesmo tipo de célula-tronco em laboratório não foram bem sucedidas: os óvulos
humanos se mostraram mais frágeis do que o de outros animais e costumavam frear
seu desenvolvimento antes mesmo de atingir o estágio de blastocisto. O sucesso
da equipe veio sete anos depois de eles terem conseguido fazer o mesmo com
macacos — o que permitiu que realizassem uma série de mudanças nas técnicas
utilizadas anteriormente.
A chave para o sucesso foi a descoberta de um modo de fazer com que os óvulos
permanecessem em um estado chamado metáfase, uma fase de seu processo natural de
divisão celular no qual o material genético se alinha no meio da célula pouco
antes de ela se dividir. Os pesquisadores descobriram que, ao utilizar um
processo químico para manter o óvulo nessa fase durante a transferência do
núcleo, eles eram capazes de fazer com que o desenvolvimento do óvulo fosse
normal, produzindo as células-tronco. "Por enquanto, ainda existe muito trabalho
a ser feito para desenvolver tratamentos efetivos e seguros com essas células.
Mas nós acreditamos que esse é um passo significativo em direção ao
desenvolvimento de células que possam ser usadas na medicina regenerativa",
disse o pesquisador.
Clones – A pesquisa deve trazer de volta o debate ético
sobre a clonagem. Críticos já dizem que o estudo pode levar ao desenvolvimento
de clones humanos e à morte injustificada de embriões. Para evitar as críticas,
os pesquisadores destacam que o seu método é conhecido como clonagem
terapêutica, e é diferente da clonagem reprodutiva — usada para criar a Dolly.
Eles dizem que diversas pesquisas realizadas com macacos mostraram que a técnica
da transferência nuclear de células somáticas não é capaz de criar clones desse
tipo de animal, o que também deve ser o caso dos humanos.
Saiba mais
CÉLULAS-TRONCO
Também chamadas de células-mãe, as
células-tronco podem se transformar em qualquer um dos tipos de células do corpo
humano e dar origens a outros tecidos, como ossos, nervos, músculos e sangue.
Dada essa versatilidade, elas vêm sendo testadas na regeneração de tecidos e
órgãos de pessoas doentes.
CÉLULA-TRONCO
EMBRIONÁRIA
Formada no blastocisto, aglomerado de células
que forma o feto. Por ter o ‘objetivo’ de ajudar na criação e desenvolvimento de
um novo organismo, pode se diferenciar em praticamente todos os tecidos do
corpo
CÉLULA-TRONCO PLURIPOTENTE INDUZIDA
Célula adulta
especializada que foi reprogramada geneticamente para o estágio de célula-tronco
embrionária. Pode se transformar em qualquer tecido do corpo. Elas são obtidas
por meio da reprogramação genética de células adultas. Uma célula somática (não
envolvida diretamente na reprodução), como a da pele, pode "voltar" a um estágio
similar ao de célula-tronco embrionária pela adição de alguns genes.
Eles também destacam que sua pesquisa não utiliza embriões fertilizados
naturalmente, mas criados em laboratório. "Nossa pesquisa é voltada para a
gestação de células-tronco para o uso em futuros tratamentos no combate a
doenças. Enquanto as descobertas na área da transferência de núcleo muitas vezes
levam a discussões públicas sobre a ética da clonagem humana, esse não é o nosso
foco, e nem acreditamos que nossas descobertas possam ser usadas por outros para
levar ao desenvolvimento dessa possibilidade", disse Mitalipov.
Tipos de célula — Durante os mais de dez anos em que os
pesquisadores falharam na busca por essas células embrionárias, elas foram
relegadas a segundo plano nas pesquisas genéticas. Desde 2006, os cientistas
vinham estudando o desenvolvimento de outro tipo de célula-tronco, produzidas a
partir de alterações genéticas em células adultas normais— são as células-tronco
pluripotente induzidas.
As pesquisas com a nova tecnologia vinham se desenvolvendo em grande
velocidade em vários laboratórios pelo mundo e garantiram até um prêmio
Nobel no ano passado aos descobridores da técnica que reprogramava
as células adultas. O novo estudo deve gerar uma discussão sobre qual seria a
célula-tronco mais efetiva. “A transferência nuclear parece ser um método muito
mais complexo de ser realizado, pois são necessários óvulos — e é difícil
consegui-los. Não foi relatado no artigo, e ainda não se sabe, se as células
geradas no estudo têm alguma vantagem em relação às outras; se tiverem, talvez
passe a existir um interesse maior na transferência nuclear. Por enquanto, acho
que não existe“, diz Lygia da Veiga Pereira, geneticista do Laboratório Nacional
de Células-Tronco Embrionárias da USP. É certo que os próximos anos devem trazer
uma série de pesquisa comparando as duas técnicas em seres humanos.
FONTE:
REVISTA VEJA
Mostra Terruá Pará foi aberta nesta terça-feira
Quarta-Feira, 15/05/2013, 10:53:07 - Atualizado em 15/05/2013,
10:53:07
A plateia, que praticamente lotou o espaço,
participou ativamente do show. No público, nomes importantes da produção musical
paraense fizeram questão de prestigiar os colegas. Foi o caso do guitarrista e
percussionista Félix Robatto, que já participou de outras edições do Terruá
Pará. “Neste ano, o Terruá resolveu fazer uma coisa diferente. Ao invés de
convocar os artistas, está realizando um pequeno festival, o que certamente vai
fomentar ainda mais a produção. Estou aqui para acompanhar, ver, torcer, enfim,
é um festival. Não me inscrevi nesta edição por causa da agenda, mas já
participei duas vezes e acho que é preciso abrir espaço para gente nova, pois
tem muita coisa boa surgindo e que pode representar muito bem a música do Pará”,
destacou.
Outro que se apresentou neste primeiro dia da
Mostra foi o veterano das guitarradas, Mestre Curica. Do alto dos seus 63 anos –
57 deles dedicados à carreira musical –, o artista, que tocou por mais de 30
anos ao lado de outro ícone da música paraense, Mestre Verequete, e integrou o
trio Mestres das Guitarradas, falou sobre a importância do projeto Terruá Pará.
“O Terruá, sem dúvida, mostra o que é a música do Pará através dos artistas já
renomados e dos novos talentos que estão surgindo. Esse contato produz
excelentes frutos, eu fico satisfeito de ver que as novas gerações estão fazendo
um trabalho tão bom ou até melhor do que aqueles que já estão consagrados”,
frisou.
A presidente da Cultura Rede de Comunicação,
Adelaide Oliveira, ressaltou os resultados “imateriais” que são alcançados pelo
Terruá Pará, que vão muito além da escolha do elenco que vai compor o show. “O
mais legal do processo instituído nesta edição do Terruá Pará, que envolve o
edital e essa Mostra, é que a gente tem, a cada show, um pouco do que é a
tônica, a essência do Terruá Pará, que é, na verdade, a diversidade, os
encontros musicais que acontecem. É isso que as pessoas vão ver no palco do
Margarida Schivasappa, aberto excepcionalmente para a Mostra, motivo pelo qual
desde já agradecemos à toda equipe do teatro pela força. Estamos muito felizes
porque já começamos a perceber os encontros, o público reconhecendo os artistas,
os artistas em clima de confraternização. Acho que o Terruá se fortalece e com
isso, a gente consegue também amadurecer a música feita aqui, fomentando a
profissionalização e aquecendo o mercado que gira em torno dessa música”,
avaliou.
Confira a lista das próximas
apresentações do Terruá Pará, por ordem de apresentação:
Dia 21/05 - Dona Onete, Toni Soares, Sebastião
Tapajós, Pedrinho Cavallero, Adamor do Bandolim e Raiz de Cafezal.
Dia 28/05 - Gang do Eletro, Tonny Brasil, Pim,
Kim Freitas, Zebra Beat e Guitarrada Açu.
Dia 04/06 - Metaleiras da Amazônia, Delinquentes,
Enquadro, Sikoka, Carimbó Sancari e Clave da Lua.
Dia 11/06 - Fruto Sensual, Mestre Solano, Ana
Clara, Mestre Max do Sax, Elder Effe e Creusa Gomes.
Dia 18/06 - Almirzinho Gabriel, Pio Lobato,
Natalia Matos, Arthur Espíndola, Mestre Damasceno e Antonio Novais.
Dia 25/06 - Viviane Batidão, Jaloo, Mestre
Laurentino, Bruno B.O., La Orchestra Invisível e Águia Negra.
Dia 02/07 - Luê, Ely Farias, Davi Amorim, Ronaldo
Silva, Rafael Lima e Allan Carvalho.
Dia 09/07 - Mestre Vieira, Coletivo Rádio Cipó,
Pedrinho Callado, Vynil Laranja, Turbo e Espoleta Blues.
Dia 16/07 - Manoel Cordeiro, Manezinho do Sax,
Camila Honda, Zarabatana Jazz Band, Sonia Nascimento e Cruzeirinho
Dia 23/07 - Madame Saatan, Manari, Strobo,
Loopcinico, Cronistas de Rua e Som de Pau Oco.
Dia 30/07 - Felipe Cordeiro, Banda ARK, João
Gonsalves, Aíla, Olivar Barreto e Molho Negro.
(Agência Pará)
terça-feira, 14 de maio de 2013
VEM AÍ O SEGUNDO LUAU DE CAPITÃO POÇO!!!
AGUARDEM ESSE SUPER EVENTO, VAI SER IMPERDÍVEL!!!
A LEÂNGELO PRODUÇÕES E EVENTOS VAI REALIZAR O SEGUNDO LUAU DE CAPITÃO, COM A ESCOLHA DA GAROTA ESTUDANTIL 2013, VAI SER IMPERDÍVEL, AGUARDEM!!!
Celebridades
14/05/2013 - 03:21
Angelina Jolie realiza remoção dos seios para evitar
câncer
Em artigo no 'New York Times', atriz americana revela que se submeteu a uma mastectomia dupla preventiva: 'Eu decidi ser proativa e minimizar o risco'
A atriz americana Angelina Jolie revelou nesta terça-feira que
passou por uma mastectomia dupla -- procedimento que remove os dois seios --
para reduzir o risco de um câncer de mama. Em um artigo no jornal
The New York Times, Angelina diz que tomou a decisão após seus médicos
estimarem em 87% as suas chances de desenvolver um câncer de mama e em 50% de um
câncer de ovário por causa de uma falha no gene
"Assim que eu soube qual era a minha condição, eu
decidi ser proativa e minimizar o risco tanto quanto eu pudesse", escreveu ela.
A atriz de 37 anos detalhou que todo o processo durou três meses, entre
fevereiro e abril. Ao final do procedimento, Angelina reconstruiu os seios com
implantes. "Aconteceram muitos avanços nesta área nos últimos anos, e os
resultados podem ser belos", acrescentou.
No artigo intitulado "Minha escolha médica", a
atriz lembra a morte de sua mãe, Marcheline Bertrand, em 2007, após uma batalha
de dez anos contra um câncer e explica que resolveu tornar o seu caso público
para incentivar outras mulheres na mesma condição a buscarem a cura: "Espero que
vocês saibam que existem opções". Segundo Angelina, após a cirurgia preventiva,
seu risco de desenvolver um câncer de mama caiu para 5%. "Me sinto fortalecida
por ter tomado uma decisão convicta que de forma alguma diminui a minha
feminilidade."
Brad Pitt - Angelina também agradeceu
ao marido, o ator Brad Pitt, pelo apoio durante todas as etapas
do processo. "Tenho a sorte de ter um parceiro tão amoroso e solidário." Mãe de
seis crianças, ela acrescentou que seus filhos não se sentiram desconfortáveis
com as mudanças decorrentes da cirurgia. “Eles podem ver pequenas cicatrizes,
mas é apenas isso. Todo o resto é apenas a ‘mamãe’, da mesma forma como sempre
foi."
fonte:
Revista Veja
Julgamento do Mensalão
Barbosa nega pedido de Delúbio e veta embargos infringentes
Presidente do Supremo e relator do mensalão, Joaquim Barbosa adiantou que não aceitará os chamados embargos infringentes, tema controverso na corte
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa,
negou o chamado "embargo infringente" apresentado pelo ex-tesoureiro do PT
Delúbio Soares e afirmou que o recurso não existe, segundo informou
o Radar on-line. Com isso, Barbosa afirma que os réus do caso do
mensalão não teriam direito a novo julgamento em casos em que houve quatro votos
pela absolvição.
Glossário
EMBARGO
DECLARATÓRIO
Recurso utilizado para esclarecer omissões ou
contradições da sentença. Pode corrigir trechos do veredicto do tribunal, mas
não serve para reformular totalmente a decisão dos ministros
EMBARGO
INFRINGENTE
Recurso exclusivo da defesa quando existem quatro
votos contrários à condenação e que permite a possibilidade de um novo
julgamento do réu. Apenas os trechos que constam dos embargos podem ter seus
efeitos reapreciados; o restante da sentença condenatória segue
intacta
Barbosa disse que os embargos infringentes já foram retirados da legislação
que regula o processo penal. O fato de permanecerem no regimento interno do
Supremo, segundo ele, não significa que ainda possam ser admitidos.
"Admitir o recurso de embargos infringentes seria o mesmo que aceitar a ideia
de que o Supremo Tribunal Federal, num gesto gracioso, inventivo, 'ad hoc',
magnânimo, mas absolutamente ilegal, pudesse criar ou ressuscitar vias recursais
não previstas no ordenamento jurídico brasileiro, o que seria inadmissível,
sobretudo em se tratando de um órgão jurisdicional da estatura desta Suprema
Corte", afirmou o ministro na sua decisão.
PGR - Na sexta-feira, o procurador-Geral da República,
Roberto Gurgel, apresentou parecer contrário aos embargos de declaração
apresentado pelos 25 réus condenados no
Julgamento
do mensalão. O pronunciamento do chefe do Ministério Público
Federal é pela aplicação integral das penas estabelecidas durante o julgamento,
encerrado em dezembro.
Se a corte não estabelecer que o revisor do processo, Ricardo Lewandowski,
também precisa se pronunciar sobre os recursos, os embargos seguirão agora
diretamente para o plenário, onde serão analisados por todos os ministros do
STF. Ainda não há previsão de data para a análise dos recursos.
Os
embargos declaratórios são utilizados pelos réus para apontar eventuais falhas
ou omissões no acórdão do processo. Eles geralmente servem mais para protelar a
decisão final do que para alterar a pena imposta. Após essa etapa, o Supremo
ainda necessita analisar se acatará os chamados embargos infringentes -
apresentados pelos réus que, apesar de condenados, tiveram a seu favor o voto de
quatro ministros, dos onze que normalmente compõem a corte.
Leia
também: Como Teori Zavascki pode ajudar os mensaleiros
Embargos de declaração - Nos
recursos, um dos argumentos mais ousados apresentados foi justamente proposto
por José
Dirceu e Roberto
Jefferson. Embora em lados opostos, tanto o chefe da quadrilha do
mensalão quanto o delator do escândalo pediram que o ministro Joaquim Barbosa
fosse afastado da relatoria do caso na fase dos recursos. Apesar de ter poucas
chances de sucesso, as defesas tentam se livrar da rigidez do magistrado na
condução do processo. Juridicamente, alegam que Barbosa não poderia acumular as
funções de relator e de presidente do STF.
A defesa dos mensaleiros também insistiu, nos embargos de declaração, na tese
de que apenas os réus com direito a foro privilegiado na época do julgamento -
os deputados João Paulo Cunha, Pedro Henry e Valdemar Costa Neto - deveriam ter
sido julgados originariamente no STF. A estratégia é que, julgados na 1ª
instância, os réus poderiam recorrer a instâncias superiores, arrastar o
processo e, consequentemente, não começar a cumprir de imediato as penas de
condenação. A necessidade de desmembramento é defendida, por exemplo, pelas
defesas de José
Genoino, Marcos
Valério, Bispo
Rodrigues e do banqueiro José
Roberto Salgado. O STF decidiu, entretanto, não desmembrar o
processo em 2006.
Dirceu, João
Paulo Cunha e os banqueiros Kátia
Rabello e José Roberto Salgado questionaram a metodologia do STF de
ampliar as penas em cada crime porque os réus ocupavam posições de chefia no
esquema. Os advogados alegam que os mensaleiros foram penalizados mais de uma
vez por ocuparem postos hierarquicamente superiores.
(Com Estadão Conteúdo)
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